O primo de Agatha

Em meio a uma longa conversa com a Idylla sem que a mãe nem a filha ligassem para o padrasto que havia sumido até então, acabara tendo um barulho extremamente alto no andar de cima, como se alguém tivesse caído no chão. Idylla se assustou por estar desprevenida e viu Agatha soltando uma risadinha por perceber o susto da mesma.

- O que foi isso?! - Idylla vira bruscamente para o lado que veio o barulho.

- Há não se preocupe! deve ter sido o meu priminho! - A mesma sorri.

- Priminho? - Idylla fica mais confusa.

- Sim! sim! O nome dele é Griffy! Vem cá Griffy! Não seja tímido! - A mesma grita para o garoto no andar de cima.

- Hum? - Idylla continua olhando para onde veio o barulho.

Pés pequenos pode ser ouvidos descendo as escadas correndo, porém os passos rápidos diminuem quando se aproximam da porta da sala, após, um pequeno intervalo de tempo a porta abre e um rostinho pequeno e gordinho é visto carregando um coelhinho amarelo.

- ... - Idylla olha a criança e não consegue reagir vendo os olhinhos brilhantes e medrosos com suas bochechinhas cheias de ar - He... oi - ela acena para o mesmo.

- Hum?! - Os olhos do garoto brilham mais, e a sua timidez anterior parece nunca ter existido após ele ir correndo até Idylla dizendo - o seu cabelo é lindo! - O mesmo sorri mostrando seus dentinhos separados.

- A-ha... obrigada! - Idylla fica sem jeito por não esperar a criança se soltar tão rápido com ela.

- Olha! Esse é o Bobu! - Ele mostra o seu coelho - Falam para ele que parece bobo, Mas não diz para ele - O menino fala tampando as orelhas do coelho.

- Que gracinha! - A mesma faz carinho na cabeça do ursinho.

- Hey Griffy essa é minha namorada - Agatha sorri para o pequeno.

- oh!...- A criança Sorri de orelha a orelha encantado - Quando eu crescer quero ter uma namorada linda que nem você tem prima! - Ele fica mais alegre ainda.

- Há! eu tive uma ideia! meu primo chegou recentemente e vai ficar aqui com a minha mãe, por que você não trás a sua irmã mais nova para eles fazerem amizade? - A garota sorri.

- Ho... claro! não vejo problemas - Idylla sorri levemente.

- P-pera prima... mas... ela não é irmã da sua namorada? - O pequeno fica vermelho.

- Hã... sim? o que tem demais? - A garota pergunta erguendo sua sobrancelha.

- E-é que... - Ele olha para a Idylla - nada! nada! - O mesmo sorri vermelho.

- Você está esquisito... - Ela fica confusa.

- Hum - O sorriso de Idylla some e ela começa a olhar com julgamento para o garoto - Vou trazer ela amanhã.

- Ebaaaa! - O garoto olha para a Idylla porém fica um pouco intimidado com o olhar de julgamento da namorada da sua prima.

- Oh Idylla querida você poderia me acompanhar a cozinha por favor? - Ellen levanta e arruma os seus óculos.

- Hum? posso sim - Idylla levanta e vai atrás da mulher sem esboçar nada.

Ambas chegam a cozinha e Ellen pega alguns legumes e carnes e logo começa a os cortar com cuidado, a mulher olha para Idylla que estaria parada olhando para a mesma esperando uma ordem.

- Idylla... você não é uma humana não é? - Ela sorri.

- ... - Ela mantém uma expressão neutra - Não eu não sou uma humana... eu sou apenas uma cobaia e não passo disso... Sou inferior aos huma-

- Experimenta - Ela faz Idylla experimentar um molho especial - O que acha?

- ... - Idylla vira o olhar para o lado - Ficou muito bom... - Ela volta a olhar para a mulher.

- Idylla você não é inferior a ninguém - Ela arruma o cabelo da garota - Você diz que é inferior, mas, só por que dizem isso a você! não quer dizer que você é - Ela sorri.

- Eu... não sou inferior? - Idylla fica curiosa.

- Claro que não querida hoho! ninguém é inferior a ninguém! - Ela corta algumas carnes.

- Você não se sente incomodada de uma cobaia namorar com a Agatha? - Idylla fica curiosa.

- Claro que não! você parece ser uma mulher forte e independente e eu quero muito que a minha filhinha aprenda a ser assim! - Ela começa a colocar as coisas na panela.

- Mas se ela virar independente ela não vai precisar mais de mim... - Seu tom fica entristecido.

- Oh... Idylla minha filha está com você por que te ama querida! e você não é um objeto a ser usado... você é muito mais que isso, você deveria acreditar mais em si mesma e em seu potencial! acreditar mais nos seus objetivos... - Ela meche um pouco o caldo - Qual é o seu objetivo?

- ... - Dados se corrompendo em sua mente - Um... objetivo? - Sistema corrompido.

- Sim! qual o seu objetivo? - Ela sorri para a Idylla.

- ... - Idylla fica refletindo um pouco e logo responde - Ser feliz com a Agatha.

- Que romântico! como eu disse a pequena tata teve muita sor-

- E o seu tia Ellen? - Idylla olha curiosa.

- Oh! eu já estou velha para isso querida! tenho quarenta e quatro já! não dá mais para sonhar tão alto - Ela dá risada - E eu já sou mãe... eu tenho muitas obrigações... o sonho seria impossível.

- Tem idade certa para sonhar? E mesmo a senhora sendo mãe tia Ellen eu duvido muito que a Agatha e eu não te ajudariamos a conquistar o que desejar - Idylla sorri para a mulher.

- Bem... eu quero abrir um restaurante - Ela coloca um pouco do caldo em uma cumbuca.

