Aproximação

LETÍCIA

Cada momento na minha vida foi com o meu mundo rodando os meus pensamentos em torno do Henrique, já nem sabia mais o que é pensar em alguém outra pessoa que não fosse ele.

E passar este tempo com o Ravi esteja-me a deixar mais confusa ainda e aquele beijo-me deixou realmente abalada, não consigo tirar da cabeça fiquei com vontade querendo mais se controla Letícia fico a pensar, passei o dia todo trabalhando e imaginando como vai ser hoje a noite na casa dele.

Quando termina o meu trabalho pego a minha bolsa e encaminho-me para sair da agência, pois ele me mandou mensagem que já tá esperando assim que saio do prédio ele vem-me abraça apertado e abre a porta do carro para mim, como sabia que ia para casa dele fui de Uber para o trabalho.

Ravi: — Sentiu a minha falta namorada?

Letícia: — Vamos dizer que consigo-me acostumar com você.

Ele solta uma gargalhada.

Ravi: — Olha que eu consigo fazer você se acostumar mais.

Nossa ele já conseguiu fazer o meu rosto ficar em chamas o olhar dele por que tem que me encarar dessa forma.

Ravi: — Contei para o meu irmão sobre nós.

Letícia: — Não se senti mal por estar a enganar a sua família?

Ravi: — Eu contei a verdade para meu irmão assim como contou para o Henrico, e a minha tia ela tá feliz com a ideia é o que importa.

Letícia: — E quando acabar?

Ravi: — Coisas da vida ela vai se recuperar.

Letícia: — As vezes pensam que tudo isso é uma loucura.

Ravi: — Quer desistir.

Letícia: — Agora que já iniciamos vamos até o final.

Ravi: — Certo.

Chegamos em um condomínio de casas todas bonitas nada muito luxuoso o que me deixa bem surpresa pelo dinheiro que ele tem imaginei ele vivendo em uma casa luxuosa com vários empregados.

Ele abre a porta do carro pega a minha mão me levando para a porta de entrada a casa do lado de fora era branca com as aberturas em cinza, entramos na sala e com certeza é uma casa de homem não tem arranjos de flores ou porta retratos, na sala as paredes são brancas o sofá azul-marinho o tapete creme.

Era realmente uma casa bonita ele mostra-me a cozinha muito bem equipada branca com uma parede em cinza-claro os utensílios de cozinha eletrodomésticos em inox polido fosco dando um ar moderno, o banheiro ficava num corredor onde ele me mostrou era bonito, claro e o seu escritório era com móveis em madeira.

Ravi: — Essa é a minha casa quero que fique a vontade no andar de cima tem dois quartos com banheiro estilo suite.

Ravi: — Algum dia talvez eu lhe mostre.

Ele fala a sorrir-me mostrando a escada.

Letícia: — É uma casa muito bonita.

Ao ouvir a minha voz o Bruce vem todo animado e salta em mim, pegando-me desprevenida só não caí por que o Ravi conseguiu-me pegar pela cintura e por um momento ficamos os dois se olhando com a respiração agitada até que o Ravi quebra o silêncio.

Ravi: — Você tá bem não lhe machucou?

Letícia: — Tá tudo bem me pegou na hora.

Ravi: — Certo.

Ele solta a minha cintura e fala bravo com o Bruce.

Ravi: — Bruce senta.

Ele obedece-o na hora, eu aproximo-me e coloco a mão na sua cabeça.

Letícia: — Calma amigão, eu não vou fugir também senti a sua falta.

Ravi: — Quer um chá tenho também bolo de chocolate com morango peguei na minha tia antes passar para lhe pegar no trabalho.

Letícia: — Eu aceito.

O acompanho e fico impressionada quando ele abre o armário, na quantidade de caixas de chá que ele tem em casa e todas com a embalagem fechadas não parece que ele costuma tomar parecia mais uma loja de chá.

Ravi: — Pode escolher o chá que gosta mais?

Letícia: — Eu gosto de todos.

Letícia: — Toma chá?

Ravi: — Não, mas o Henrico na sua casa comentou que gosta.

Letícia: — Comprou todos esses chás para mim?

Ravi: — Sim, quero que goste de estar aqui comigo.

Letícia: — Obrigada.

Achei exagerado a quantidade, mas algo fofo e delicado da parte dele lembrar que eu gosto e fazer praticamente um estoque na casa dele só para mim.

