06 capítulo.

Safira.

Acordo com batidas na porta do quarto aí percebo que tinha adormecido.

Margarida: Senhorita Samira o almoço está pronto, a senhorita vai descer ou eu posso trazer aqui.

Levanto e abro a porta.

Margarida: Desculpa incomodar a senhorita.

Eu balanço as mãos dizendo que não é nada, quero perguntar se alguém vem para almoçar e assim eu faço sinais.

Margarida:Desculpe senhorita eu não entendi.

Faço sinal de que ela espere, entro pego o meu caderno que anda sempre comigo e escrevo.

Alguém vai vir para almoçar?

Margarida: Ah isso não, o senhor Pablo disse que vem umas duas da tarde e agora são meio dia.

Então escrevo.

Você já almoçou?

Margarida: Eu ainda não, se quiser ficar comigo na cozinha.

Eu balanço a cabeça que sim.

Então descemos e ela vai em direção da cozinha que é bem grande e bem equipada.

Margarida:Posso te perguntar uma coisa senhorita?

Eu balanço a cabeça.

Margarida: Sem ofensa como perdeu a sua voz?

Escrevo.

E um problema psicológico quando pequena eu falava.

Margarida: Entendo, quer que eu levo o seu prato para mesa?

Escrevo.

Poderia comer aqui com você?

Margarida: Claro se a senhorita não se incomoda, vamos fazer o seguinte.

Ela vai no armário e pega o prato e os talheres me entrega.

Margarida: Já vi que você é uma moça simples por isso quer colocar a sua própria comida? Ali a panela no fogão.

Aí até que enfim que alguém me coomprende nessa casa, balanço a cabeça saio da bancada e pego o prato, vou nas panelas encho o meu prato e volto para bancada me sentando dando uma garfada.

Margarida faz o mesmo e se senta quando James entra na cozinha.

James: Senhorita o que faz aqui o seu lugar não é aqui, Margarida como pode colocá-la na cozinha.

Margarida: Ela que quis ficar aquí, deixe a menina em paz James.

James: Só estou falando para o seu bem.

Eu faço sinais.

Margarida:Se a senhorita ficar aqui vai ter que nos ensinar a falar em sinais.

James:Ela está dizendo que se for prejudicar você ela irá comer no quarto.

Eu o olho ele entende as minhas linguagens de sinais?

Margarida: Como sabe?

James: Eu tenho um sobrinho que é surto e aprendi a língua de sinais para falar com ele.

Maragarida: Não precisa sair senhorita se não quiser ninguém vira e você vem almoçar.

James: Vou comer em outro lugar, pois a senhorita não gosta da minha presença.

Aí meu Deus não é isso, ele vai sair por minha causa,não é justo.

Então faço sinal de pare e ele me olha nisso explico em sinais.

Safira: Não é isso senhor James,não é a sua presença que me incomoda é porque eu tenho fobia de pessoas do sexo masculino, não consigo ficar muito perto e nem que encostem em mim, desculpa só que é automático não é só o senhor são todos do sexo oposto.

James: Agora eu entendi, tudo bem senhorita me sentarei do lado da maragarida tudo bem?

Eu balanço a cabeça que sim.

Magarida: O que ela disse? Estou curiosa.

Eu sorri.

Então o senhor James explica o que eu disse para ela enquanto eu os observo comendo.

Ficamos ali na cozinha e a Margarida falando pelos cotovelos até me distrai com eles,mesmo com a presença do James ele respeitou o meu espaço e eu gostei dessa atitude, terminamos o almoço ajudei a Margarida a arrumar a cozinha muito contrariada, pois ela não queria, só que eu estava me sentindo inválida e com isso me senti mais útil até que o senhor Pablo chegou e eu saí para o quarto.

Depois de um tempo Margarida bate na porta.

Maragarida: Senhorita o senhor Pablo quer lhe falar ele te espera no escritório.

Abro a porta já me tremendo não gosto desse homem.

Magarida:Eu lhe mostro o caminho.

Então saímos do quarto.

Maragarida: Por favor senhorita Samira, obedeça ao senhor Pablo ele é uma pessoa boa mais muito difícil de se lidar, faça o que ele lhe pedi e nada acontecerá.

A olho quem disse que farei o que ele mandar, eu quero é fugir daqui e darei um jeito nisso.

Ela me leva até a porta do escritório, bate na porta e ele com a sua voz grave pede para entrar.

Entro e o vejo sentado atrás de uma mesa de madeira muito bonita.

Pablo: Samira sente-se.

Eu olho ao redor e sento no sofá distante dele.

Ele me olha.

Pablo: Aqui Samira.

Aponta para a cadeira na frente da mesa, com muita relutância eu levanto e me sento na cadeira, as minhas mãos já estão trêmulas e um pouco suadas em cima da mesa tem uns papéis.

Pablo: Preciso que assine aqui, este é o contrato de casamento entre você e o meu filho, ele já assinou só falta a sua assinatura leia e assine.

Ele empurra o papel na minha direção com a caneta, se ele pensa que vou assinar isso ele está muito enganado, eu continuo no mesmo lugar e ele me olha.

Pablo: Não brinca comigo Samira, eu não tenho paciência como o meu filho você pegue esse papel e assine.

Eu balanço a cabeça que não e ele se levanta furioso.

Pablo:Ou você assina por bem ou eu vou fazer você assinar por mal.

Eu me levanto balanço a cabeça que não e vou saindo do escritório.

Pablo: E assim então, você é igual a sua mãe.

Eu paro e o olho para ele a minha mãe não, aquela ali não é mãe ela é um monstro.

Abro a porta.

Pablo: Não ouse sair dessa sala sem assinar esse papel.

Falado isso eu saio e ele vem atrás de mim agarra o meu braço com a sua proximidade eu começo a respirar pesado tentando me soltar dele quero gritar e nenhum som sai da minha boca.

Pablo: Você vai aprender a não brincar comigo.

Ele me arrasta pelo braço com os papéis e uma caneta na mão, tento me soltar já estou suando e sem força para me soltar, nisso ele me arrasta para o final do corredor onde tem uma porta.

Já estou tremendo quando ele abre a porta e me empurra para o cômodo vazio, é um cômodo escuro sem janelas,sem nada apenas um tapete no chão, ao me empurra para dentro do cômodo acabo caindo em cima do tapete.

Pablo: Você só sairá daqui depois de assinar esses papéis, não importa quanto tempo leve assine eles.

Ele se vai fechando a porta, me levanto e tento abrir-lá o que é em vão,olho ao redor me sinto sufocada trancada aqui,com um acesso de raiva pego os papéis e os rasgo chorando e tremendo suando frio,me encosto na parede e vou deslizando para o chão, eu quero morrer não aguento mas essa vida.

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