capítulo 2 Bem vindo ao Clube

Como ela sabia o nome dele?

Porque ela o chamou para sentar ao lado dela quando o médico colocou sua perna no lugar? O que Mel via nele?

kaio: Já quebrei a perna antes. Sei como dói – parada no canto da sala eu observava os dois conversando. Ele sentado ao lado da cama numa cadeira e falando como se fosse um garoto também, ou um especialista em crianças.

Mel estava linda apesar de pálida pela dor que sofreu o dia todo. Sua saia da escola ainda estava lá apesar de cortada na ponta para o gesso, que subia até sua coxa. Seu cabelo estava preso para trás, a franja também. Os olhos verdes pareciam cansados, xoxos, mas estava atenta em kaio.

Mel: e você ficou quanto tempo com o gesso? – encostou a cabeça na maca olhando-o com o rostinho lívido, interessada na pergunta. Cruzei os braços e apenas assisti o modo como ele sorriu.

kaio: não querendo te desanimar... Fiquei três meses com o meu gesso. A parte legal nisso tudo é que minha mãe fazia tudo o que eu queria. Levava as coisas na minha cama, comprava chocolate... – os dois riram juntos – meus amigos assinavam no meu gesso. Tenho-o guardado até hoje com os nomes e os desenhos.

Mel: nossa, que maneiro! – ergueu os olhos para mim – mamãe, os meus amigos vão poder assinar no meu gesso também?

Helena: claro Mel, todos eles poderão – assenti – mas é melhor deixar isso para depois. Pelo que disseram você poderá ir para casa hoje.

Mel: ai que bom! Pensei que iria ter que ficar nesse lugar estranho! – pareceu aliviada – vai com agente kaio?

kaio: não, não vou – se ergueu e virou para que eu pudesse ver seu rosto também – o que tinha que fazer acabou por aqui. Fico feliz que esteja bem Mel, espero que possa sair dessa rápido e sem traumas – esticou a mão e pegou a de Mel. Abaixou-se e beijou a mão pequena sorrindo.

Mel: ah kaio, não vai embora... – pediu com carinha de pena, não soltando a mão dele – e se for... Vai lá em casa me ver! Ele pode, não pode mamãe?

Nós dois trocamos um olhar, kaio e eu. Ficamos em silêncio um momento, apenas nos encarando profundamente. Pelo que percebi, dissemos em meio ao vácuo muita coisa. A prioridade ali era Mel... Para mim, e pelo que parecia, para ele também.

Helena: pode ir, claro que pode – assenti e ele pareceu confuso, sem acreditar no que ouviu.

Mel: você vai kaio? – insistiu. Olharam-me mais uma vez. Dois pares de olhos verdes idênticos.

kaio: vou. Pode deixar que vou.

Mel: promete? – usou seu melhor tom pidão.

kaio: prometo... – sorriu de um modo deslumbrante. Tive até que virar a cara ignorando a guerra dentro de mim.

Sim, eu teria que fazer isso. Teria que passar por cima do meu orgulho e reconhecer tudo o que esse homem havia feito pela minha filha. A ambulância teria demorado; a essa hora ela provavelmente ainda estaria sofrendo, gritando... kaio havia carregando-a por todo o caminho, havia sido o primeiro a tomar medidas para que não se machucasse mais, e estava a fazendo rir agora.

Droga!

Quando se despediu, quando saiu pela porta, olhei para Mel e sussurrei um já volto. Atravessei o corredor correndo de salto e segurei seu braço.

Helena: kaio! – se virou no mesmo momento, me olhando atentamente.

kaio: sim?

Helena: você começa amanhã – falei humildemente – só leve seus documentos para a Alicia e esteja no escritório as nove em ponto! Não gosto de atrasos...

kaio: não vou aceitar – sua resposta foi imediata – quero ser contratado por minhas habilidades e não por algo que fiz para a poderosa – ironizou – obrigado, mas a resposta é não - o encarei com certo olhar de desprezo e comecei a me virar.

