[Cap: Casamento?!]

Elise apenas sorrir enquanto fita o meu rosto, então se senta na beira da cama onde estou sentada, e segura minha mão.

—Calma, eu não sou tão cruel assim, estou ciente que você está em péssimos estado, mandei chamarem o médico da família para lhe tratar, e quando você melhorar, poderá finalmente receber a punição adequada.

Ela está com diversão em sua expressão, amando ter aquele poder sobre suas mãos, sobre minha vida, para finalmente me atormentar como sempre desejou.

—Você falou... Quando eu tinha apenas nove anos... Que não tocaria em nem sequer um fio de cabelo da minha mãe e o meu... Contanto que eu não desejasse o que é dela, e obedecesse ela em seus pedidos... E agora, o que está fazendo?—Pergunto rangendo os dentes a olhando, respirando fundo e mantendo a calma.

Ela sorrir, e então segura meu queixo com força me fazendo olhar bem em seus olhos verdes.

—E o que você fez ontem, um? Não conta como desejar, e tomar, as coisas da minha filha?

—Contaria! Contaria se eu tivesse feito algo que ela não gostasse! Mas eu estou falando! Sua filha me obrigou a dormir com Pietro! Seu próprio noivo! Por que eu tenho que pagar agora?! Eu obedeci ela! Eu transei com aquele homem como ela desejou! Então por que não me deixam em paz agora?! Por quê?...—Passo as mãos em meu rosto, me negando a chorar mais, e Elise me olha incrédula e indignada, como se eu estivesse falando a coisa mais absurda do mundo, sim, é absurdo de fato, quem em sã consciência obrigaria sua irmã caçula a dormir com seu noivo? E no dia do seu próprio noivado?

Elise se levanta, segurando seu leque apertado em mãos, e então se vira para Hema.

—Hema, a banhe e dei uma roupa decente para essa vagabunda, depois leva ela para o próprio quarto e lhe dei tratamento.

—Sim, minha senhora.

Hema anda até mim e me ajuda a ficar em pé, me levando até o banheiro da senhora, enchendo a banheira e me colocando dentro, enquanto Elise sai do quarto com os homens que havia trazido.

—Me diz... Hema... Como você aguenta Elise?

—Minha senhorita, sou apenas uma empregada e devo seguir ordens, se eu aguento ou não, não é meu direito dizer—Ela responde de forma com que bloqueie qualquer possibilidade de eu continuar a lhe questionar.

Depois do banho e de me trocar, um médico idoso trata as feridas das minhas mãos e braços, pelo corte, pisadas, mordidas e surra de bengalas que recebi, até pomadas para os hematomas em meu corpo.

—Agora, tome estes remédio para aliviar a sua dor jovem senhorita—Fala o idoso com um olhar penoso.

—Muito obrigada doutor, pode deixar, irei tomar.

Ele sorrir gentilmente para mim e então sai do quarto me deixando sozinha dentro dele, me levanto com dificuldades e ando até minha penteadeira, sentando de frente pra ela na cadeira.

Meu rosto tá pálido e meus olhos inchados pelo choro, meu cabelo molhado e bagunçado por eu não ter o escovado, e com o canto do meu lábio ferido pela mordida forte que Pietro me deu na noite selvagem.

—Tão patética hein Letícia? Como você é patética..—Falo a mim mesma me vendo no espelho, roçando meus dedos nele.

Pego minha escova e começo a pentear meu cabelo, e então, Paola entra no quarto, com uma garrafa de vinho e um sorriso estampado no rosto de tanta alegria e satisfação depois do seu plano bem sucedido.

—O que faz aqui?—Olho para ela de forma fria, e seu sorriso sai só um pouco, mas ainda tem vislumbres de que ele estava lá.

—Bom, vim comemorar com você irmã, se não fosse por você, a protagonista deste plano, nada daria certo.

—Eu não tinha aceitado essa plano, eu não queria colaborar com ele, você me forçou e agora eu estou nessa maldita condição!

Ela sorrir pra mim e coloca a garrafa de vinho em cima da minha penteadeira, se escorando na parede ao meu lado.

—Sabe, vamos pensar pelo lado positivo, você conseguiu um marido rico, amoroso, e que vai assumir total responsabilidade por você, isso não é demais?—Paola pergunta sorrindo com entusiasmo para mim.