Sentamos na mesa da cozinha e comemos bolo eu tomando chá e o Ravi com café, e está maravilhoso como sempre ainda mais que é meu preferido chocolate com morango.

Ravi: — Eu vou tomar um banho lá em cima e já volto para fazer o nosso jantar.

Letícia: — Vai cozinhar!

Ravi: — Porque o espanto eu sei cozinhar a minha tia ensinou.

Letícia: — Ufa então eu confio.

Olho com uma cara de deboche o Ravi revira os olhos, e sai a subir as escadas com um sorriso no rosto estou sentada no sofá da sala quando escuto o toque do notebook do Ravi que está aberto num móvel da sala, acabo-me obrigando a olhar pode ser algo importante noto que é uma chamada de vídeo em Skype.

Subo a escada tem duas portas agora qual é o quarto dele falo alto na primeira porta dou uma batida leve.

Letícia: — Ravi?

Ravi: — Oi.

Letícia: — Tem uma chamada no seu notebook já chamou duas vezes não sei se é importante.

Ravi: — Eu já estou sem as minhas roupas pode atender para mim ele com certeza vai voltar a ligar, é meu irmão Pedro ficou de dar-me a data que vai voltar.

Letícia: — Tá bom.

Volto para frente do notebook e logo vejo novamente indicando que o Pedro chama o irmão eu atendo ele olha-me, ela é um rapaz mais novo, mas muito parecido com o irmão o sorriso torto de grande conquistador posso notar que é de família.

Pedro: — Só pode ser a Letícia, pois o meu irmão nunca trouxe garota nenhuma para sua casa.

Nessa hora dou um sorriso para ele e chego a conclusão que vai ser interessante conversar com ele.

Letícia: — Sim, sou eu prazer Pedro.

Pedro: — Onde ele tá?

Letícia: — Tá lá em cima no banho.

Letícia: — Não olha assim só estou aqui fazendo companhia não rolou nada.

Pedro: — Gostei de você Letícia.

Pedro: — No que trabalha?

Letícia: — Sou maquiadora em uma agência fotográfica fazemos quase todas das campanhas importantes por aqui.

Pedro: — Que legal posso ser sincero?

Letícia: — Claro.

Pedro: — Quando o meu irmão falou de você achei que era loira.

Letícia: — Posso imaginar, mas o que ele falou sobre mim?

Pedro: — Depende ontem ele falou sobre o plano de vocês que eu achei meio idiota, mas tudo bem quem sou eu para julgar.

Pedro: — Já hoje pela manhã quando liguei ele só falou de como você que é linda, incrível, inteligente os seus olhos isso também que você faz agora.

Letícia: — Agora.

Pedro: — Isso ficando corada ele acha isso fofo e sensual.

Pedro: — Mas eu nunca falei isso ou ele vai-me matar.

Letícia: — Segredo nosso.

Pedro: — Posso-te pedir uma coisa?

Letícia: — Pode.

Pedro: — Vou falar antes dele voltar, sábado é aniversário de morte dos meu país sei que ele vai ficar sozinho e deprê.

Letícia: — Entendi quer que eu faça companhia.

Pedro: — Eu não pediria se eu estivesse aí, mas não posso e fico preocupado.

Letícia: — Pode deixar eu fico com ele.

Pedro: — Obrigado mesmo Letícia.

Pedro: — Gostei de você o meu irmão tem razão.

Letícia: - Eu também gostei de você Pedro.

Quando percebo o Ravi já desceu as escadas de bermuda e camisa de mangas curtas e cabelo ainda molhado que fica muito bonito.

Ravi: — Oi mano.

Pedro: — Aprovei a sua namorada de fachada, podiam atualizar isso para real.

Ravi: — Pedro vai com calma.

Pedro: — Não quero ocupar mais o tempo de vocês só querem avisar que vou voltar dia 20 do próximo mês já tá tudo certo.

Ravi: — Tá vou organizar seu retorno comprar sua passagem.

Pedro: — Certo e vou querer-lhe conhecer em Letícia.

Pedro: — Beijos se cuidem.

Despedimos-nos dele que desligou e não consegui-me segurar fiquei a olhar para ele, que estava ao meu lado a pensar em tudo que ele falou de mim para o Pedro, não consigo não me sentir lisonjeada.

Sinto o seu dedo massa geando a minha testa, o que me dá um susto fazendo eu sair dos meus pensamentos.