Helena: a proposta estará de pé até amanhã, as nove. Se estiver lá, bom para você, se não estiver... Bom para mim – dei de ombros; pude ver um breve sorriso no canto de seus lábios, ele encarando o chão em seguida de modo desconcertado.

Kaio: você se acha muito, não é querida? – piscou e saiu andando novamente, me dando as costas antes que eu o fizesse, me deixando parada no corredor.

Helena: e mais uma coisa... – falei alto enquanto ele andava – obrigado.

Por breves segundos ele parou em meio ao corredor ainda de costas; ficou no lugar, mas não se virou. Depois saiu andando novamente e não olhou para trás... E eu? Prossegui parada no corredor, contemplando a primeira pessoa para quem dirigia a palavra obrigado.

kaio POV

Joana: então ela é folgada? – enquanto batia a massa do bolo, ela riu para mim.

kaio: completamente folgada... A senhora precisa ver mãe! Metida, anda de queixo empinado, acha que pode... – imitei sua forma de andar – e o pior é que a mulher é gostosa!

Joana: ai filho – continuava rindo encostada a pia – e você vai aceitar o emprego? Olha lá rapaz... Sabe muito bem que esse trabalho é importante, é um sonho que você tem... – me olhou de forma ameaçadora.

kaio: pode ser um sonho mãe, mas não pretendo aguentar essa megera por sonho nenhum! – sentei na cadeira que puxei e suspirei apenas com a lembrança que tinha dela.

Joana: desafios são feitos para serem superados, kaio. Vai ver essa mulher precisa de algo na vida dela que ainda não encontrou. Talvez possa entrar na vida dela e a ensinar que nem tudo se conquista com a imposição... Todos têm o lado bom e o lado ruim. Essa tal de Helena deve ter seu lado bom, não é? – fiquei olhando o rosto de minha mãe daquele jeito tão meigo e pude ver em suas palavras um pouco do que Helena foi com Mel. Doce. Boa. Mãe. A única coisa boa que vi nela.

Kaio: não acredito que possa existir luz em meio aquela treva – ironizei.

Joana: não podemos simplesmente apontar o dedo e dizer o que a aparência sugere, querido – dessa vez estava me repreendendo ao mesmo momento em que limpara as mãos no avental xadrez vermelho que usava – não sabe o que se passa na vida dela, o que aconteceu a ela no passado que a levou a ser desse jeito!

kaio: então o que a senhora acha que devo fazer mamãe?

Joana: aceite o emprego, vá lá e faça o seu trabalho! Não vai precisar de mais nada. Se fizer tudo direito não haverá motivos para essa moça te repreender – a ideia me parecia absurda – mostre a ela que você é capaz...

Simplesmente ri das palavras de minha mãe no caminho para minha casa. O que ela estava dizendo? Helena iria tornar minha vida impossível... E... Minha vida já não era impossível? Já não era desprezível?

Entrei em meu apartamento e coloquei um pouco de suco no copo, parado perto da janela, olhando a cidade de cima e imaginando porque fiz tanta besteira a vida toda. Porque não parei numa Empresa só? Porque não me casei? Claro, ainda era tempo uma vez que tinha apenas 26 anos... Pensei na pequena Mel, em seu sorriso... Porque não tive filhos? Doei meus espermas na adolescência, eu poderia ter alguns espalhados pelo país, mas... Porque sempre fui cair no laço das mulheres erradas? Atualmente, enquanto meus velhos amigos eram importantes para as esposas, para as crianças, para o trabalho... Eu não era importante para ninguém que não fosse minha mãe.

Era hora de aceitar o desafio que a vida me impunha. Era hora de crescer, de ser importante para alguém... Mesmo que esse alguém seja uma mulher de um metro e meio que acha que é a dona do mundo e fará de tudo para me levar ao inferno um pouquinho cada dia.

