Aline subiu para o quarto e se jogou na cama chorando. Depois de muito tempo, seu corpo foi relaxando. Ela estava muito triste por causa do quase acidente na banheira.
Não tinha desejo de morrer. Só tinha adormecido sem perceber.
Mais tarde, ouviu baterem na porta.
- Quem é?
- Sou eu, Rose. O patrão está esperando para jantar.
- Já estou descendo.
Aline levantou e lavou seu rosto. Desceu com a mesma roupa de antes.
- Desculpa por mais cedo. Eu estava muito sensível.
- Sem problemas. Agora vamos jantar. Tem algo que você gostaria de comer, diferente do que temos aqui?
- Não. Eu como qualquer coisa.
- Você come ou belisca igual um passarinho?
- Eu como, mas não muito. Meu estômago é pequeno e não cabe muita comida.
- Você fez algum tipo de cirurgia para reduzir o estômago?
- Nunca. Sempre comi pouco.
- Talvez seja algum distúrbio alimentar.
- Minha mãe dizia que quando eu era nenê tinha refluxo. Nada parava no meu estômago. Eu vivia internada tomando soro.
- Aí está a resposta.
- Meu estômago não se desenvolveu direito?
- Algo assim. Mas se você se alimentar com coisas saudáveis, não importa a quantidade e sim a qualidade do que come.
- Eu fico pensando, se meu estômago é pequeno assim, como será quando eu tiver um filho? Vou morrer ou matá-lo de fome?
- Não fique preocupada antes da hora. O que tiver que ser, será.
Aline acabou de comer e continuou conversando.
Rose trouxe a sobremesa. Era mousse de abacaxi.
- Será que cabe um pouco de mousse? Parece estar deliciosa.
- Espera um pouco, depois você come. Não force seu corpo.
- Tudo bem. Vou colocar um pouquinho aqui no meu prato e vou comendo devagar.
- Semana que vem tenho que fazer exames de rotina no hospital. O médico que está me acompanhando quer ver o que está certo ou errado na minha dieta.
- O senhor teve uma boa recuperação desde que saiu do hospital.
- Ainda não estou andando, mas já não estou mais na cama, me locomovo na cadeira por toda a casa, voltei com o movimento dos braços. Foram grandes conquistas. E o médico que me operou não deu esperanças de recuperação.
- Nem sempre os médicos sabem tudo. Tem coisas que depende mais da fé do que de remédio.
- Concordo com você.
- Acho que consegui comer uma sobremesa.
- Devagar e sempre.
- Vou pegar uma garrafa de água e vou subir.
- Não quer assistir um filme? Ainda está cedo para dormir, além de ter dormido a tarde inteira.
- Tem razão. O que vamos assistir?
- O que você prefere, ação, suspense, comédia ou drama?
- Gosto de filmes de ação. Bruce Willis, Silvester Stalone, Jean Cloude Van Damme, Steven Segal, a lista é bem grande.
- Então vamos assistir um filme de ação. Um com Stalone e Van Damme, que tal?
- Mercenários? Amei!
- Você já assistiu?
- Muitas vezes, no cinema e na televisão. Amo demais.
- Mas sessão de cinema precisa de pipoca e refrigerante.
- A pipoca eu aceito, mas troco o refrigerante por suco.
- Rose, prepara a pipoca e suco que vamos assistir um filme.
- Sim senhor. Daqui a pouco eu levo.
- Vamos, Aline?
- Sessão de cinema em casa! Obrigada!
Wagner percebeu que por pouca coisa fazia Aline sorrir como uma criança.
Nesse momento ele queria que seu filho estivesse ali também. Seria um bom momento de participar em família. Mas tinha a esperança que com o tempo e talvez a chegada de um herdeiro, as coisas mudassem de figura.
O filme começou e Aline ficou empolgada. Parecia nunca ter assistido ao filme, mesmo dizendo que já viu inúmeras vezes.
A pipoca e o suco foram deixados ao lado das cadeiras.
Aline comia a pipoca sempre que uma cena era mais ativa. Wagner também já tinha assistido, então aproveitou para observar Aline durante o filme.
Quando o filme terminou, o pote de Aline estava quase vazio. Ela comia devagar e pouco de cada vez, mas acabou comendo bastante.
- Agora sim. Podemos dormir um pouco.
- Obrigada pela gentileza da noite de cinema! Amei!
- Não tem de que...
- Boa noite! Até amanhã!
- Boa noite! Durma com os anjos!
- Amém!
E Aline subiu novamente para o quarto, dessa vez mais relaxada. Trocou de roupa para dormir. Ainda não tinha entrado no closet. Estava usando as roupas da mala.
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Atualizado até capítulo 80
Comments
Ana Lúcia De Oliveira
Wagner sempre gostou dela até porque sua falecida esposa gostava muito da Aline
2024-11-05
0
Olivia Costa Rossi
Senhor Vagner nota 1000
2024-09-30
0
Fatima Vieira
gostando da atitude do pai dele ,apesar de ter outras intenções
2024-07-22
5