Capítulo 20

Esgotada de discutir, Lusi cedeu e permitiu que Vin entrasse. O grupo logo se dirigiu para a sala privada do restaurante, local do evento da noite, onde inesperadamente encontraram Romi e vários outros amigos.

Ao chegar, Sifa foi cumprimentada por Romi com um abraço caloroso, que ela retribuiu, sem notar seu marido atrás.

"Como você tem passado, Sifa? Você está cada vez mais encantadora", Romi a elogiou.

"Estou bem, mas não me lisonjeie demais, senão vou corar", respondeu Sifa.

"Eu falo sério. E... quem é esse?" Romi perguntou, olhando para Vin.

"Conheça Vindra", Sifa o apresentou. Ela então se desculpou para se misturar com outros amigos.

"Oh, ele é o namorado. Se minha empresa de carvão não tivesse falido, Sifa seria minha", declarou Romi, o que apenas provocou uma careta de Vin, que decidiu se juntar a Sifa.

Vin se apresentou para todos, seguindo o exemplo de Sifa, fazendo um esforço para socializar e não desapontá-la.

"Não fale coisas sem pensar, Romi. Vin agora faz parte da família Gultom, marido de Sifa", corrigiu Lusi.

"O quê? Ele é o marido dela? Por que você não disse antes?", Romi expressou sua incredulidade.

Vin ficou por perto, deliberadamente ignorando Romi enquanto aproveitava a festa e observava Sifa concentrada em uma conversa com Lusi e Nia.

"Você deixou Vin chateado com suas brincadeiras e inadvertidamente insultou Sifa sem perceber", disse Nia a Romi, lançando um olhar para o inconsciente Vin.

"Não me irrite. Não me compare com aquele homem detestável. Tenho certeza de que Sifa me escolheria", retrucou Romi, visivelmente irritado.

"Duvido disso", provocou Nia.

"Bem, parece que alguém está fazendo comparações. Obviamente, você perdeu; você está apenas sonhando, enquanto eu já a conquistei e Sifa me aceita como eu sou — entendeu?", Vin interrompeu, irritando ainda mais Romi.

Sifa parecia incomodada na festa, claramente incapaz de se divertir, como se estivesse esperando por algo — alguém que ainda não havia chegado.

Recentemente, a empresa de Sifa estava enfrentando problemas financeiros. Eles precisavam de fundos substanciais para cobrir dívidas e, atualmente, o único potencial benfeitor era Zen, um filantropo rico.

"Alguém sabe quando o Zen vai chegar? Eu realmente espero que ele possa vir. Preciso vê-lo. Estou esperando por seu apoio financeiro", confessou Sifa, uma admissão que Vin acidentalmente ouviu sem que ela tivesse mencionado antes os problemas financeiros de sua empresa.

Todos conheciam Zen como um generoso benfeitor, e Lusi esperava fervorosamente por sua ajuda nos negócios.

"Então, a empresa de Sifa está com dificuldades financeiras, e ela está procurando assistência daquele homem", Vin refletiu ao ouvir a conversa.

"Por que Sifa não compartilhou suas preocupações comigo?", Vin percebeu pela primeira vez que Lusi precisava de cinco bilhões para seu empreendimento. Essa revelação incentivou Vin a considerar discretamente ajudar o dilema de sua esposa e não implorar a ajuda de outro homem.

"Eu preciso sair por um momento, ir ao banheiro", Vin se desculpou educadamente da reunião, recebendo apenas um aceno de Sifa.

"Vá, e não volte", Romi chamou atrás dele, sendo ignorado por Vin.

Assim que saiu, Vin imediatamente ligou para um número, alcançando Ambar.

"Alô, quem é?", a voz de Ambar questionou pelo telefone.

"Sra. Ambar, aqui é o Vin. Preciso da sua ajuda", ele pediu.

"Sr. Vin, sim, aqui é a Ambar. Me diga o que você precisa. Vou ajudar", respondeu Ambar.

Vin explicou por que precisava da ajuda de Ambar, e prontamente, Ambar concordou em atender ao pedido de Vin.

Ao testemunhar a saída abrupta de Vin depois de ouvir a conversa de Sifa com seus colegas, Lusi o olhou com desprezo, subestimando-o enormemente.

"Por que ele saiu correndo assim? Ele ouviu você, Sifa, e está planejando ajudar?", Lusi se perguntou.

"O que você quer dizer, Lusi? Por que pensaria isso? É altamente improvável que ele faça algo do tipo", Nia interveio.

"Eu não sei, mas é improvável que Vin conheça Zen, muito menos o traga aqui por minha causa. Conheço bem Vin; é improvável que ele consiga fazer isso", Sifa acrescentou ceticamente.

"Você tem tanta certeza assim, Sifa? Mas será possível que ele poderia fazer isso para te ajudar? Ele depende da sua família; talvez a vergonha o motive a tentar ajudar," sugeriu Nia.

"Não entre na ideia de que o Vin vai se aproximar do Zen para ajudar a superar os problemas financeiros da minha empresa. Não é viável," Sifa descartou a ideia.

"É impossível. Você já viu o próprio Vin; como ele poderia persuadir o Zen a te ajudar? Aposto que ele não conseguiria fazer isso," afirmou Nia.

"Quais expectativas você tem do Zen? Ele não é o filantropo que você imagina; ele é um canalha. Você sabia que meu amigo pegou dinheiro emprestado com ele, mas teve que devolver multiplicado, tanto que teve que vender seu carro e casa apenas para pagar uma dívida inicial de apenas dez milhões? E você sabia que o Zen até dormiu com a minha esposa recém-casada? Se eu o encontrar, haverá consequências," revelou Romi.

"Cuidado com suas palavras, Romi; não difame o Zen. Ele é um bom homem. Não o manche por uma mágoa pessoal," advertiu Lusi.

"Pense o que quiser, mas te dei um aviso justo. Experimente a decepção por si mesmo," retrucou Romi, agitado.

No meio da disputa, a porta do quarto particular foi subitamente chutada e a figura que todos estavam esperando ficou parada na entrada.

Continua ☺️☺️

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