Era hora de atentar o diabo.

Helena POV

Helena: prometo que não vou te chutar...

Mel riu quando me deitei ao lado dela na cama de casal alta, dentro de meu quarto imenso. Acomodou-se melhor no travesseiro, a perna quebrada engessada e posicionada sobre uma pequena estrutura para que não se machucasse. Encostei-me ao travesseiro e abracei seus ombros pequenos beijando seu cabelo limpo, com cheiro de xampu. Assim que chegamos em casa a ajudei a tomar um banho e colocar seu pijama.

Mel: você vai me ajudar a tomar banho todo dia mamãe? Como quando eu era bem pequenininha? – ela me abraçou como pôde se acomodando perto de mim como um gatinho.

Helena: sempre que for preciso, filha. Mas quando era bem pequenininha quem te dava banho era a vovó – relembrei tocando seu nariz – ela me ajudava em tudo, já que eu era um desastre com você e não tinha ninguém pra me ajudar.

Mel: isso que dá ter filha tão nova, né mãe? – assenti olhando para o teto.

Helena: nunca faça isso! – adverti de modo engraçado. Olhei para sua perna quebrada – posso assinar no seu gesso? – pensei que iria ganhar uma gargalhada alta ou um comentário engraçado, mas não. O que recebi fora uma careta estranha, meio nervosa.

Mel: Não! O primeiro que vai assinar será o kaio! – ergueu o queixo de forma pontual. Comecei a rir baixinho.

Helena: pelo amor de Deus, Mel! O kaio nunca mais vai te ver... Esquece aquele cara!

Mel: é claro que vai me ver mamãe! – se ajeitou na cama de modo que me olhasse nos olhos. Aquele olhar verde e brilhante, defendendo a certeza de que seu amigo viria – ele me prometeu! E vovô diz que os homens quando prometem tem que cumprir, porque colocam a palavra deles em jogo!

Helena: homens são idiotas – me sentei também chegando mais perto dela, usando meu tom brincalhão para me dirigir – quando vai colocar isso na sua cabeça?

Mel está dizendo isso por causa do meu pai? – voltei a me deitar na cama.

Helena: quantas vezes vou ter que repetir... Você não tem pai!

Mel: quantas vezes vou ter que repetir... Todas as crianças tem pai! Se existo, tenho que ter tido um pai! – insistiu.

Helena: mas não tem. E não estou mentindo...

Como explicar a uma criança o que me aconteceu aos dezenove anos? Como dizer a ela que fui vítima de um erro, e que por esse erro ela estava aqui? Como explicar que ela não tinha um pai, que para o pai ela não existia, era obvio! - sua existência nunca significaria nada porque ela era apenas mais uma?

Mel: ARG! – lamentou-se – tá bom mamãe, a cegonha me trouxe e me deixou na chaminé, foi isso? – tive de rir de sua expressão linda e penetrante. Do modo como seus olhos verdes faiscavam, de como seu comportamento era genuíno e gracioso...

Helena: se é assim que quer que seja, é assim que foi – dei de ombros – agora vamos dormir porque amanhã o dia é longo e tenho que achar a minha secretária...

Mel: mas não já achou? E o kaio? – cruzou os bracinhos.

Helena: já falei que o seu querido kaio nunca mais vai aparecer, Mel! – choraminguei – deita logo, vamos dormir... E se sentir alguma coisa durante a noite me avise. Mamãe está aqui – beijei sua testa quando se acomodou ao meu lado, me deixando envolver em sua inocência e carinho.

[...]

Cheguei à lux com a cara péssima, porém ainda eram nove e meia... Estava dentro de horário. Desci do carro depois de falar com minha mãe, que estava em minha casa com Mel. Devido a sua febre pela dor que voltou após passar o efeito do remédio, passei a noite em claro secando seu suor e aclamando seus suspiros... Até o novo remédio fazer efeito e a minha bonequinha voltar ao seu sono.

