coisas a serem ditas

...Duas semanas depois...

Lua cheia, vou passar mias uma vez com na Luné, e já deixei avisado para minha mãe, o Chris ficou bravo ao ouvir , mas não tenho nenhum medo dele, afinal ele não manda em mim.

Vejo o Kayo, e vou até ele, o mesmo evitou muito se encontrar comigo, percebi como ele mudou seus caminhos, só sai de casa quanto me via entrando na minha o que é algo bem babaca dele. Eu poderia não me importar , afinal o Leach esta certa, mas o fato dele ser importante para mim, me deixar irritada, o paro e o mesmo treme.

— Podemos conversar? – ele não fala nada e puxo, para o parque, o mesmo não para de tremer. – Kayo eu não vou te machucar, eu preciso conversar só, explicar o que você viu, sei que está confuso.

— Não estou confuso. – ele diz. – Você é um monstro, seus amigos também são aberrações. – o Kayo puxa seu braço e sai.

Monstro, é isso que eu sou, para o meu ex namorado.

...※...

Chego na casa da Andy e Ian, bato na porta e espero alguém abrir, tiro minha pulseira, e o cheiro da minha amiga toma meu nariz, mas nada do Ian, a porta se abre e o mesmo se olha surpreso.

— Chegou cedo?- ele me deixa entrar.

— Se eu voltar para casa, o Chris vai me obrigar ir para tocar com eles, não estou muito afim de estar em lugar tão toxico.

— Fica a vontade. – ele diz. – Como foi seu dia? Está com uma carinha triste.

— Falei com o Kayo, na verdade eu só ouvi ele me chamar de monstro.

— Monstro? – o Ian se joga no sofá e sento com ele. – Você se acha um monstro?

Realmente não sei muito bem o que pensar sobre, , o que seria um monstro, eu sou um ser meio lobo, meio humana, durante noite como essas viro um animal, e corro pelo mato, normal eu não sou.

— Não sei, afinal não somos normais.

— Nem mesmo os seres humanos são normais, Nós não somos monstro, seres de aurora, é somos lobos, e também temos humanidade, mil vezes mais que muitos humanos.

Ficamos sentados assistindo, vou relaxando de pouco a pouco, quando percebo estou deitada na pernas do Ian, que acaricia meu cabelo com delicadeza.

— Ian, você namora? – nem sei da onde isso saiu, mas saiu?

— Não.

— Nem eu. – digo rindo.

A Porta abre a Andy entra, ela me encara e senta no chão perto de mim, mas não fala nada, só senta por perto e assiste com a gente.

...※...

O Ian foi na nossa frente, eu e a Andy começamos a fazer a janta, para estarmos alimentadas durante a lua.

— Eu fico muito confortável com o Ian. – digo.

— É bem obvio. – ela diz. – Seu irmão veio encher o meu saco hoje, serio não aguento mais.

— É tão ruim ter elo com ele?

— Não, eu só não sei como lidar com essa sensação, é tão diferente de tudo. – ela diz e me sento no balcão.

— Acha que o Kayo pode ser o meu elo? – ela começa a rir.

— Nunca. – ela diz sentado ao meu lado.

— Por que nunca?

— Amiga só você não percebeu ainda, mas agora provavelmente vai perceber.

...※...

O Ricy se aproxima de nós sorrindo, observo suas marcas no pescoço, as mãos do Ian ainda estão ali.

— Ainda está machucado?

— O Ian, é bem forte, um machucado dele é bem diferente, do que um ataque normal, você bem, um arranhão seu de loba, demoraria semana para eu melhorar.

— Eu não sou como Ian.

— Não mesmo, afinal você é você, nossas habilidades são aparecidas, mas não iguais.- O Leach diz se aproximando. –  Você e o Ian, são uma espécie de lobos mais forte.

— Como sabem disso?

— Pelos seus olhos, que já são meio betas.- O Ian brota do nada.

—  E como e o seu? – o Ian sorri de forma safada.

— Te mostro mais tarde. – diz no meu ouvido.

— Vai tirar suas fitas? – A Andy pergunta ao irmão, que nega.

— Melhor evitar, afinal soltar um lobo descontrolado, não é nada inteligente.

A Cerimônia começa, sem duvidas amo a Lua com essa alcateia, me sinto milhões mais feliz aqui.

Tiro minha roupa, sento no chão e sinto a Luz da lua tocar minha pele, sinto minhas as garras surgirem, em meus braços os pelos surgem, uma pelagem negra, queria saber como é minha loba.

...※...

Corro pelo mato e paro na frente de uma arvore, olho para trás e vejo o Ian, que senta e me obseva.

— Queria conversar com você. – ele diz. – Mas você ainda não descobriu onde estar o seu bloqueio do equilíbrio.

Me sento na frente dele e o mesmo começa a acariciar meu pelo, realmente amo a essa sensação.

— Ta entendo, ne? – ele sorri. -  Vou sentir sua falta, durante esses dias. – ele levanta e vai saindo, me destransformo .

— Para onde você vai?

— Você está nua.

— Você já me viu nua, Ian não é novidade alguma. – digo brava. – Onde você vai?

— Preciso buscar meu equilíbrio, então vou treinar e realinhar minha vida.

— Faz isso daqui.

— Não tenho como, eu posso machucar as pessoas, posso machucar você. – ele justifica.

— Ian, você pode ir, NÃO PODE.

— Também não quero ir, tem muita gente eu amo aqui, mas preciso equilibrar, se não vou me arrepender.

— IAN, POR FAVOR NÃO.

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