Triste

RAVI

Droga nunca pensei que ia doer tanto como está a doer queria-me bater por ser tão idiota por não brigar por ela, a mulher que eu amo simplesmente abrir mão e entreguei ela de bandeja para aquele babaca penso que nem se viver cem anos vou conseguir-me perdoar por isso.

Fazia anos que eu não chorava a últimas vezes foram nós primeiros aniversários de falecimento dos meus pais, pensei que não sentiria uma dor como essa por amor mais me enganei.

Vou para casa abro uma garrafa de bebida depois de uma certa altura já perdi a quantidade que já tomara as garrafas só iam acumulando pela sala em pleno final de tarde já estou totalmente bêbado como não costumo fazer, e vejo o Bruce espiando por baixo da porta e sei bem quem ele tá esperando.

Ravi: — Eu sei quem tá esperando, mas esquece agora é só eu e você.

Ele olha-me com cara de tristeza como se entende eu respondo com a voz arrastada.

Ravi: — Não me olha assim tá eu não escolhi isso também queria ela aqui.

Nem sei que horas fui dormir peguei no sono no sofá mesmo acordei com uma dor de cabeça enorme, então resolvi ligar para empresa e pedir para o Lucas segurar as pontas, pois não estava com ânimo nenhum para trabalhar queria-me esconder do mundo.

Quando o meu irmão entra na sala, pois ele tem a minha chave ele olha-me jogado no sofá, me olhando de uma forma me reprovando.

Pedro: — Teve uma festa aqui eu não estou sabendo não lembro de ser convidado.

Ravi: — Esqueci de convidar-lhe para brindar a minha tentativa de vida amorosa, frustrada.

Pedro: — Não acredito colocou o plano idiota em prática.

Ravi: — O que eu ia fazer o Henrique está em cima, dela é o que ela queria e quando eu falei em acabar ela não falou em desistir penso que ela quer realmente tentar com ele.

Ravi: — Não posso obrigar ela ficar comigo não se pode amar pelos dois ela também precisa ter sentimentos.

Pedro: — Penso que estão se enganando os dois são perfeitos juntos.

Pedro: — Levanta aí vai tomar um banho, que vou dar uma geral nessa sala vamos aproveitar o dia afinal na próxima semana vou começar a trabalhar na empresa.

Ravi: — Tá doendo.

Pedro: — Eu sei, mas acredita em mim vai ficar tudo bem dá um tempo para ela se entender.

Ravi: — Vou para o banho.

Vou para o banheiro com a minha roupa e fecho os meus olhos respirando fundo enquanto fico a sentir a água escorrendo pelo meu corpo quem diria nem eu acredito que estou a sofrer, por amor a primeira vez que isso me acontece depois da vida adulta.

Saio do banho um pouco menos pior que entrei, pelo menos mais calmo, meu irmão já tinha recolhido todas as garrafas que tinha espalhado trocado a água e alimentado o Bruce tomei um suco de laranja e sentei ao seu lado na cozinha.

Ravi: — O que você quer fazer?

Pedro: — Vamos na Livraria café que você gosta a gente toma café e você escolhe uns livros novos.

Ravi: — Nossa faz tanto tempo que não vou lá.

Pedro: — Você sempre amou aquele lugar e ler livros acho que tá na hora de voltar a cuidar de você também, voltar a fazer o que você gosta.

Pedro: — Agora que vou tocar os assuntos das empresas com você tá na hora de parar de se afundar só em trabalho.

Ravi: — Vou pensar sobre isso.

Pedro: — Então vamos.

Ravi: — Só você para me tirar de casa hoje.

A manhã até foi boa olhei alguns livros, escolhi alguns que me interessei para comprar estár com o meu irmão também me deixava em paz tomei o meu café preferido, na verdade gosto de todos os tipos o melhor que tem aqui é o macchiato é uma versão adocicada do espresso com uma mancha de leite vaporizada, que traz cremosidade e valoriza os açúcares da bebida o que me faz sorrir lembrando de que a Letícia não gosta, de café e tudo era motivo para um chá gelado ou quente.

Depois disso uma semana se passou que terminamos, e para falar a verdade só o que eu tenho feito é trabalhar até tarde para ocupar a cabeça assim chegava exausto em casa e depois que alimentava o Bruce e tomava banho caia no sono profundo, a saudade só aumenta cada dia mais e estou me segurando para não procurar ela, dar espaço e não está sendo fácil pensar que ela pode estar com ele.

No meio da tarde recebo uma ligação do Henrico bastante nervoso pedindo que eu o encontre em um café só uma coisa vem a minha cabeça a Letícia então falo que já estou indo ao seu encontro vou na sala do Lucas e bato na porta.

Lucas: — Pode entrar.

Ravi: — O Pedro saiu para uma reunião com um novo cliente eu preciso dar uma saída.

Lucas: — Tá nervoso o que aconteceu?

Ravi: — O Henrico me ligou precisa me ver acho que é algo com a Letícia ele parecia nervoso.

Lucas: — Estranho ele te procurar já que terminaram o namoro vai lá seguro as pontas qualquer coisa nós avisa se precisar de ajuda.

Ravi: — Tá.

Saio da empresa pego meu carro o café não fica muito longe como é sexta feira ainda horário de expediente, ainda não está muito movimentadas as ruas então chego rápido ao café mas estou com as mãos suando e preocupado.