Assim que o elevador se abriu, pude ver todos em seus devidos lugares. Rosa e Jessica em seus computadores me desejaram bom dia em coro, como toda manhã. Thiago estava na maquininha de café e acenou; Emily passou por mim com uma papelada; Rachel me deu passagem quando nos cruzamos e Alicia, que estava falando com Pierre, veio em minha direção com um sorriso envergonhado.

Alicia: bom dia senhorita Parker – disse em tom educado – se me permite perguntar em nome de todos... Queria saber como está a pequena Mel?

Pensei em várias resposta mal educadas, mas neste caso era uma pergunta nobre que não dizia respeito a minha vida pessoal e sim ao estado de saúde de minha filha. Era solidário.

Helena: ela está bem Alicia. Quebrou a perna, mas está bem – respondi – obrigado por perguntar... Agora, se me permite, vou trabalhar. Não esqueça de que na hora do almoço quero mais cinco candidatos para a vaga na minha sala...

Sai andando ouvindo Alicia chamar meu nome. Ignorei. Abri a porta, entrei, passei pela mesa da secretária, deixei meu casaco e... Hei. Espera!

kaio: bom dia senhorita Parker – parei no lugar de costas para a mesa apenas em choque por ter ouvido aquela voz – estava esperando para que me designasse as devidas funções...

Virei-me lentamente com medo de cair do salto. Encarei Kaio Souza - sim, o candidato! - parado ao lado da mesa da secretária. Usava camisa social preta, calça também social e sapatos. Estava com um perfume maravilhoso, o cabelo arrumado e ainda tinha cara de quem foi arrebatado por uma alucinante noite de sexo.

Helena: o que está fazendo aqui? – silabei encarando-o perplexa.

kaio: a vaga estava de pé até as nove. Cheguei e assinei o ponto às seis e meia – respondeu de forma singela, com as mãos para trás – os documentos estão com Alicia, como a senhorita mandou...

Ok. Espera. Ele estava ali... Para trabalhar. Para me deixar irritada. Para sair por cima e eu nem sequer podia dispensá-lo! Como poderia passar por cima da minha própria palavra? Respirei fundo e assenti brevemente. Aproximei-me dele em passos lentos e estiquei a mão.

Helena: ótimo. Seja bem vindo ao clube, kaio – sua mão encontrou a minha e as duas se tocaram. Nos olhamos em seguida. Um olhar profundo e intenso, que ainda assim dizia muitas coisas. Esse era meu medo. Quando olhava esse homem podia ver mais do que o obvio; era possível enxergar sua mente, bisbilhotar seus planos... – não que vá gostar de fazer parte dele.

kaio: pode ter certeza que sim, senhorita – larguei sua mão.

Helena: ok. Alicia vai te explicar como gosto das coisas e onde estão todos os seus materiais de trabalho. Ao meio dia sairá para o almoço e retornará a uma. Horário de trabalho, das nove às dezessete horas – dei as costas a ele caminhando até minha mesa – pode ir lá falar com Alicia.

kaio: sim senhorita. Com licença – e saiu da sala.

OMG!

É melhor se preparar kaio, porque nossa jornada juntos está apenas começando!

Jessica.

Thiago.

