Capítulo 11

Esa com certeza foi a pior noite para Alía, pois ela não parava de chorar e de praguejar contra a Imperatriz, apenas desejava a sua morte.

_ O que aconteceu, senhorita? Por favor, acalme-se, tenho uma boa notícia para você.

_ O que acontece? Fale logo, não estou para brincadeiras, Federica.

_ Senhorita, eu consegui o que me pediu.

Nisso, Federica tira de sua saia uma pequena garrafa de vidro.

Por um momento, Alía tinha esquecido que algumas semanas atrás havia encarregado Federica com a tarefa de conseguir um veneno para substituir as gotas que Yohana bebia todas as manhãs. Seus olhos começaram a brilhar com malícia viva.

_ Isso é o que estou pensando?

_ Sim, minha senhora. Este é o veneno que finalmente chegou.

_ Mas agora, como faremos? A Imperatriz quer me expulsar do palácio, alegando que não cumpri meu dever como concubina, já que ela está grávida, e também me ameaçou, dizendo que, se descobrir que fui eu que espalhou o rumor de que ela é infiel, seria capaz de me matar.

Os olhos de Federica se abriram de surpresa. Ela nunca pensou que a Imperatriz fosse tão selvagem, aparentemente ela estava confusa.

_ Senhorita, precisamos fazer algo. Não devemos permitir que ela a expulse, caso contrário, o veneno terá sido em vão e as 300 moedas de ouro serão perdidas.

_ Eu sei, Federica. Essa mulher vai pagar por isso. Eu não irei embora; preciso encontrar uma maneira, algo que me permita ficar por mais tempo. Só assim poderemos concluir o que começamos.

_ Sim, senhorita. Não se preocupe, o imperador é bom para você, além disso, são amigos. Ele não permitirá que você vá embora, tenho certeza disso.

Alía não estava muito convencida disso, mas não podia voltar atrás. Ela tinha que ser a Imperatriz e deveria lutar por isso.

No dia seguinte...

Alía acordou muito cedo e se dirigiu aos aposentos do imperador. Ela abriu a porta sem permissão, mas os guardas tentaram tirá-la à força. Porém, já era tarde, ela tinha aberto a porta. No entanto, ela se deparou com uma cena que não esperava: o imperador e a Imperatriz dormindo na mesma cama. Seus olhos se abriram enormemente, e lágrimas ameaçaram escorrer. Sua respiração se cortou por um momento, ela não sabia o que fazer. Ela apertou os punhos, virou-se e saiu do local.

Mais tarde, no refeitório, apenas o imperador estava presente, já que a Imperatriz decidiu ficar no quarto porque estava com dor nas pernas após a noite intensa que viveram. Ainda era dia e o imperador não parava de sorrir. Ele nunca imaginou que a Imperatriz fosse tão intensa e selvagem na cama.

Nesse momento, Alía apareceu com uma expressão séria, mas ao ver somente o imperador, seu rosto mudou drasticamente, mostrando um certo relaxamento.

_ Oh majestade, queria falar com o senhor.

O imperador olhou para Alía e disse:

_ Acredito saber sobre o que você quer falar comigo. É sobre o que minha esposa te disse, certo?

_ Se o senhor já sabe, veja bem, ela me expulsou, dizendo que sou apenas uma amante e que não sirvo nem para isso.

Lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto, causando pena em todos que a viam.

_ Acredito que você entendeu errado. Ela apenas quis dizer que não é mais necessário que você seja concubina real. Não se preocupe, cuidarei para que, quando você se divorciar de mim, se quiser se casar com outra pessoa, seja livre para fazê-lo, pois estipularei isso em nosso acordo. Tudo isso porque você tem sido uma boa mulher para mim.

_ Majestade, isso me emociona, mas eu me apaixonei pelo senhor. Eu sei que você só ama a Imperatriz, mas não pude evitar sentir coisas por você. Eu o amo, imperador. Sem você, não sei como viver.

A mulher caiu de joelhos no chão.

_ Alía, não faça isso, não chore, por favor. Você sabe que só posso amar Yohana. Não faça isso, não se machuque assim. Se você se apaixonou por mim, fez isso sabendo que eu só posso amar minha esposa, pois ela é a mulher dos meus sonhos, aquela que salvei, aquela que protegi e a mesma que está esperando um filho meu.

_ Imperador, por favor, me dê uma chance. Sua esposa é má, ela me ameaçou de morte para eu aceitar deixá-lo.

El rosto do imperador se endurece ou severamente ele sabia que Yohana não era capaz de fazer tal coisa.

- Pare de mentir\, não vou permitir que manche o nome da minha mulher\, isso eu não permito\, e posso te castigar se voltar a dizer algo assim. Aliás\, vá embora da minha presença\, não quero te ver e saiba que não é necessário que aceite\, pois a decisão está tomada.

Os olhos de Alía não param de lacrimejar.

(O que essa mulher fez a ele, ele nunca a havia tratado dessa forma, deve ser algo relacionado àquela noite)

Por outro lado, Johanna mandou chamar Carlos, isso aconteceu novamente.

Fazendo uma reverência, perguntou:

- Vossa majestade\, aqui está o seu humilde servo. Para que me mandou chamar?

- Carlos\, quero te encarregar de uma tarefa pequena. Quero que descubra o que exatamente aconteceu no dia em que\, montando a cavalo\, caí no lago. Quero saber se alguém provocou isso.

O soldado estava perplexo com esse pedido, não sabia que a Imperatriz tinha dúvidas sobre o incidente. Nunca havia pensado nisso, mas se a Imperatriz pensa assim, é porque ela tem dúvidas e a única pessoa que se beneficiaria com a morte da Imperatriz é ninguém mais, ninguém menos que a concubina real. Talvez a Imperatriz queira descobrir a verdade para incriminar aquela mulher.

- Vossa Majestade\, encontrarei essa pessoa\, se houver algum ataque contra vossa pessoa no passado\, isso virá à tona\, conte com isso.

- Apenas peço total discrição.

Sim, majestade...

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