Encontro o Henrico sentado com o rosto sério me aproximo e vou sentando.

Ravi: — Oi o que tá acontecendo?

Henrico: — Estou preocupado tivemos uma briga séria ontem e ela não me atende, tentei ligar o Henrique não quis me ajudar disse que eu que limpe minhas trapalhadas.

Henrico: — Só quero saber como ela tá só posso contar com você.

Ravi: — Por que brigaram?

Henrico: — Ela te contou como perdeu a virgindade?

Ravi: — Contou que perdeu em uma festa com um cara que ela não gostava e estava bêbada.

Henrico: — Sim ela se declarou para o meu irmão ele não deu importância ainda ficou com uma menina na frente dela.

Henrico: — Ela saiu da festa e foi para casa arrasada, no dia seguinte foi em outra festa e ela bebeu todas eu não fui se não poderia ter evitado dela ter saido da festa com um cara que se aproveitou dela por estár bêbada para levar ela para cama.

Ravi: — Tá mas o que tem esse assunto de anos atrás com a briga de vocês?

Henrico: — Tudo ela entrou no nosso apartamento ontem, pois a porta estava aberta eu estava em meio de uma discussão, com o meu irmão sobre ele estragar o que estava a acontecer entre você e ela.

Henrico: — Por egoísmo da parte dele por pensa que ela tem que eternamente viver a disposição dele, então ele falou que fui eu que estraguei tudo entre eles.

Ravi: — Como?

Henrico: — Ela ouviu tudo que eu discutia com o meu irmão, quatro dias depois da festa em que ela se declarou para meu irmão ele veio falar comigo, disse querer ficar com ela, e ia arriscar perguntei se ele gostava dela ele disse que não, mas queria experimentar e essa época ele estava a passar o rodo total.

Henrico: — Pegava todas as garotas não parava com uma, então eu tomei a decisão fiz ele prometer que não ia fazer se aproximar dela ou não ia mais falar com ele.

Ravi: — Ela deve estar brava.

Henrico: — Muito ela disse que manipulei ela que tinha direito de escolher sobre a própria vida que tinha sentimentos pelo meu irmão eu não respeitei ela.

Ravi: — Ela tem razão por estar chateada.

Henrico: — Ela não quis-me ouvir, mas não me arrependo eu conheço ela ficou destruída por se declarar e ele ser indiferente, foi lá bebeu todas e entregou-se para aquele garoto.

Henrico: — O meu irmão não gostava dela, como ela ficaria quando tudo acabasse ela não ia aguentar.

Ravi: — Eu sei que as suas intenções eram boas, mas ela tinha direito de escolher você a meu ver só deveria estar ali independente para apoiar o resultado das escolhas dela.

Ravi: — Mas também quem sou eu para julgar na época da faculdade éramos todos estúpidos cometendo erros aprendendo com a vida e também ninguém mais conhece melhor o seu irmão que você.

Henrico: — Eu sei que ele ia machucar a Letícia e ela sempre foi muito importante para mim.

Ravi: — Será que ela tá no trabalho?

Henrico: — Não disseram que ela não estava muito bem e saiu mais cedo.

Ravi: — Cachoeira a trilha.

Henrico: — Acredito que ela tá lá.

Ravi: — Fica tranquilo ela deve estar a querer pensar eu vou lá e mais tarde ligo-te avisando como ela está.

Henrico: — Obrigado.

Ravi: — Ela te ama tenho certeza que ela vai perdoar.

Vou para a trilha, pois já sabia o caminho perfeitamente, e só de pensar em estar com ela sinto o meu coração disparar era tanta saudade, mas eu tinha que me controlar o que ela estava a precisar agora era de um amigo.

Palavras da autora: — E sobre o Henrico, será que ele fez bem em pedir para o irmão se afastar para proteger a amiga, até onde devemos ir para proteger um amigo?

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Comments

Isabel Esteves Lima

Isabel Esteves Lima

Se ela queria ficar com Henrique ele não devia intervir ,pois a gente só aprende com os erros.

2025-04-02

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Cintia Alves

Cintia Alves

N acho q ele fez errado o irmão n gostava dela ela só ia se entregar a ele e ele descartar ela ia viver o tempo todo no pé dele se humilhando e ele nem aí ela é apaixonada por ele a tempo e ele sempre cm outra nem aí p ela mas foi ela aparecer cm alguém q ele já quis já vi muitos casos assim

2023-04-05

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Lina Lina

Lina Lina

Já fiz coisas parecidas para tentar proteger ou ajudar amigos, achando que eles precisavam dessa minha ajuda. Sou muito protetora e defensora das pessoas que amo e acabo colocando-as na frente de tudo e eu ficando para trás.
Uma vez, minha irmã me disse que eu não deveria fazer isso, não deveria me meter, porque um dia isso iria se voltar contra mim e eu ainda sairia de errada nas histórias.
Dito e feito!
E com isso só ganhei 2 coisas: sofrimento e pessoas se aproveitando da minha boa vontade.
Hoje eu sou só uma amiga disponível, com iniciativa beirando ao zero. Deixo bem claro que pode me chamar pedindo ajuda que eu vou, mas raramente eu tomo a frente do problema alheio.
Cada um tem que viver sua vida, ser vitorioso ou quebrar a cara. O papel do amigo de verdade é, no final, entregar a taça da vitória ou juntar os cacos. Nada além disso.

2023-02-04

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