Rachel

Mais populares

Comments

Jô Silva

Jô Silva

um acho que ele é pai dela

2024-01-12

1

Elis Regina

Elis Regina

a Mel é filha dele kķkk q maravilha

2023-11-15

5

Minha Opnião

Minha Opnião

Na apresentação ele tinha 24

2023-02-11

0

Ver todos
Capítulos
1 Prólogo
2 Personagens
3 Capítulo 1 Aconteceu
4 capítulo 2 Bem vindo ao Clube
5 Capítulo 3 O comeco
6 capítulo 4 Festa do desacordo
7 Capítulo 5 Colisão
8 Capitulo 6 Moondance
9 capítulo 7 Outros olhos
10 capítulo 8 Ajustes finais
11 Capítulo 9 certo
12 Capítulo 10 Amor silencioso
13 capítulo 11 Meu coração
14 capítulo 12 Ao seu lado
15 capítulo 13 lux
16 capitulo 14 Sunshine
17 capítulo 15 conexão
18 capitulo 16 Tao similar
19 capítulo 17 Hora de viajar
20 Capítulo 18 flame
21 Capítulo 19 Love me
22 CAPÍTULO 20 Nosso amor
23 capítulo 21 Eu me rendo
24 capítulo 22 sonho vira realidade
25 capítulo 23 Breakaway
26 capítulo 24 Meu caminho
27 Capitulo 25 Because of you
28 capítulo 26 Amor incondicional
29 capítulo 27 algo dentro de mim
30 Capítulo 28 Doces memorias
31 capítulo 29 Pesadelo
32 capítulo 30 longe e perto
33 Capítulo 31 forever alone
34 capítulo 32 memories
35 capítulo 33 sangrando
36 capítulo 34 positivo
37 capítulo 35 Feliz aniversário papai
38 capítulo 36 Vinculado pelo destino
39 capítulo 37 Linda surpresa
40 Capítulo 38 Sua noiva?
41 capítulo 39 Sim
42 capítulo 40 Eu disse
43 Capítulo 41 Promovida a irmã mais velha.
44 Capítulo 42 Péssimo Humor
45 capítulo 43 momento pra sempre
46 capítulo 44 Contagem regressiva
47 capítulo 45 Hora de pagar a divida
48 capítulo 46 Socorro
49 Capítulo 47 Bem vinda Maddie
50 capítulo 48 De volta ao passado
51 capítulo 49 Loser
52 Capítulo 50 Nossa Rainha
53 Epílogo
Capítulos

Atualizado até capítulo 53

1
Prólogo
2
Personagens
3
Capítulo 1 Aconteceu
4
capítulo 2 Bem vindo ao Clube
5
Capítulo 3 O comeco
6
capítulo 4 Festa do desacordo
7
Capítulo 5 Colisão
8
Capitulo 6 Moondance
9
capítulo 7 Outros olhos
10
capítulo 8 Ajustes finais
11
Capítulo 9 certo
12
Capítulo 10 Amor silencioso
13
capítulo 11 Meu coração
14
capítulo 12 Ao seu lado
15
capítulo 13 lux
16
capitulo 14 Sunshine
17
capítulo 15 conexão
18
capitulo 16 Tao similar
19
capítulo 17 Hora de viajar
20
Capítulo 18 flame
21
Capítulo 19 Love me
22
CAPÍTULO 20 Nosso amor
23
capítulo 21 Eu me rendo
24
capítulo 22 sonho vira realidade
25
capítulo 23 Breakaway
26
capítulo 24 Meu caminho
27
Capitulo 25 Because of you
28
capítulo 26 Amor incondicional
29
capítulo 27 algo dentro de mim
30
Capítulo 28 Doces memorias
31
capítulo 29 Pesadelo
32
capítulo 30 longe e perto
33
Capítulo 31 forever alone
34
capítulo 32 memories
35
capítulo 33 sangrando
36
capítulo 34 positivo
37
capítulo 35 Feliz aniversário papai
38
capítulo 36 Vinculado pelo destino
39
capítulo 37 Linda surpresa
40
Capítulo 38 Sua noiva?
41
capítulo 39 Sim
42
capítulo 40 Eu disse
43
Capítulo 41 Promovida a irmã mais velha.
44
Capítulo 42 Péssimo Humor
45
capítulo 43 momento pra sempre
46
capítulo 44 Contagem regressiva
47
capítulo 45 Hora de pagar a divida
48
capítulo 46 Socorro
49
Capítulo 47 Bem vinda Maddie
50
capítulo 48 De volta ao passado
51
capítulo 49 Loser
52
Capítulo 50 Nossa Rainha
53
Epílogo

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!