Aline só sabia chorar. Nem a mãe e nem Wagner conseguiam fazer com que se acalmasse. Rose foi até a cozinha e preparou um chá de camomila para tentar amenizar a situação. Ela assistiu tudo pela porta da sala de cinema que estava aberta.
Voltou trazendo uma xícara com o chá.
- Aqui, menina. Beba devagar porque está quente.
Aline pegou a xícara com cuidado. Começou a tomar o chá em pequenos goles. Ainda tremia com o choro que não parava.
A cabeça de Aline estava girando sem parar. Não sabia que decisão tomar. Por um lado queria fugir para bem longe dali, se escondendo em algum buraco escuro. Por outro pensava que poderia haver consequências do estupro. Se tivesse engravidado? Ela era terminantemente contra o aborto, mesmo que fosse fruto de abuso sexual ou estupro. Nunca se afastaria de um filho, não importa a circunstância de sua concepção. O pedido de Patrick cobria essa situação e ainda dava a ela vantagem de ser cuidada. Não que ela se importasse com vantagem material.
As dúvidas eram muitas. Seu coração estava dividido. Mas se pesasse com a razão, aceitaria o pedido e se casaria com ele, com a condição de nunca se encontrarem depois do casamento.
Olhou para sua mãe e depois para o patrão e futuro sogro.
- Mãe, o que eu devo fazer? Queria fugir para bem longe daqui, mas ao mesmo tempo, fico pensando em se aconteceu uma gravidez? Não quero me precipitar.
- Filha, sei que está abalada com tudo isso, mas não se deixe levar pelo coração que está magoado e ferido, use a razão para decidir o que é melhor nesse momento.
- Não deveria opinar, pois se trata do meu filho, mas pesando racionalmente, creio ser melhor para todos que aceite a proposta do Patrick.
- Não sei... Estou em dúvida sobre isso.
- Se você aceitar o pedido, logo após o casamento, você virá morar aqui em casa. Meu filho tem o apartamento dele, se não estiver na cadeia. Você não precisará voltar para a empresa. Pode continuar com seus estudos sem problemas.
- Mesmo eu casando-me com ele, ainda assim ele corre o risco de ser preso?
- Tudo depende do juiz que estiver julgando.
- Eu não queria prestar queixa contra ele.
- Eu sei. Mas a decisão não era sua. Ele precisava ser sacudido para deixar de agir por impulso.
- Tem como retirar a queixa?
- Não sei. Teria que conversar com os advogados e com o delegado do caso. Você não quer que ele pague pelo que fez?
- Acho que a prisão não é lugar para ele, apesar do que ele fez ser um crime hediondo.
- E, na sua opinião, qual seria a melhor forma de punição para o que ele fez?
- Não sei. Só sei que prisão é muito forte.
- Amanhã vou tentar resolver isso. Mas antes preciso saber qual a sua resposta para o pedido dele.
- Ainda não sei. Preciso pensar mais. Não quero tomar uma decisão agora e me arrepender depois.
- Está bem, vou esperar sua resposta até amanhã cedo.
- Filha, o que é tão difícil para você entender? Ele está arrependido com o que fez e quer reparar o erro.
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Atualizado até capítulo 80
Comments
Elis Alves
Reparar o erro casando com a vítima? Claro a vítima não é vc e o cara é bilionário né. Será se fosse um pobre lascado vc iria pensar assim? 🤬🤬🤬
2025-02-04
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Anonymous
Aff! a mãe parece muito conivente com tudo que aconteceu. Me poupe! estuprador tem que ser morto ou virar eunuco.
2025-03-03
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Elis Alves
E se ele tivesse matado alguém, só pq levou chifre? Ele tbm não deveria ir preso? Ah, me poupe
2025-02-04
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