Namorado

LETÍCIA

Um mês que estou no meu namoro de mentira, e cada dia é mais fácil conviver com o Ravi e falo na questão de troca de conversas e sentir-me bem estando ao lado dele tudo tão perfeito, mas na parte de desejo e tenção sexual fica bem difícil observo no olhar dele o desejo e não vou dizer que sou indiferente, pois tenho que me controlar ainda mais.

Neste mês saímos algumas vezes sozinhos ou com o Henrico, e quando o Ravi não está aqui em casa eu estou na dele, a tia dele está em uma felicidade por nós o que me deixa sempre desconfortável quando estou perto dela por saber que na realidade não é um relacionamento verdadeiro.

E tenho notado os olhares do Henrique e posso notar que ele está cada vez mais incomodado com o meu relacionamento, ele terminou com a namorada fiquei a saber pelo Henrico, e já duas vezes que fico sozinha com ele e tenho impressão que ele quer falar algo comigo, mas não teve coragem então acredito que vai dar certo no final das contas o nosso plano maluco, mas agora que estou prestes a conseguir o que tanto quis praticamente a minha vida toda não sei como me sinto em relação a isso.

O que me deixa chateada é perder o Ravi na minha vida, pois eu sei que vamos acabar nós afastando se algo iniciar com o Henrique os dois não se suportam isso é visível.

Hoje finalmente vou conhecer o Pedro pessoalmente, o Ravi tem uma reunião importante no final da tarde então fiquei de buscar ele no aeroporto depois do trabalho, hoje passei praticamente o dia maquiando a Bruna e outra modelo ela está cada vez fazendo mais campanhas está em alta.

Então acabei a convidar ela para ir comigo, buscar o Pedro no aeroporto acho bom ela conhecer pessoas da idade dela fora do mundo da moda, noto que ela tá cada vez mais preocupada com o peso isso não é bom com a pressão toda que as garotas do apartamento e mais a agência de modelo para manter as medidas.

Sei que é normal na profissão dela, que é algo que afeta bastante sei como é esse tipo de cobrança, manter a cabeça saudável fica difícil hoje você está no topo amanhã é só uma lembrança no mundo da moda tudo é substituído.

Estamos no carro sorrindo a ouvir música, a caminho do aeroporto quando ela me olha a sorrir.

Bruna: — O Pedro é tão bonito como o seu namorado com todo respeito, mas o Ravi é de tirar o fôlego.

Letícia: — Sim, ele é muito querido vai gostar dele.

Chegamos no aeroporto no tempo previsto chegamos na hora, pois assim que vamos para o portão de desembarque já estavam pessoas chegando do desembarque logo avistei o Pedro que já vem com um sorriso enorme como o irmão, moreno cabelo castanho porte atlético mais aparentando um jovem rapaz o Ravi já tem mais ar de homem com a barba bem-feita.

Quando me olha abre os braços me dando um abraço apertado como se já me conhece a anos.

Pedro: — Oi cunhadinha é mais bonita pessoalmente.

Letícia: — Como foi a viagem?

Pedro: — Tranquila não aguentava mais estava ansioso para voltar para casa.

Letícia: — Pedro essa é a Bruna a minha amiga que lhe falei.

Pedro: — Prazer Bruna são parecidas.

Noto que eles ficaram se olhando por um tempo antes dele beijar o seu rosto.

Bruna: — Prazer sim algumas pessoas falam.

Letícia: — Dizem que todo o mundo tem um sósia perdido por aí penso que encontrei a minha não é idêntica, mas poderia ser minha filha.

Pedro: — Não exagera tá mais para sua irmã mais nova.

Bruna: — Eu ia adorar ter a Lê como irmã.

Pedro: — Qual o nosso destino vão-me largar lá em casa com a tia Nilza.

Letícia: — Tá muito cansado?

Pedro: — Que nada eu dormi durante o vôo estou pronto para qualquer coisa.

Letícia: — Então tá vamos ir em um barzinho hoje a noite se quiser amanhã vamos à cachoeira.

