Um reencontro...

Claus enxuga suas lágrimas e fecha o primeiro  cartão de natal que sua mãe tinha escrito para ele, ainda tinha em sua gaveta em ordem de anos que sua mãe escreveu para ele, nove cartões que ele leria, um a um, mas naquele momento ele se sentia melhor, pois se permitiu viver uma lembrança da sua mãe, ele então pega uma caneta e uma folha em branco e começa a escrever um rascunho do que iria escrever no primeiro cartão de natal para Manuela, uma tradição que ele queria dar continuidade com a sua filha.

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Enquanto isso no quarto da Manuela...

Allana ajuda Manuela a escolher uma roupa e depois vai para o seu quarto, tomar um banho para que possam almoçar e sairem, ela está prestes a  ligar o chuveiro quando escuta o seu celular tocar.Ela vai até a cama, olha para a tela do seu celular e atende a chamada, dizendo:

—Oi Ranya, como você está?

—Eu estou bem e você?Já está com sua sobrinha?Como está lidando com tudo?—Ranya perguntou segurando uma carta.

—Eu estou bem, estamos bem, na verdade aconteceram algumas coisas, mas me diz o que aconteceu?Você disse que não me ligaria tão cedo, achei que ainda estava com raiva de mim—Allana disse, enquanto  sentava na cama apenas de toalha.

—Olha eu não consigo ficar com raiva de você, mas espero que me ligue as vezes,afinal sou sua melhor amiga e sinto sua falta—Ranya  disse enquanto fechava o apartamento que a Allana morava.

—Eu também sinto sua falta amiga, mas eu não posso falar agora, daqui a pouco teerei que sair e preciso tomar banho,prometo que a noite eu ligo para você—ela disse enquanto ia para o bahneiro e colocava a chamada no viva voz.

—Eu te liguei só para pegar o endereço de onde você está morando, eu vim no apartamento que você  morava para limpá-lo e o síndico me entregou uma carta que estava na sua caixa de  correspondência a meses, então irei mandar para o seu endereço, me envia mensagem com o novo endereço que te mando a carta—Ranya falou

—Uma carta? Mas só a minha irmã sabia do meu endereço em Paris,quem é o remetente?

—Allana perguntou curiosa, pensando que talvez pudesse ser uma carta da sua irmã.

—Aqui diz que é de uma mulher chamada Ava,é o nome da sua falecida irmã, não é mesmo?—Ranya falou enquanto olhava para o envelope em suas mãos.

Allana após ouvir Tanta ficou   pensativa e por um momentoela se prendeu em seus pensamentos do passado, no quanto a Ava não gostava de cartas e muito menos iamgivava que ela receberia uma carta dela, isso foi um pouco difícil pois ela estava  tentando entender o motivo de não ter recebido aquela carta antes, então ela volta a si com sua amiga a chamando e diz:

—Sim, eu mandarei o endereço por mensagem assim que eu tomar banho, pois preciso perguntar ao Gus, qual o endereço daqui e te mando.

—Allana? Quem é o Gus?Está namorando é amiga?—Ranya perguntou curiosa.

—Não, ele é o mordomo, eu estou trabalhando como babá da minha sobrinha, o pai dela é um homem bem sucedido, lindo e maravilhoso—ela falou suspirando, lembrando dos beijos e carícias da noite passada.

Ranya sorri e diz:

—Então você está apaixonada pelo seu chefe que também é o pai da sua sobrinha?Nossa que loucura, só espero que você seja feliz amiga, não fique esperando o momento certo para vocês saírem ou fazer algo que a faça o conhecer melhor, quero que seja feliz, eu fico tranquila por saber que está bem e com a sua  sobrinha e o pai dela, vou desligar e não esquece de mandar o endereço,beijo.

Allana liga o chuveiro e toma seu banho pensando na carta que a sua irmã enviou para ela, após alguns minutos ela desce as escadas,já arrumada e Claus fica a admirando enquanto ela se aproxima do Gus.

—Senhor Gus, será que poderia me informar o endereço da residência em que estamos—Allana perguntou,enquanto segurava seu celular para enviar a mensagem a sua amiga.

Gus vai até uma das gavetas e escreve o endereço, em seguida entrega a Allana a folha e diz:

—Deseja algo mais senhorita Allana?

—Não, muito obrigada Gus—ela falou enquanto sentia o Claus tocando na cintura dela.

Gus saiu de perto dos dois e Claus deu um beijo nela, depois colocou suas mão na nuca dela e  disse:

—Hoje eu quero que durma comigo.

—Não vouj para cama  com você Claus, você só pensa nisso?—ela perguntou desapontada, soltando as mãos dele da cintura dela.

—Eu não estou falando de fazermos algo, apenas de dormir ao meu lado, eu não faria isso com você Allana, realmente gosto de você e queria dormir ao seu lado, não que você não faça eu desejá-la, mas eu não lhe convidei para dormir comigo no sentido de não dormir, apenas de estar ao meu lado na cama, só isso e nada mais —ele falou.

Manuela que estava na cozinha com a senhora que cuidava do almoço de todos da mansão aparece na sala e diz:

—O almoço está pronto, eu ajudei Eulalia a fazer a salada papai.

Claus direciona o olhar para sua filha e diz:

—Que ótimo filha, eu estou com fome.

Eles vão para a mesa e almoçam em silêncio, Manuela olha para eles dois e diz:

—Estão parecendo com minha mãe e eu quando ficavamos com raiva da outra, mas eu sempre estava errada, então qual dos dois errou?

Allana olha para Claus que faz o mesmo e em seguida ela diz:

—Não aconteceu nada Manu, só estamos almoçando em silêncio.

—Papai o que o senhor falou para a tia Allana?

—E só eu posso estar errado?Sempre serei o culpado por tudo?—ele perguntou desapontado.

—Ai papai, a criança aqui sou eu, pede desculpas para a titia e pronto, ela vai te desculpar—Manuela disse olhando para seu pai e sua tia.

—Na verdade eu quem estou errada Manu, seu pai me pediu algo e eu acabei o julgando, então peço desculpas Claus—Allana falou constrangida.

Claus pega a taça e bebe um pouco do suco e em seguida  diz:

—Posso desculpá-la se aceitar o meu convite.

—Pronto tia, aceita o convite do papai e vai ser desculpada, agora comam logo, eu quero conhecer a minha tia, primas e vovô hoje—Manuela falou enquanto comia rapidamente.

—Calma filha, coma devagar, sei que está ansiosa, mas não precisa comer tão rápido, pode fazer mal a você—ele disse segurando os talheres da sua filha.

Ela começa a comer devagar e uma hora depois, eles já estavam dentro do carro  a caminho da livraria que ficava no interior da cidade onde o Claus morava.

Não demorou muito e eles chegaram em frente a livraria que Allana tinha deixado seus quadros e então perguntou:

—Sua irmã é a Clara, dona dessa livraria?

—Sim!Você a conhece?—ele perguntou.

—A conheci quando estava procurando pela Manuela—ela falou entrando na livraria com Claus e sua sobrinha.

—Boa tarde senhor, gostaria de um livro sobre o natal—Claus falou enquanto seu pai estava de costas, colocando uns piscas piscas no balcão do caixa.

O pai dele se vira e vê o seu filho, imediatamente o abraça e Clara que observa os dois chora, enquanto se aproxima do seu pai e do seu irmão.

Continua...

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