Safira.
Saio do trabalho e entro no ônibus, no começo o ônibus está vazio e a medida que vai parando nos pontos mais gente entra e um homem para ao meu lado, eu sei que é paranoia minha, mas não consigo ficar por mais tempo ali então desço no próximo ponto, sei que ainda estou longe de casa entretanto aquilo estava me sufocando, eu não consigo explicar o que eu sinto e uma fobia sem fim começo a tremer e suar frio então parece que o ar vai ficando cada vez mais escasso e eu tenho que fugir.
É final de tarde e a medida que vou andando respiro aliviada, demorou um pouco e eu cheguei em casa ouço a minha mãe falar com a Samira.
Luciene: E agora Samira o que vamos fazer?
Samira: Calma mãe a gente resolve isso.
Luciene:Você não entende, ele quer se vingar.
Chego na porta e ela para de falar ela olha para mim e diz.
Luciene: Vai ser você.
Eu digo na língua de sinais.
Safira: Eu.
Luciene: Você, você vai ficar no lugar da sua irmã.
Faço sinais.
Safira: Lugar da minha irmã para quê?
Luciene: Vai se casar, vai se casar com ele.
Faço sinais.
Safira: Casar? Eu não vou me casar com ninguém.
Ela chega perto de mim e bate no meu rosto.
Luciene: Vai sim.
Balanço a cabeça que não, eu não vou me casar com ninguém ela quer me ver morrer mesmo, antes disso eu me atiro de qualquer lugar casar não,ela me empurra e eu caio sentada no sofá tem uma tesoura na mesa do abajur então ela pega a tesoura e usa a ponta para me cortar.
Luciene: Você vai casar sim, vai ficar no lugar da sua irmã, vai ser Samira e não vai dizer nada ou eu mesmo corto a sua língua fora já que ela não presta para nada, ouviu vai ser a noiva substituta, vocês são Gêmea ele nem vai lembrar e aí de você escrever algo, eu mesmo te mato e não precisa que você o faça você mesma.
Nesse momento lágrimas rolam dos meus olhos além da dor que estou sentindo na palma da minha mão por ela ter a cortado o meu coração está dilacerado.
A campanhia toca.
Luciene: Estamos conversadas nenhuma palavra… ah esqueci você não fala.
Escondo a minha mão a apertando na minha blusa de frio para conter o sangue e ela vai abrir a porta.
Pablo:Boa noite.
Luciene:Boa noite senhor Torreto.
Pablo:Sem formalidades Luciene.
Luciene: Entre.
O senhor entra com mais dois homens grandes e fortes atrás dele e eu me arrepio inteira.
Pablo: Já faz tempo.
Luciene: Essas são as minhas filhas.
Ela aponta para mim.
Luciene: Samira e Safira.
Pablo: Vejo que a Samira cresceu.
Ele me olha.
Luciene: Por favor deixe a minha filha em paz.
A olho espantada.
Pablo: Nós temos um acordo, o seu marido deu a vida dela para mim.
Luciene: As minhas filhas são tudo para mim, não pode levá-la.
Ele dá um passo adiante e eu já saio da onde eu estava ficando em pé atrás do sofá.
Pablo: Você pensa que sou um homem que não cumpre a sua palavra, eu vou levá-la você querendo ou não.
Eu balanço a cabeça com lágrimas nos olhos, isso tudo é uma encenação ela não gosta de mim,me colocou como a Samira e está querendo o que com isso.
Luciene: Por favor não a machuque, eu imploro.
Enquanto isso a Samira assiste tudo sem dizer uma palavra.
Pablo: O quê eu farei com ela de agora para frente é problema meu, peguem ela.
Eles vem para me pegar e eu tento fugir o que é em vão,tento me soltar e mordo um dos homens.
Pablo: Não faça isso garota.
A minha mãe vêm e entra na frente do senhor.
Luciene: Não faça nada com ela.
Pablo: Tire as suas mãos sujas de mim.
Vejo a minha mãe com lágrimas nos olhos, o que ela pretende com tudo isso, o meu pânico começa a atacar estou suando frio, coração acelerado, dois homens me segurando um de cada lado,me debato tentando fazê-los me soltar.
Pablo: Apaguem ela.
Luciene: Não.
A minha respiração já está trancada dentro do peito, a minha mão sangra, os meus olhos estão marejados de lágrimas, como ela pode fazer isso comigo, me entregando a esse senhor como a Samira,porquê, sinto que eles colocam um pano na minha boca com o cheiro forte, já não tenho forças para lutar a vontade de gritar e tanta, mas não sai um som da minha boca vou ficando mole e a última coisa que eu vejo jogada nas costas desse homem é o sorriso de felicidade da minha mãe.
Pablo.
Aquela mulher ainda tenta me impedir de levar a sua preciosa filha, tive que apagar a garota confesso que ela é bem valente e lutou com bravura, só que não é pareio para mim, eles pegam uma mala que provavelmente deve ser as suas roupas, o meu advogado ligou e avisou que a gente vinha buscá-la.
Entramos dentro do carro e eles a colocam deitada no banco, percebo que a sua mão está sangrando com um corte, será que se machucou quando tentava escapar?
A vejo dormindo e retiro uma mecha que cobria o seu rosto, a diaba e bonita igual a mãe e que roupas são essas.
Saímos de lá direto para casa,os meus seguranças a carregam para o quarto de hóspedes e peço a uma empregada para cuidar da sua mão, não quero que isso infecione e assim a empregada faz, cuida da sua mão.
Eu peço para trancar o quarto e vou tomar um copo de bebida.
Alejandro: Pai.
Pablo:Oi filho beba uma bebida com o seu velho pai.
Lhe ofereço um copo de bebida.
Pablo: Ela já está aqui.
Alejandro: Quem?
Pablo: A sua esposa, está no quarto de hóspede.
Alejandro: Não quero vê-la de o contrato a ela e peça que ela assine eu não quero ver a cara dessa mulher.
Pablo: Tem certeza filho ela é uma mulher linda.
Alejandro: Não deve valer nada como a mãe então me poupe pai.
Pablo: Você que sabe.
E ficamos ali tomando aquele bebida em silêncio pai e filho.
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Atualizado até capítulo 98
Comments
Elenir Lima
O velho deveria saber que ela faria algo já que ele acontece, o velho tão implacável e tão burro
2025-03-23
4
Júlia Caires
meio Deus do céu, que mulher é essa 🤬🤬🤬🤬🤬🤬
tadinha da menina😭😭😭😭😭😭
começo à achar que qualquer lugar na terra é melhor pra ela do que nessa casa
2025-03-29
0
Júlia Caires
tadinha dessa menina, pensa que desespero, ela tem trauma por causa da causa da mãe e dos homens agarram ela 😭😭😭😭😭😭
2025-03-29
0