Capítulo 14

Após deixar Gilon e seus companheiros partirem, Vin só então percebeu o que havia feito. O caos que se seguiu foi além de qualquer coisa imaginável. No entanto, sua presença despertou um sentimento de orgulho, pois no final os outros o temiam, e ele não era mais o homem constantemente oprimido.

Vin só pôde suspirar. Ele estava ciente de que o poder que possuía agora vinha do cartão negro que Ambar lhe havia dado, fazendo-o sentir-se poderoso. Sem mencionar que, sem a pedra preciosa que ele segurava, a essa altura ele poderia ter sido pisoteado por Gilon, e ele teria permanecido fraco e dominado por Sifa e sua família.

Este era o único caminho que Vin podia seguir e, a contragosto, ele teve que mostrar sua força esfaqueando Gilon para que outros que testemunhassem o ato o temessem e não o oprimissem facilmente.

Depois de falar sozinho, Vin se virou para Sifa, que ainda estava em choque pelo que Vin havia feito. Ele rapidamente se aproximou de Sifa.

"Sifa, vamos sair daqui." Vin estendeu a mão, pretendendo levar Sifa para fora do restaurante depois da confusão que ele havia causado.

"S-sim." Sifa segurou a mão de Vin e saiu rapidamente, deixando o restaurante para trás.

Chegando ao estacionamento, Sifa parou Vin, que estava prestes a levá-la embora.

"Vin, parece que não podemos sair juntos. Porque eu tenho que ir agora, tenho uma reunião daqui meia hora. Eu te lembro mais uma vez, é melhor você voltar para a casa da sua mãe adotiva e não ir cobrar essa dívida. Eu não quero que nada aconteça com você", disse Sifa.

"Está bem, posso chamar um táxi mais tarde. Vá agora e cuide-se", respondeu Vin.

"Hmm, lembre-se, Vin, não vá cobrar dívidas, se você desconsiderar minha proibição. Se algo acontecer com você, não me importarei mais. Sobre mamãe, eu vou cuidar dela depois. Eu tenho que ir agora", disse Sifa, deixando Vin para trás e dirigindo rapidamente longe do restaurante. Enquanto isso, Vin não respondeu; ele ainda planejava cobrar a dívida.

Depois que Sifa saiu, Vin prontamente chamou um táxi para levá-lo à BMX Company para cobrar a dívida. Ele havia combinado anteriormente de se encontrar com Dom. O objetivo de Vin continuava sendo retribuir um favor aos seus sogros e assim poder se divorciar de Sifa em breve. Ele não queria continuar casado com Sifa, o que só causaria sofrimento a ela no final.

Logo, eles chegaram ao escritório da BMX, que parecia bastante tranquilo. No entanto, a porta do escritório ainda estava aberta. Vin entrou imediatamente, esperando encontrar o chefe da empresa. Conforme Vin entrava, o escritório ficava mais silencioso e uma aura sombria dominava o ambiente. Vin continuou avançando, parando quando encontrou um homem de meia-idade que parecia estar esperando por ele.

O homem estava sentado no centro da sala, iluminado por um holofote. Sedimentos de fumaça de cigarro dançavam ao seu redor e cerca de quinze de seus capangas estavam ao seu lado.

"Finalmente, você veio. Vindra, estava esperando por você."

"Você é o Dom?" Vin perguntou casualmente.

"Sim, sou o Dom, tio de Martin e também o CEO da BMX, sob a empresa Astar. Eu ouvi da Regina que você quebrou o Martin. E, coincidentemente, você está aqui para cobrar uma dívida de mim. Mas antes de você cobrar, que tal nos divertirmos um pouco? Quero que você lute contra eles como boas-vindas", disse Dom e fez um gesto com os dedos, ordenando aos seus homens que bloqueassem o solitário Vin.

Dom sorriu, confiante de que poderia facilmente derrotar Vin. Enquanto isso, Vin se preparou e ficou atento aos movimentos ao seu redor que se aproximavam dele.

No primeiro andar, Martin, Regina e alguns colegas estavam observando o tio Dom e seus homens se preparando para atacar Vin.

"Tenho certeza de que desta vez Vin não vai conseguir vencer. Mal posso esperar para vê-lo ser espancado pelos homens do meu tio", disse Martin, dando um gole em sua cerveja enlatada.

"Vin é um tolo. Ele caiu na armadilha tão facilmente. Se fosse esperto, não teria vindo sozinho tão imprudentemente", comentou Regina com uma risada.

Vin lançou um olhar para Dom, que ainda estava relaxado, observando o show se desenrolar, confiante de que seus homens prevaleceriam.

"Acontece que você estava me esperando, Tio Dom, então eu não preciso me preocupar em procurar por você. E também quero ver o Dom temido por muitos", provocou Vin.

"Você ousa me desafiar, bastardo. Peguem ele, ataquem e façam ele se arrepender de me subestimar", ordenou Dom.

Instantaneamente, eles atacaram Vin de múltiplas direções, usando mãos e pés. No entanto, Vin facilmente desviou de cada ataque, contra-atacando, derrubando um após o outro no chão com suas próprias mãos. Ele atingiu seus pontos fracos, causando uma dor pulsante, deixando-os imóveis.

Dom ficou chocado ao ver seus homens facilmente incapacitados. Ele se levantou, puxou uma faca, se aproximou para esfaquear Vin, mas seu ataque errou. Sentindo-se ameaçado, Vin agarrou o pulso de Dom, quebrando-o, e o derrubou com um único chute.

"Aaaahhhhh...", Dom gemeu de dor antes de desabar, segurando seu peito por causa do chute de Vin e do pulso quebrado.

"É só isso que você tem?" Vin perguntou, cruzando os braços sobre o peito para se vangloriar e não parecer fraco diante de Dom.

"Você! Não seja arrogante, isso está apenas começando. Eu te garanto, você não vai sair desse lugar sem danos. Hahaha..." Dom falou através da dor, rindo alto.

"Ah é?! Então mostre toda sua força. Eu quero acabar com isso agora. Libere seus mais fortes para me enfrentar", desafiou Vin.

Irritado, Dom convocou mais de seus homens.

Enquanto isso, Martin e Regina continuaram observando de cima, não querendo intervir.

"Você não quer vingança, Martin?" Regina perguntou.

"Por que sujar minhas mãos batendo nele? Olhe, logo Vin certamente morrerá. Tio Dom não será derrotado facilmente", Martin afirmou confiante.

Continua ☺️☺️☺️

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