Ravi: — No que você tá pensando tem uma linha leve que se forma na sua testa.

Letícia: — Eu sei, pensava na gente se não fosse a história do Henrique e as fotos se estaríamos assim eu aqui na sua casa vivendo isso tudo acredito que não.

Ravi: — Por quê não.

Ravi: — Penso que a gente daria muito certo juntos bem eu gosto de estar com você e tem que admitir a gente tem química.

Ravi: — É a primeira garota que me fez repensar isso para o futuro que talvez já esteja pronto para ter um relacionamento mais sério.

Letícia: — Isso é bom.

Ravi: — Só vou saber no futuro tudo vai depender da gente.

Ravi: — Gosta de risoto?

Ele mudou de assunto me deixando curiosa o que ele quis dizer com depender da gente.

Letícia: — Gosto sim.

Letícia: — Quero-lhe ajudar.

Ravi: — Ok vai ficar responsável por cortar os temperos.

Vamos os dois para cozinha sendo divertido cozinhar com ele engraçado e, ao mesmo tempo charmoso sabe o que faz ele controla muito bem aquele ambiente.

Ravi: — Ei não me olha assim que vou acabar-lhe beijando.

Eu fico a olhar ele não séria uma ideia tão ruim, era só um beijo todos já estão a pensar que estamos juntos, mas sei que não deveríamos passar essa linha é loucura ele inclina-se na minha direção o meu cérebro grita afaste ele, mas meu corpo reage totalmente ao contrário eu fecho os olhos e passo a mão no seu pescoço.

Ele toma a minha boca com movimentos precisos é maravilhoso, lábios macios e quentes me pressionando contra o balcão da cozinha estou perdida cada sensação nesse momento a sua língua pede passagem eu prontamente a recebo em uma dança sensual a sua língua explorando cada espaço com calma me derretendo toda, quando o beijo acaba o Ravi não fala nada nem me olha nós olhos somente abraça-me apertado e beija o topo da minha cabeça eu fico ali com ele em silêncio cheirando o seu perfume enquanto estou no seu abraço.

Ravi: — Acho melhor a gente jantar.

Letícia: — Claro.

Jantamos tranquilamente a comida dele era realmente muito boa eu falei sobre o meu trabalho e ele sobre o dele era interessante ouvir o que ele falava da empresa a forma que pensava era um homem realmente inteligente e diferente, dos homens que conversei nós outros encontros ele dava tempo para saber a minha opinião, e queria saber mais sobre mim.

Foi uma noite realmente boa quando ele me largou em casa se despediu só com um beijo na minha testa e um abraço apertado, cheguei no meu apartamento após tomar um banho demorado liguei para o Henrico e contei praticamente a noite toda, e diferente do que pensei ele não pareceu bravo do beijo que trocamos, pareceu que ficou feliz cadê o cara que falou para tomar cuidado e preservar-me nessa história.

Henrico: — Já pensou em tirar ele de casa sábado?

Henrico: — O que vai fazer.

Letícia: — Não tenho ideia.

Henrico: — A trilha da Cachoeira conhece como a palma da mão, podem passar o dia lá tomar um banho vai estar quente, leva algo para comer acredito que ele vai gostar é incrível e bonito.

Letícia: — Más será que ele curte natureza?

Henrico: — Pergunta é simples.

Letícia: — Boa ideia amigo penso que é um lugar perfeito para um passeio mesmo.

Letícia: — Você é o máximo.

Henrico: — Eu sei não vive sem mim.

Letícia: — Beijos vou dormir.

Henrico: — Beijos.

Eu o Henrico já fizemos muitas vezes a trilha e ficava perto da casa dos meus pais, que fica não muito longe da minha casa agora uma hora e meia, o meu pai ficava muito tempo fora de casa a trabalho então as férias nem sempre nós íamos para praia então, estávamos sempre na cachoeira para tomar banho enquanto as nossas mães passavam no clube a gente até às vezes tomava uns banhos de piscina no clube lá mais na cachoeira era um lugar só nosso e era ótimo.

E realmente era um lugar bonito para passar um dia, para esquecer os problemas ou para compartilhar momento triste, muitas vezes fui para lá para sair de perto dos meus pais quando o casamento estava em crise nunca quis saber o real motivo das crises na época eu acreditava que era pois meu pai estava sempre fora, mas ao longo dos anos nunca chegaram a separar o casamento continuava sólido apesar de não entender como conseguiram superar.

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