Pedro: — Perfeito.

Letícia: — Então é isso vamos para minha casa para janta e depois vamos para o barzinho.

A noite foi agitada a minha casa estava cheia, acabamos a pedir pizza, pois estava Ravi, Pedro, Henrico, Bruna e Sara.

Ao entrar no barzinho já encontramos o Henrique que estava a nossa espera e escolhemos uma mesa grande onde cabiam todos juntos o Pedro contou algumas histórias engraçadas quando esteve fora por não falar tão fluente, o inglês e posso olhar o encantamento da Bruna enquanto ele fala isso vai ser realmente interessante tem uma química entre eles rolando.

Estou sentada do lado do Ravi que mantem uma conversa animada com o Henrico e do meu outro lado ficou o Henrique.

Henrique: — Como você está bonita hoje.

Letícia: — Obrigada.

Henrique: — Eu preciso muito conversar com você longe de todo esse pessoal.

Pensei em aceitar mas é tão fácil assim ele fica esse tempo todo sem olhar realmente para mim agora no primeiro estalar de dedos vou correndo ao encontro dele por mais que eu goste dele também tenho meu orgulho.

Letícia: — Acho difícil pois o Ravi está sempre comigo.

Henrique: — Eu sei e isso tá me encomodando muito.

Letícia: — O que tá te encomodando?

Henrique: — Saber desse seu relacionamento.

Henrique: — Ele não é o homem certo para você.

Letícia: — Quem é a pessoa certa?

Ele fica em silêncio ao notar que o irmão está olhando, o olhar do Henrico era intimidador o fazendo dar um desculpa e sair para ir para o banheiro, o que me deixa até mais confortável sei lá ainda não estava preparada para esse tipo de conversa com o Henrique.

O resto da noite correu bem na hora de ir embora como o Pedro não bebeu álcool foi levar a Bruna e a Sara para casa com o carro do Ravi, já o Henrico oferece carona para mim Ravi e Henrique já que não bebeu também.

Assim que entramos no carro o Henrique pergunta não mostrando a animação de se livrar do Ravi.

Henrique: — Onde você mora Ravi pois vamos te largar primeiro em casa?

Mas nisso o Henrico solta naturalmente quase me fazendo engasgar.

Henrico: — Vamos para casa o Ravi vai passar a noite na casa da Letícia ela já tinha combinado com ele.

Ravi me olha sem falar nada enquanto o Henrique me encara esperando uma confirmação.

Letícia: — Sim já tinha combinado assim fica melhor para sair para cachoeira amanhã.

Na verdade nem sei por que estou me explicando, afinal sou uma mulher adulta o Henrique até um mês atrás nem dava bola para minha existência chegamos ao apartamento assim que nós despedimos o Ravi pega o celular imediatamente.

Letícia: — O que tá fazendo?

Ravi: — Vou pedir um carro de aplicativo para ir para casa.

Letícia: — Você pode ficar.

Ravi: — Tem certeza não quero forçar a barra.

Letícia: — Claro que pode.

Ravi: — Vou dormir aqui no sofá.

Letícia: — Esse sofá é muito desconfortável vai dormir todo torto minha cama é de casal pode dividir comigo.

Ele me olha com aquele sorriso aparecendo a covinha entre a barba.

Letícia: — Não se empolga.

Ravi: — Eu me empolgar claro que não.

Letícia: — Amanhã podemos passar para pegar uma roupa sua e podemos levar no passeio o Bruce tem bastante espaço para ele na cachoira acho que ele vai gostar.

Tomo um banho e coloco um pijama de bermuda e blusa de alça nada sensual já vai ser uma longa noite sabendo que um homem como o Ravi lindo cheiroso e que tem um beijo tão gostoso vai passar a noite toda ao meu lado vai ser um grande teste de controle então não quero provocar ainda mais.

Depois que tomo o meu banho o chamo para entrar no meu quarto e posso notar o seu olhar atento percorrendo cada ponto do quarto.

