cheiros

Já faz duas semanas que discuti com meus familiares, não me arrependo, porém o Chris tem criticado muito minha mãe, mas fazer o que, por sorte tenho a Andy, saímos nada caminhar e conversar todos os dias.

Sentamos no meio da floresta e a mesma senta e me encara, devo admitir que ando bem triste, não sei bem o motivo, talvez a briga, talvez saudades do colégio, não sei é  chato se sentir assim.

— Olá. – a voz da Andy toma meus ouvidos. – Viu que o Kayo voltou? – assinto. – Achei que ia correr falar com seu namorado.

— Não sei, quis vir aqui, falar com a natureza. – digo me jogando no chão, ela me acompanha. – E você?

— Estamos fazendo patrulha, tem algo estanho acontecendo, não sei o que é mais estão todos muito preocupados la na nossa toca.

— Se eu ouvi algo na minha toca , te conto.- digo.

— Como está lá?

— Horrivel. O Chris vai me levar a força para lá na próxima lua, o pior a Hailey e Hector já disseram que vão ajudar ele.

— Seu irmão simplesmente patético, não acredito que tenho elo, com uma pessoa dessa.

— ELO?! – Me sento rápido e ela me encara assustada. – Você tem elo com o Hector ?  - ela assente. – QUAL?

— Infelizmente o da lua. – começo a sorrir. – Tenho certeza que se você estivesse em formato de lobo, estaria abanando o rabinho.

— Qual é a sessão?  - Ela me olha de um jeito estranho.

— Serio que não sabe?

— Obvio, não tenho elo com ninguém.

...※...

Realmente fiquei animada com a historia do Elo entre o Hector e a Andy, é incrível, como será que eles se sentem? Será que conseguem sentir o outro?

— SOPHIA! – o Kayo chama minha atenção.

— Que foi?

— Você não prestou atenção em nada do que eu disse.

— Desculpa, eu estava viajando, em algo que a Andy me falou. – faço junto minhas mãos pedindo perdão para ele.

— Sobre o que conversaram?

— Nada não, coisa nossa.

É muito estranho ter um segredo e não contar para o Kayo, que é tão legal comigo sempre, tão sincero e fofo. Mas não posso contar para ele, me chamaria de monstro, se afastaria de mim.

Eu realmente não gosto de mentir, nem pra ele, ne, para Mia, que foram as primeiras pessoas a me acolheram, quando me mudei para cá, são ótimos comigo, e chato vacilar com o eles.

Caminhamos de volta para casa, antes que entrar ele me segura e dá um selinho, sorriu com a atitude, pois sei que ele é bem tímido. O Kayo corre em direção da casa dele, de uma maneira super fofa, as vezes sinto vontade de protege-lo.

Entro em casa e minha mãe está concentrada na receita dela, me sento no balcão, pego a caneta que está ali em cima e um pedaço de guardanapo e começo a conversar.

— O que passa nessa linda cabecinha?

— Eu posso ter elo com um humano?

— Pode, lobos podem ter elo da lua com humanos. – ela diz e sorriu. – Mas esse não é o seu caso meu maior.

— Por que não? eu realmente gosto do Kayo, pode ser um elo da lua?

— Filha, uma hora você vai perceber, mas já vou te adiantar o elo da Lua, é algo visceral, quando bater em você, cada centímetro do seu ser vai entender, com um único olhar vocês vão se encaixar.

— Por que não pode se encaixar com Kayo?

— Porquê você não é como os outros. – ela diz. – Mas uma vez desenhando esse lobo.

— Eu gosto dele.

...※...

Acordo assustada, minha respiração está desregulada, me sento e olha em volta, o sol já nasceu, alguém abre minha porta e pulo atacando a pessoa, quando me dou conta é o Hector.

— ta maluca?

— Não, só...... – saiu de cima dele. – O que faz aqui?

— Seus amigos e seu namorado estão lá embaixo.

Tento regular minha respiração, mas não consigo, desço as escadas e a Andy e o Rick estão falando com minha mãe, já o Kayo está sentado batendo o pé no chão, de forma desritmada, meus dedos batem no braço da poltrona.

— Te acordamos? – Ele pergunta, tenho certeza que falou baixo, mas na minha cabeça foi como se grita-se.

— Filha você esta bem? – assinto, mas não tenho certeza. Andy vem até mim ,e abre minha mãos que até então estavam fechadas, minhas garras estavam cravas em minha carne.

— Amiga deixa eu te contar um babado. – ela me puxa pro quarto. – O que está sentindo?

— eu não sei.

— Vou avisar a sua mãe. – ela diz mas antes de sair. – Tira essa pulseira você não precisa dela.

Ela sai e tiro minha pulseira, imediatamente um cheiro horroroso toma meu quarto, ele vem da floresta, como se algo estivesse morrendo lá, procuro algum perfume para jogar aqui, abro o guarda roupa e o Blusa de frio preta que jogaram na minha cabeça da primeira vez que meus poderes pareceram e as duas blusas que o Ian me deu, quando estava nua na frente dele, por conta da transformação, exalam o mesmo cheiro, o cheio de brisa e lavanda que o Ian tem.

Coloco o casaco e assim que abro a porta dou de cara com minha mãe, que me olha sorriu.

— eu to bem. – descemos juntas e a Andy me encara e o Rick olha pra ela, olha pra mim e ri. – O que vieram fazer aqui?

— Ta tendo uma quermesse. – o Kayo diz se levantando. – Quer vir com a gente?

— É........- aquele cheiro de putrefação toma meus olfato e corro pro meu quarto, pelo uma das camisas do Ian, e desço cheirando.

— Soh

— Vamos sim, mas antes eu, Andy e Rick, temos que revolver um negocio rápido. - ele me olham.

— Ok! – O Kayo diz desconfiado.

...※...

Esperei o Kayo sair da casa e os encarei, o cheiro nunca some, mas o do Ian prende mais minha atenção.

— Se tem uma coleção de roupas do Ian, na sua casa? – Rick pergunta;

— Estão sentindo esse cheiro?

— Do Ian?

— Não! – digo brava.. -  Esse horroroso de putrefação.

Eles se concentram, e sua feições mostram o quão ruim é o cheiro , minha mãe só nos observa.

— Ta bem fraco, mas é ruim. – minha amiga diz.

— Pra mim está super forte.

— Vem da floresta. – o Hector diz.

— Vão dar uma olhada no que pode ser, Andy e Rick vocês sabem quais são os protocolos? – Minha mãe pergunta e eles confirmam. – Se acharem alguém morto, se for humano policia, se por de aurora liguem para mim.- Hector você vai com eles.

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