A verdade...

Allana olhava para o Claus e o inevitável desejo do seu passado  estava novamente diante do seu presente, ela logo se pegou suspirando pelo então pai da sua sobrinha.

Ela não queria que sua sobrinha ficasse com raiva dela, mas também não poderia continuar mentindo para Claus, ela não queria continuar com a farsa, então enquanto a Manuela estava distraída vendo os enfeites de papais noéis que tinha em uma sessão, ela se aproximou do Claus e disse:

—Tem algo que preciso lhe dizer.

—Já está apaixonada por mim?—ele perguntou.

—Não é uma boa opção se apaixonar por você, mas eu posso lhe perguntar algo?

—Já está perguntando Allana—ele falou enquanto a encarava.

—Você realmente ama sua filha?Seria capaz de continuar com ela caso aparecesse alguém da família dela?

—Eu sei que parece loucura, mas eu não estou disposto a perder minha filha,  perdi anos da vida dela, já que a Ava não quis me procurar, não posso nem julgar a mãe da Manuela, ela não está aqui para se defender ou explicar-se, então eu prefiro pensar apenas no que eu posso fazer por ela, pode aparecer quem for, eu sou o pai e não deixarei que fiquem com minha filha, é um direito meu—ele falou.

—Tem algo que preciso lhe contar—ela falou.

Manuela se aproxima deles e Allana diz que em outro momento eles conversarão.

Ele logo entende que ela não quer falar diante da Manuela, então os três vão até o caixa e Claus paga por todas compras que fizeram naquela loja.

Eles pegam todas sacolas e levam para o carro, em seguida os três voltam para a mansão.

Manuela queria muito montar a árvore naquela mesma noite, mas já era tarde e Claus prometeu que no dia seguinte ele chegaria mais cedo do trabalho para montar com ela.

Assim que a sua filha dormiu, após ele passar um tempo no quarto dela, contando sobre suas primas, tia e avô, Claus desce e prepara duas xícaras de chocolate quente e vai até a porta do quarto da Allana, ela logo abre e fica surpresa.

—Você disse que tinha algo para me contar, então  podemos conversar agora?—ele perguntou.

Allana sai da frente da entrada do quarto dando espaço para ele entrar e logo Claus senta em uma poltrona e ela senta na cama, os dois bebem um pouco do chocolate quente e ela diz:

—Eu sei que você não lembra de mim, mas também não te julgo, eu não alguém que você se importe para lembrar.

—Eu no começo não te reconheci, mas depois que sai com você mais cedo, eu soube quem era, então você veio com aquela conversa sobre alguém da família da Manuela aparecer o que me deu certeza de que você é a irmã mais nova da Ava, a  tia da minha filha, agora eu quem pergunto, você não está pretendendo fugir com a minha filha não é?

—Não, eu não faria isso, a Manuela está muito feliz em ter um pai, ela que tem receio de que você não a queira se eu contasse que sou a tia dela—Allana falou.

—Não farei isso, mas você nunca foi invisível para mim Allana —ele falou.

—Você sempre foi muito obcecado por minha irmã, lembro que ela me disse que você pediu ela em namoro, várias vezes e ela sempre recusou—ela falou.

—Eu nunca pedi a Ava em namoro, mas confesso que quase cheguei a mudar por você, só que não poderia competir com o seu primeiro amor.

—Meu primeiro amor?—ela perguntou.

—Esqueceu do Jack?—ele perguntou.

—O Jack?Meu melhor amigo?Eu nunca fui namorada dele, ele era apaixonado pela Ava.

—Eu era apaixonado por você, mas sua irmã disse que eu não teria chance, então acabei me envolvendo com ela, mas sem compromisso—ele falou.

—Eu não vou cair no seu joguinho Claus, você teve várias oportunidades de dizer que gostava de mim naquela época—ela falou.

Claus se aproxima dela, senta ao lado da Allana e diz:

—Eu não preciso jogar com você Allana, não estou pedindo que acredite em mim, sei que não é algo que eu mereça, ainda mais com a fama que eu mesmo criei, só quero que saiba que não menti quando eu falei sobre ser apaixonado por você.

Allana olhava nos olhos dele e ele a encarava e olhava para a boca dela que parecia estar em um dilema bastante difícil.

Claus se aproxima lentamente dela e puxa a xícara que ela segurava delicadamente, colocando na cômoda que tinha ao lado da cabeceira da  cama, ela respira ofegante e fecha os olhos, achando que ele a beijaria.

Ele apenas sai do quarto e ela nota o som dos passos dele, olha em direção a porta e ele diz:

—Boa noite Allana.

—Boa noite Claus—ela falou suspirando.

Claus desce as escadas, deixa as xícaras na pia e sobe novamente, indo em direção a seu quarto, a campainha toca, ele olha para  o seu relógio que estava no pulso e então vai abrir a porta.

—Oi Marco, eu achei que você iria me buscar para sairmos e jantar, mas como não foi até mim, trouxe o jantar até você—a modelo falou.

Claus olhou para ela e perguntou:

—Não vejo nada em suas mãos, onde está o tal jantar que trouxe para mim?

—Eu sou o jantar, achei que meu corpo bastaria—ela falou.

—Olha, você é linda, tem um corpo maravilhoso, mas eu já estou satisfeito essa noite e por todas as noites que estão por vir, então é melhor você voltar para casa que amanhã sua agenda provavelmente está cheia—ele falou.

—Claus, eu preciso que chame um táxi para mim, eu dispensei o que me trouxe, não pensei que você me dispensaria, não antes do dia amanhecer—ela falou.

Ele coloca sua mão na cabeça e então pede que ela espere na sala.Claus sobe para pegar seu celular e então a modelo sobe sem que ele perceba e o abraça pelas costas.

—Me solta logo Gisele, não irei mudar de opinião, quero mostrar que posso ser um homem de família—ele falou se virando para a modelo.

Allana escuta um barulho na porta do seu quarto e assim que abre vê Claus segurando os braços da Gisele, ela então fecha a porta e ele diz:

—Quer saber, você que peça seu táxi e aproveite já saia da minha casa agora.

Gisele desce as escadas, falando que irá quebrar o contrato com a empresa dele e Claus nem se importa.

Ele bate na porta do quarto da Allana e ela abre olhando para ele.

—O que foi Claus?—ela perguntou.

Ele se aproxima dela rapidamente e a beija de forma intensa, no começo Allana batia nele querendo que ele parasse, mas ele segura os braços dela e logo ela se deixa levar por sua paixão e retribui o beijo,até morder o lábio inferior dele e o mesmo gritar sentindo dor.

—Achei que você não teria mais fome hoje, comeu tanta pizza e ainda quer tirar um pedaço de mim?—ele perguntou enquanto tocava no seu lábio que estava sangrando.

Continua...

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