Idylla pega e experimenta o caldo, seus olhos brilham após apreciar o gosto do ensopado, logo ela olha para sua sogra e fala com alegria na voz.

- Por parte da comida já tá meio caminho andado tia Ellen! - Ela come super feliz.

- Oh! obrigada! - Ela junta as suas mãos e sorri.

- Vamos dar um jeito senhorita Ellen! você vai ser a melhor da cidade! - Idylla abraça a mulher, porém, logo a mesma solta rapidamente com expressão de assustada - P-perdão eu feri minha progra-

Ellen abraça a garota com um carinho que a menina nunca havia sentido antes.

- Você não é uma máquina querida... e não faz mal abraçar as pessoas - Ela acalma a menina.

- O...obrigada senhorita Ellen - Idylla fica totalmente calma.

O tempo se passou e a Idylla foi para casa após comer bastante da comida da sua sogra, ela entra no apartamento onde encontrou a sua criadora que estava dormindo com a cabeça deitada na mesa que estava apoiada em seu próprio braço. Idylla foi até seu quarto onde sua irmã Mia ainda estava acordada esperando a mesma.

- Eee... você chegou... - A mesma tenta falar de forma animada porém está com muito sono.

- Mia, amanhã você vai conhecer um amigo - A garota abraça sua irmã sonolenta.

- Sério?... - A criança sorri totalmente sonolenta.

- Sim pequenina - Ela beija a testa de sua irmã - Ele se chama Griffy e ele parece estar totalmente animado para te conhecer - Ela faz carinho na cabeça da criança - Seu cabelo está todo desarrumado... o que houve?

- Eu arrumei a casa inteira... e a mamãe ficou trabalhando o dia inteiro - Ela segura a roupa de sua irmã mais velha se aconchegante no abraço.

- Sinto muito... eu acabei ficando fora o dia inteiro... mas, olha só a boa notícia irmã! eu estou namorando! mas não conte a criadora - A mesma sorri de forma doce para sua pequena irmã.

- Que legal! - A criança estaria quase dormindo no abraço.

- Ei, novamente... desculpe por chegar tão tarde irmã.

- Tudo bem mamãe... - A criança simplesmente dorme nos braços da Idylla.

- ... - Mamãe? - Idylla fica confusa, porém, sorri e deita com sua irmã ainda a abraçando e dorme a protegendo com seu abraço.

...No outro dia...

No dia seguinte Idylla deixou sua irmã na casa de sua namorada e analisou bem sobre a relação dos dois pequenos e chegou a conclusão que não iria intervir em nada por hora. A garota passou um tempo com sua namorada e prestou atenção que haviam bilhetes na mesa de estudos da mesma e perguntou para a Agatha.

- Querida... que bilhetes são esses? - Ela olha para a sua parceira curiosa.

- Ah... meu padrasto... ele... - A Agatha olha para o lado triste - Ele fica mandando bilhetes esquisitos me depressiando... E falando do meu corpo...- Ela abraça suas pernas.

- ... - Idylla olha os bilhetes e seu sangue ferve de raiva.

Ela aperta sua mão na coberta da cama de Agatha, logo após ela acaba fazendo uma chama preta que queima o papel por inteiro.

- Eu acabei me exaltando... desculpe - A mesma abraça sua parceira delicadamente com medo de machucar a garota.

- Tudo bem Ylla - Ela sorri para a mesma e retribui o abraço.

-Ylla? - Idylla olha parecendo estar com ciúmes.

- Um apelido carinhoso para você - Ela sorri.

- E-eh... - A garota fica vermelha - Certo eh... tata!

- Você não é muito boa com apelidos né? - Agatha da risada de sua parceira.

- U-um dia eu melhoro! - Ela fica nervosa.

- Fica calma Ylla! ainda tem muito tempo - Ela faz carinho no rosto de sua parceira.

- ... - Idylla sorri e se aproxima para dar um beijo na mesma porém a porta abre - Hã?!

- Irmã? - A Mia entra puxando o Griffy que parecia estar totalmente nervoso - Maninha! podemos dormir aqui?! - Ela sorri toda feliz.

- E-ei Mia! acho que não foi uma boa não bater na porta! - Griffy diz nervoso.

- Mas por que? - A garota olha para o Griffy.

- A-ah... - O garoto fica mais nervoso e começa a gaguejar coisas que não conseguem ser entendidas apenas um - Elas namoram! elas fazem coisas de namoradas! - Griffy percebe o que falou e fica pior - Aaah... - Ele não consegue mais falar nada.

- Coisas de namoradas? - Ela pega nas bochechas de griffy e o chacoalha - Que coisas?!.

- Irmã... não sou eu que posso dizer se podemos ficar aqui essa noite... - Idylla fica com vergonha da situação.

- Claro que podem! só vou avisar minha mãe! - Agatha corre para o andar de baixo.

- O-ok... - Idylla olha para sua irmã que está até agora apertando as bochechas do garoto.

- Que bochechinhas mais fofas! - Ela fica as apertando.

- Ei isso dói! - Ele tenta sair dos apertos.

- Foooofooooo! - Ela corre atrás de Griffy.

- Não sou fofo! - Ele sai correndo.

- É siiiim! - Os dois se afastam correndo.

Idylla ri porém tampa sua boca - O que foi isso?... - Ela chacoalha sua cabeça e levanta - Eu tenho que começar meu plano... - Ela olha os bilhetes prestando atenção na caligrafia - Copiado...

- Boas notícias! minha mãe deixou! - Ela pula em sua amada e abraça ela.

- Q-que legal! - Idylla fica genuinamente vermelha.

As duas se preparam para dormir, porém no meio da noite...

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