Dois dias antes - parte II

Quando chegaram na cozinha, Marina e Lana encontraram os garçons preparando as bandejas com bebidas  e elas  começaram a montar as bandeja com canapés para começarem a servir aos convidados que já haviam chegado a festa.  Enquanto os garçons começaram a circular pela festa, as duas, com a ajuda de dos auxiliares de cozinha, começaram a fazer o mise en place dos ingredientes que usariam na hora do preparo dos pratos.

Em uma hora de festa já tinham  servido boa parte dos canapés e estavam aguardando o horário de começar o jantar com todos os ingredientes preparados.

_ Menina esses canapés estão divinos, nós duas nos superamos.. Diz Lana passando com um prato cheio tentando olhar da porta como estava a festa.

_ Você vai conseguir comer isso tudo?

_ Claro, essa festa vai durar horas, tenho que comer enquanto ainda tem. Diz rindo.

_ Eu também gostei, ficou melhor com as mudanças que fizemos na receita do buffet.

Deu para perceber. Está divino. Esse casamento tem tudo do bom e do melhor, comida boa, musica boa, só não sei se tem gente boa. Diz fazendo Marina rir. Uma nós já sabemos que não presta. Diz se referindo a Paloma.

_ Eu também gostei da banda, é bem animada. Marina não quis falar sobre Paloma.

_ Sim, são bem animados, já tocaram de tudo, agora falta tocar uma sofrência da boa.

Lana! É um casamento, não vão tocar sofrência. Marina riu da sugestão da amiga. Casamento não tem sofrência, pelo menos não no dia de hoje, depois é outra coisa. As todos da cozinha riram do comentário de Marina

_ Eu gosto de sofrência… e posso garantir, casamento tem sofrência sim, e posso provar.

_ Então prova.

_ Vou dar só um exemplo, na hora que a noiva anuncia que vai jogar o buquet, o tanto de mulher que se amontoam na frente ao palco para tentar pegar aquele trem, já pode imaginar quantas ali estão sofrendo, loucas para casar, achando que o buquet é garantia de casamento.

_ Isso não é sofrência, é ilusão. Lana riu alto.

_ Você é muito engraçada. Vai me dizer que você nunca quis pegar o buquet da noiva?

_ Não, não fui a um casamentos depois que virei adulta.

Verdade? Marina fez que sim com a cabeça. Toda vez que vou a um casamento tento pegar, so pela emoção, mas  não saio no tapa igual algumas desesperadas fazem. Marina novamente riu de Lana

A banda parou de tocar e anunciaram que os noivos fariam a primeira dança da noite.

_ Humm, será que tem algum problema eu dar uma espiada nos noivos? Quero ver o vestido da noiva e se os noivos são bonitos.

_ Amiga como você é curiosa.

_ Sou mesmo, quero saber o que não fazer na minha festa de casamento. Diz rindo. Vou ali e já volto. Lana foi em direção a festa. A valsa dos noivos começou a tocar e Lana volto rapidamente, estava pálida e parecia assustada.

_ O que foi?

_ Nada. Disse sem olhar para Marina.

_ Não é o que parece, estava tão animada para ver a dança dos noivos e voltou assim, parece até que viu fantasma. Por acaso foi a Paloma que brigou com você?

_ Não, não foi, vamos trabalhar. Diz Lana que não sabia como contar para Marina o que tinha visto quando foi espiar a dança dos noivos.

Depois que terminou a valsa dos noivos, começaram a chegar os pedidos do jantar e Lana e Marina começaram a trabalhar efetivamente.

_ Entre o pratos disponibilizados para o casamento, os mais pedidos foram o salmão grelhado e o ravióli de ricota e tomate seco, estou surpresa, pensei que pediram mais o prato com filé mignon . Comenta Marina na intenção de fazer Lana interagir com ela, a amiga estava estranha desde foi ver a dança dos noivos.

_ Aí… Droga! Grita Lana ao cortar o dedo.

_ O que está acontecendo Lana? Você está estranha, distraída... você não é assim.

_ Melhor eu te contar depois. Diz Lana lavando a mão em água corrente.

_ Então o que aconteceu é grave, não é?

_ É… Lana vê a noiva e Paloma entrarem na cozinha, Marina notou o quanto a amiga parecia desesperada naquele momento

_ Marina, essa é a Debora, e como você pode ver a  noiva. Debora veio pessoalmente te cumprimentar, adorou a sua comida. Diz Paloma com um sorriso nos lábios  o que Marina achou estranhou, pois ela Paloma não costuma ser simpática com ela.

_ Obrigada. Agradeceu.

_ Eu adorei o Salmão, o ponto está perfeito, a crosta crocante, meu noivo, quer dizer, meu marido adorou, ate repetiu. Diz com um sorriso sincero no rosto.

Fico feliz que tenha gostado. Agradeceu Marina. Mas nesse caso,  deve agradecer a Lana, ela é a responsável pelo salmão.

_ Amor, o que você está fazendo na cozinha. A voz de um homem ecoou atrás de Marina e ela reconheceu aquela voz que fez seu corpo gelar na hora.

_ Meu bem, eu vim cumprimentar as meninas da cozinha, a comida do nosso casamento está perfeita, os convidados adoraram. Venha cá Theo, cumprimente elas também. Chamou a noiva.

_ Verdade, eu adorei tudo ate agora, estou ansioso pelos doces.  Marina permanecia de costas, imóvel seu coração parecia que ia sair pela boa.

_ Não vai cumprimentar o noivo? Pergunta Paloma encarando Marina. Marina se virou lentamente dando de cara com Theo, seu namorado. O sorriso que ele tinha no rosto se desfez imediatamente.

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