16 capítulo.

Safira.

Acordo, mas não abro os olhos sinto uma respiração no meu rosto, um ar quente,me sinto tão tranquila, em paz, segura,ontem foi horrível tentei lutar, tentei gritar foi tudo em vão se o Ale não tivesse chegado eu juro que se não morresse ali morreria depois,não ia aguentar tudo aquilo outra vez.

Abro os olhos devagar então eu o vejo, tão perto, mais tão perto, com um braço por cima de mim, como viemos parar desse jeito e principalmente porque não estou em pânico.

Ele é um homem e que homem, ele exala masculinidade esses músculos, essa barba, essa boca, estou até quente o que está acontecendo comigo?

Por que me sinto bem aqui, por que me sinto bem nos seus braços, quando ele tirou aquele homem de cima de mim eu estava em choque sem reação mais foi só ouvir a sua voz que eu me joguei nele sem qualquer receio ou pudor, eu me agarrei a ele como se agarra um bote salva-vidas.

Será que ele vai ser o meu bote salva-vidas, será que dessa convivência eu consiga sei lá algo de bom na minha vida e daqui a um ano o que farei, quando tudo terminar quem sabe com o dinheiro que ele vai me dar eu consiga viver em outro lugar, e esse dinheiro também não vai ser meu, pois eu não sou Samira sou Safira, aí Deus porque tudo na minha vida é tão complicado.

Eu fico o olhando, aproveitar Safira porque o que você está vendo é por pouco tempo, onde um homem desse vai olhar para você nunca, além das cicatrizes visíveis tem as cicatrizes internas você é uma pessoa suja e não merece ninguém, tem que ficar sozinha esse é o seu destino.

Fecho os meus olhos e uma lágrima rola dele,me sinto tão triste.

Alejandro e Safira.

Ele se mexe e quando abro os meus olhos ele está olhando para mim, eu não gostaria que o tempo passasse, eu queria ficar congelada ali naquele momento só ali me senti protegida, só ali me senti amada tudo isso é uma doce ilusão.

Ele se afasta de mim e não diz nada até parece que o mudo é ele, levanta-se e entra no banheiro fechando a porta será que eu sou tão ruim assim, o meu coração fica apertado e sinto vontade de chorar,me enrolo na coberta e me levanto indo na direção da porta e a abrindo, saio de lá então paro ajeito o coberta sobre os meus ombros me abraçando, sinto o vento sobrar no meu rosto olho ao redor, aqui é tão bonito, se fosse para morrer gostaria que fosse aqui.

Então ele sai do Chalé e para do meu lado.

Alejandro: É lindo né.

Balanço a cabeça que sim.

Alejandro:Olha me desculpe por aquilo, a nossa aproximação na cama prometo que não vai se repetir.

Certo eu tinha certeza daquilo eu tenho que aceitar o meu destino.

Balanço a cabeça que sim.

Alejandro: Bom vou fazer um café para gente, não fique aqui muito tempo pode te fazer mal.

Nisso ele entra e deixo as lágrimas rolarem, o meu coração está mais quebrado que antes, penso que nunca irá ficar inteiro outra vez, por que me sinto tão pequena, inútil.

Alejandro.

Acordo abraçado a coelhinha, e quando ela abre os olhos e me olha parece que o mundo para de girar, tudo para e só existe aquele olhar que me parece tão triste, a nossa aproximação gera um calor em mim, ela tem um corpo tão lindo e as minhas pernas estão encostadas nas dela tão quente, que começo a ficar em brasas e a minha ereção matinal só aumenta, fiquei com medo dela perceber sei lá e querer embora ou acabar com a confiança que ela está começando a ter comigo, então sem aviso ou dizer uma palavra eu afasto-me, levanto e vou para o banheiro fechando a porta e me encostando nela olho para baixo e sussurro.

Alejandro:Tá ficando animado porquê? Não estrague o que estou com muito custo construindo então fica na sua ok.

Retiro a minha roupa e tomo um banho rápido, quando saio do banheiro não a vejo na cama e as cobertas se foram com ela, saio a sua procura e vejo pela janela ela do lado de fora.

Ela com certeza ficou constrangida pela situação, ela tem fobia de homem e acorda cara a cara comigo e eu ainda com o braço em cima dela, não sei como ela não me empurrou para fora da cama, saio e peço desculpas a ela digo que vou fazer o café e entro a deixando lá com os seus pensamentos que parecem tristes, ela deve está sentindo falta de casa, da mãe, da irmã que é Gêmea elas devem ser muito apegadas uma com a outra.

Coloco a água para ferver e ligo o meu celular que apita sem parar e quando vou olhar tem tantas mensagens do meu pai que eu não sei nem por onde começar então resolvo ligar.

Alejandro:Oi pai.

Pablo:Seu filho ingrato eu aqui preocupado e você desligou essa merda de telefone, onde você está Alejandro?

Alejandro:Estou no meu Chalé pai.

Pablo:O quê está fazendo aí nessa porcaria? Não tem casa é?

Alejandro: Primeiro o meu Chalé não é porcaria foi a mamãe que me deu e segundo eu avisei que ia dormir fora.

Pablo: Está certo não vou discutir com você e a sua mãe e outra não sei por que lhe deu essa porcaria enfim, não esqueça da reunião dos acionistas hoje.

Alejandro: Você nem vai perguntar se eu achei a Samira?

Pablo:É claro que você achou, se não,não estava aí nesse Chalé estava aqui comigo, como ela te convenceu a ir para outro lugar eu não sei.

Alejandro:Pai eu não te entendo,me encheu o saco para eu que me casasse com a Samira,falo pra eu aproveitar que ela era linda,agora me vem com essa que ela não me serve que vai arrumar outra afinal o que está acontecendo?

Pablo:Eu me encontrei com a mãe dela e...

Alejandro:E...

Pablo:Vamos conversar na fábrica,te espero lá.

E ele desligou.

Sabia que tinha dedo dessa mulher para o meu pai chega em casa com aquela cara.

O café fica pronto e vejo a Coelhinha sentada numa cadeira da varanda, pego o café e vou até ela.

Alejandro: Aqui coelhinha.

Ela pega o café das minhas mãos e agradece vejo os seus olhos vermelho ela estava chorando.

Alejandro: Tudo bem?

Ela bebe um gole de café e balança a cabeça.

Alejandro: Tenho uma reunião na fábrica agora de manhã e preciso ir, você quer voltar pra casa...

Antes de eu terminar ela já balança a cabeça dizendo que não.

Alejandro:Tá tudo bem, você fica aqui e me espera tá bom, vou deixar o meu celular com você, a dispensa está cheia peque o que quiser,tem TV, Internet, filmes tudo, se quiser trocar de roupa pode pegar as minhas, quando eu estiver voltando vou passar em casa e peço a Margarida pra separar algumas roupas suas para trazer, não vá para longe pode se perder.

Ela balança a cabeça que sim, entro pego o casaco e as chaves do carro, não queria deixá-la sozinha, mas preciso.

Volto.

Alejandro: Aqui o telefone qualquer coisa me manda mensagem, aqui é bem tranquilo caso se sinta com medo tranquei o Chalé até eu voltar, este é o número da fábrica pode mandar, mensagens para ele esse fica no meu escritório.

Mostro a ela.

Alejandro:Eu não demoro.

Acabo beijando a testa dela entro no carro e vou para fábrica.

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