Letícia: — Pode escolher qualquer lado da cama.

Ravi: — Ok.

Ele pega e tira a camisa e abre o botão da calça e eu observo sem falar nada, mas só de ver fico com a boca seca.

Ravi: — Não se importa por eu ficar sem camisa?

Letícia: — Não tudo bem.

Tento disfarçar.

Ravi: — Certo na minha casa costumo dormir só de cueca, mas não vou fazer isso aqui.

Eu nem respondo, pois me lembro muito bem do dia quando fomos à cachoeira, dele trocando a bermuda molhada pela seca e que visão um copo perfeito só de cueca.

Ele deita naturalmente na minha cama como se fosse um lugar já conhecido estando a vontade, eu deito do lado sem encostar nele olhando para o teto.

Ravi: — O seu quarto é muito bonito, delicado como a dona.

Letícia: — Obrigada.

O meu quarto era todo em branco, com alguns toques em lavanda bem claro com uma parede nessa cor a manta da cama e alguns objetos, mas nada exagerado predominando mais é o branco para não se tornar cansativo.

Ravi: — Posso saber o que o Henrique falava com você no barzinho.

Ravi: — Claro se você se sentir confortável não precisa me falar.

Letícia: — Disse que não está confortável com o nosso relacionamento.

Letícia: — Que precisa falar comigo sozinho.

Ravi: — Que você não é o homem certo para mim.

Ravi: — Marcou essa conversa com ele?

Letícia: — Na verdade, não pensei que ia gostar quando essa hora chegasse, mas fiquei incomodada.

Ravi: — Por qual motivo.

Letícia: — Sei lá penso que por ele pensar que é só estalar os dedos eu estou sempre aqui.

Ravi: — Entendo.

Ravi: — Eu vou estar pronto quando vc quiser que me afaste quero ver você feliz, não vou atrapalhar a sua vida e se quiser ficar com ele, respeito a sua vontade mesmo não concordando.

Letícia: — Por que não concorda.

Ravi: — Lê é uma mulher incrível forte e delicada, inteligente e penso que não deve ficar com ninguém menos que não lhe valorize, e que daria tudo para estar ao seu lado não merece menos que isso.

Ravi: — Sabe quando os meus pais eram vivos nunca entendia a conexão deles a importância da relação, pois eu era criança, mas agora eu entendo.

Ravi: — A cumplicidade a calmaria do relacionamento deles o rosto do meu pai que se iluminava quando a minha mãe entrava na sala como se o mundo dele girava em torno dela, eu penso que isso é amor e penso que você merece isso.

Letícia: — A nossa é tão diferente da relação dos meus pais era sempre entre brigas e o meu pai estando fora a trabalho.

Letícia: — Quantas vezes fui para a cachoeira para me esconder de tudo lá sempre foi o meu esconderijo para situações difíceis.

Ravi: — Não é porque a relação dos seus pais não foi perfeita que você tem que se conformar com algo menor.

Letícia: — Eu sei, mas eu sonhei com ele.

Ravi: — Eu sei agora você tem que saber se é um sonho idealizado ou vale mesmo a pena.

Letícia: — Eu sei tem razão é muita coisa para pensar.

Ravi: — Sabe que pode contar comigo independente de qualquer coisa.

Letícia: — Eu sei obrigada.

Ele levanta e beija a minha testa demoradamente, e dou um sorriso é reconfortante poder conversar assim com ele deito de costas para ele tentando-me concentrar em dormir, mas foi bem difícil, pois mesmo separada dele podia sentir o calor do corpo dele na cama.

E tive que me segurar para não tocar nele, acabei a perceber a respiração dele tranquilo já dormindo viro bem quieta e passo a mão no seu rosto muito delicadamente sem acordar ele e fico a pensar até pegar no sono como a vida tem que ser tão complicada, mesmo sabendo que no final de tudo a gente que a complica.

Palavras da autora: O que estão a achar dessa aproximação do Henrique? 😘

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