Uma chance parte 2

Allana olha para Claus que parecia distante, ela se aproxima dele e sabia que naquele momento era melhor  o silencio, coloca sua cabeça deitando no ombro dele e ficam por um momento ali, como se precisassem um do outro, sem que falassem nada.

Ele olha  para ela e acariciando os cabelos dela,diz:

—Esse carro tem um valor sentimental para mim,eu quase disse a você sobre estar apaixoando no primeiro dia que lhe dei uma carona e acabou que tive que empurrar o carro, depois ficamos sujos  com a fumaça, tudo que poderia acontecer de errado naquele dia aconteceu—ele falou.

—Eu teria dito que também estava apaixonada por você naquela época,mas talvez não era para ser —ela falou.

—Mas agora você está aqui,então eu lhe pergunto Allana, você ainda sente algo por mim?—ele perguntou.

Ela olha para ele que esperava uma resposta e diz:

—Eu posso lhe fazer uma pergunta?

—Você ainda não respondeu a minha pergunta —ele falou.

Ela olha para ele, de uma forma sublime, ela agora enchergava um lado diferente, humano e especial dele, como nunca havia visto antes e olhando para os olhos claros dele, ela diz:

—A tal garota que a senhora Florence fala na carta, ela sou eu? Foi você quem deu o dinheiro aos meus pais para que eu pudesse fazer a cirurgia por causa do apendicite que tive, meus pais não sabiam o que fazer, pois estávamos passando por um momento delicado, apesar de ser adotada, eles me amaram como uma filha, mas lembro que fui às pressas para o hospital e tinha que fazer a cirurgia o mais rápido possível, eu lembro do olhar dos meus pais ao verem quanto seria os custos, você esteve lá para me ver e depois foi embora rapidamente, eu achei que você não gostava de ficar em hospitais, ou que talvez só estava lá pela Ava, então foi você quem pagou a cirurgia, vendeu seu carro para que eu pudesse ficar no hospital e fazer o procedimento necessário, não foi?

—Eu não tinha dinheiro na época como tenho hoje, a única forma de ajudá-la seria se eu vendesse o meu carro, que juntei por anos para comprá-lo, o senhor Tucker era apaixonado pelo carro e já tinha falado algumas vezes que se eu quisesse vender um dia, ele compraria, então eu não pensei duas vezes ao ouvir seus pais conversando tentando encontrar uma forma de conseguir o dinheiro para os custos do hospital—ele falou.

—Eu sempre fui apaixonada por você e desde o dia que o vi novamente na empresa, eu tinha certeza de que seria você, não importa o quanto você mudasse, até mesmo trocasse de nome, você sempre esteve em meu coração e apesar de ser uma paixão de adolescência, eu continuei com esse sentimento adormecido dentro de mim,isso foi sufocante pois não deixei que ninguém permanecesse já que nenhum deles era você.

—Sabe Allana, eu nunca me envolvi com nenhuma mulher por achar que nenhuma delas pudesse ser você, sei que o que fiz foi usar as mulheres que passei a noite, mas nenhuma delas despertou em mim, o que só você é capaz—ele falou enquanto segurava a mão dela e a olhava.

Eles passaram algumas horas conversando, aos beijos e carícias, acabaram dormindo dentro do carro.

Na manhã seguinte a Manuela procura por sua tia e pelo seu pai e não os encontra, pela mansão, ela vê o mordomo na cozinha e pergunta:

—Gus, o papai já foi trabalhar?

—Não, ele nem sequer tomou o café da manhã, ele nunca foi  para o trabalho  antes do café matinal dele—Gus falou.

—Então temos que procurar o papai, a Allana também sumiu, eles devem estar no mesmo lugar—ela falou.

Ela sai procurando pelos dois pela mansão, mas não encontra, Gus estão procura na garagem e nota que um dos carros estava aberto e logo encontra os dois dormindo abraçados em uma posição desconfortável e então a Manuela aparece e diz:

—Que bobinhos, dormiram no carro.Papai acorda, papai?

—Claus abre os olhos e nota que estava no carro e logo se assusta, sentindo que não foi uma boa ideia dormir naquele carro, mas se fosse necessário dormiria diversas vezes para estar ao lado dela.

Ele acorda a Allana e eles saem do carro, vão para os quartos deles,tomam banho e depois descem, Manuela senta ao lado dos dois na mesa, eles começam a comer e ela fica observando o seu pai e a sua tia com sorrisos e troca de olhares.

—Papai o senhor está namorando a Allana?—Manuela perguntou.

—Filha, eu quero que saiba que não importa o que aconteça, eu sou seu pai e não deixarei você, sei que está com medo de que eu me canse de você e a deixe ir, mas isso não vai acontecer, eu amo você filha e não tem nenhum outro lugar que eu mais queria que esteja, a não ser ao meu lado, para que eu possa te dar meu amor de pai e o carinho que merece, me prometa que não mentirá mais, mesmo  que tenha medo filha, a partir de agora chame a Allana de tia, eu já sei sobre tudo.

Manuela abraçou Claus e ele então disse:

—Está preparada para montar a árvore da natal?

—Estou ansiosa para que chegue do trabalho para colocarmos os enfeites—ela falou.

—Eu não irei ao trabalho hoje, iremos montar a árvore—Claus falou.

Eles terminam de tomar o café da manhã e vão para a sala onde já estava a árvore enorme que a Manuela ganhou de presente, ela olha para a árvore e lembra do Hector, depois o Claus pede que tragam os enfeites que eles compraram, Allana e Claus se olhavam como um casal de apaixonados e a Manuela sabia que eles dois estavam agindo como um casal.

Ele começaram a enfeitar a árvore e depois Claus senta ao lado da árvore que ficou linda, ele então decide contar uma história que sua mãe sempre contava na noite que eles montavam a árvore.

—Papai, o senhor e a Tia Allana estão namorando?—Manuela perguntou no meio da história.

—Ela ainda não aceitou o pedido de namoro, mas eu estou disposto a esperar pela resposta dele—Claus falou olhando para a Allana.

Continua...

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