Campo

Me jogo no gramado, com o final da aula de educação física, algo faz sombra em mim, abro meus olhos e lá está o Kayo.

— Você, parece melhor. – ele me da um copo de água e me sento.

— É me desculpa, por aquele dia, minha cabeça, começou a explodir.

— Foi ao medico?

— Sim, no final era só um dor de cabeça, bem forte.

Ficamos sentados em puro silêncio, e assim ficamos, eu realmente gosto da companhia do Kayo, ele não força, conversas só fica comigo.

— Esse final de semana temos jogo, contra a equipe da Shine, vai vir assistir? – assinto. – Legal, juro que vou marcar um TD para você.

Eu não sou a maior fã, de futebol, muito mesmo de ser um bando de macho se batendo em campo, por uma bola, mas o Kayo é uma pessoa legal, educado, não posso fazer desfeita com ele.

...※...

Assim que entrei em casa o clima estava estranho, o Chris nos obrigou  a vir para a toca, minha mãe, não está nada feliz com isso, por sorte o Tyler, foi para casa de um novo amigo.

Deis que chegamos não param de falar de confronto, força e nãos ei, mas o que chega a dar certo ódio de estar aqui, nem sei por quê.

— Desculpa, falar assim Christian, mas o seu pai já agrega força a alcateia. – um dos homens diz bravo. – Não pode ser nosso alfa.

— Mãe o que está havendo? – pergunto bem baixinho.

—  Seu avô já é um homem de idade, como o poder de alfa dele, não verdadeiro, lentamente vai o corpo vai perdendo força, afinal o corpo dele já não aguenta tal poder.

Volto a prestar atenção, na conversa deles, que se resume a querer tirar meu avô do poder, e na verdade o Chris também está gostando muito dessa ideia.

— Temos que lembrar do Sebastian.- Uma mulher diz. – Ele também é filho do senhor Braice.

Sebastian, o irmão gêmeo do Chis, nunca vejo ele, na verdade ele parece não gostar do resto da família, sempre evita todos, eu mesma nunca vi ele, só ouvir falar.

— O Sebas já mais seria um alfa. - meu pai diz.

— Você não pode definir isso. – minha mãe interfere. – A lei é bem clara,  para um novo alfa acender, os irmão devem  batalhar, aquele que permanecer de pé, será o líder.

Eu não entendo nada dessas regras, mas sei que tudo se baseado em  luta e sangue, é algo bárbaro, chega ser desconfortante, saber que eles não se importam com a vida do meu avô, sim com o poder que ele tem.

Sai da sala e o Mason veio atrás de mim e sentou ao meu lado, ele ficou quieto, um silêncio bem constrangedor, em um ponto irritante.

— O que é essa batalha?

— Em resumo, quando o alfa não suporta o poder dele, o seu filho, deve o matar e roubar esse poder. – Matar?! – No caso seu avô tem dois filhos gêmeos, sendo assim ambos tem esse direto, então eles devem lutar um com o outro, até seu oponente desista ou desmaie.

...※...

— É bem normal amiga. – Andy diz, quanto caminhamos para arquibancada, assistir o jogo dos meninos. – Tem ritos que devem passar por violência, tem outros que já evoluíram e são resolvidos de forma burocrática.

— Não é injusto o Mason jogar? – o Meu irmão senta conosco.

— Não se preocupem, se o Mason usar os poderes dele, vão com certeza perde esse jogo.

Não entendi, o jogo começou e deu para perceber como o Mason estava ficando irritado, com as pancadas e vantagem que o SyndraShine conquistou, ele tirou o capacete e jogou longe, como pura raiva.

— Presta atenção, na respiração dele. – O Hector diz. – Está muito acelerada.

— Raiva, pode gatilhar uma transformação, quem em escala pequena, sem chegar a virar lobo.

O Mason voltou pro campo, junto com a defesa, eu cosegui ver ele cravando os pés com força no chão, o meu companheiro de matilha, ele parece que vai matar o rapaz. Quando o  juiz  autorizou, com uma velocidade sobre humana, o Mason já estava em cima do outro time.

Então foi nossa vez de atacar, e o quarterback deles voltou para o campo, se posiciona frente Mason, e em segundo o mandou para longe com um único encontrão, assim que como a Andy e o Hector, que estavam se focam nas falas deles.

— Aprenda a perder pequeno lobo. – o cara disse e voltou para banco, colocou um fita no rosto e conversou com seus companheiros normalmente.

— Wolfsbane, ele usa para jogar. – O Hector me explicou.

...※...

Espero o Kayo, para parabenizá-lo pelo jogo, quando cheiro toma minha narinas, não consegui focar em outra coisa, por horas.

— Desculpa, não fiz nada hoje. – O Kayo me puxa da minha viajem.

— Não, não da nada. – digo.

Não consegui prestar atenção, em nada que turma falou, só pensei no cheiro, e como era tão atrativo, de um jeito que nunca imaginei nada.

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