Capítulo 14 — Pedido de Namoro

Cecília surpreende-se com a presença de Vicente ali e de tanta emoção quer gritar, mas tampa a boca e ele ri... Depois ela pergunta:

— O que você está fazendo aqui?

Ele levanta e fazendo um carinho em seu rosto responde com outra pergunta:

— Você achava mesmo que eu ia deixar você escapar assim, do nada?

— Eu... Eu... Eu achei... Estou muito emocionada.

Ele limpa uma lágrima de seu rosto e a beija com carinho.

A comissária de voo chegando até a eles.

— Siediti perfavore. Prendiamo il volo.

(Sentem-se, por favor. Vamos levantar voo)

Eles obedecem, se acomodam e Cecília pergunta:

— Você é louco?

— Eu não podia deixar você escapar depois de tudo que passamos essa semana Cecília.

— Vicente, eu pensei que você tinha me esquecido.

— Impossível!

— Eu ainda estou sem palavras.

— Então a surpresa funcionou?

— Vitório e Letícia sabem?

— Foram meus cúmplices.

— Ninguém nunca fez algo assim por mim Vicente. Aliás, ninguém nunca me tratou como você me trata.

Ele beijando-a.

— Então comece a se acostumar, por que de agora em diante será sempre assim.

Ela sorri e se aninha num abraço com Vicente.

Depois de algum tempo.

— Mas o que você vai fazer lá? Você tem um bom motivo para voltar para o Brasil?

— Quer motivo melhor do que você?

Ela sorrindo.

— Não foi isso que eu quis dizer... É, quero saber quanto tempo vai ficar... O que você pretende lá... Essas coisas.

— Lá, nós conversamos... Agora venha aqui e vamos aproveitar para ficarmos quietos e abraçados...

— Eu continuo sem acreditar...

Ele sorri e a abraça... Os dois ficam contemplando aquele momento juntos.

...***...

No Brasil... Bem cedo Joana e Renato... Ele vendo sua esposa já agitada...

— Por que já está de pé Joana? Ainda são 6h:00min.

— Bom dia, meu amor! Ansiosa pela chegada da nossa filha.

— Ela só chega após as 9h.

— Sim, mas vou preparar um café especial pra ela.

Ele sorri e a beija.

...***...

Algumas horas depois... Cecília e Vicente chegam ao Brasil, ela de mãos dadas com ele.

— Meus pais vêm me buscar. Está preparado para conhecê-los?

— Meus sogros? Ansioso por esse momento.

— Vicente, você é uma figura!

Ela avistando os pais...

— Olhe, eles estão ali...

Os pais a olham e Joana pergunta a seu marido:

— Amor, é impressão minha ou ela está vindo acompanhada?

— Está sim... Quem será?

— Não faço a mínima ideia.

Cecília e Vicente chegam até a eles e Cecília os abraça.

— Pai, mãe... Que saudades! Uma semana e parece que faz mais de um mês.

Sua mãe estando curiosa.

— Também estávamos morrendo de saudades, filha...

— Ah, mãe... Não chora, vai... Estou aqui... Olha... Inteira... — Diz Cecília sorrindo-lhe.

Enquanto isso Vicente a admira com o carinho que ela dá aos pais.

Renato pergunta:

— Quem é ele filha?

— Ah... Sim... Claro... Pai, mãe... Esse é o Vicente.

Vicente se aproxima, pega a mão de Joana e beijando cumprimenta:

— È un piacere conoscerla signora!

(É um prazer conhecê-la senhora.)

Joana fica encantada com ele. Cecília fica rindo... E Vicente direciona-se para Renato, apertando sua mão.

— È anche un piacere per me incontrare il padre della mia amata Cecília.

(Também é um prazer para mim, conhecer o pai da minha amada Cecília.)

Os pais dela ficam imóveis... E Cecília fala a ele:

— Vicente, eles não entenderam nada... Deixe de se bobo e fale português.

Ele sorrindo para os pais dela.

— Perdão... É um prazer conhecê-los.

Ele puxa Cecília gentilmente para si.

— Meu nome é Vicente Ribeiro De Luca. O namorado de Cecília.

Os dois olham espantados e o pai dela estando incrédulo com aquela situação.

— Minha filha, precisamos de uma explicação.

— Sim, pai. Vou explicar tudo a vocês... Fiquem tranquilos! Vamos pra casa?

Vicente sendo muito gentil com Cecília.

— Amor, preciso pegar o carro...

— Sim. Eu te espero aqui, então. Tudo bem?

— Sim. Não demoro.

— Ok.

Vicente diz aos pais dela.

— Com licença.

Eles se beijam rapidamente e ele vai com suas malas.

Renato, estando sério.

— Cecília, explique agora!

— Pai... Não precisa falar assim... Calma... Nos conhecemos e nos apaixonamos, simples assim.

— Simples assim?

Joana ainda encantada com Vicente.

— Filha, é um rapaz muito bonito, fino e educado... Mas precisamos saber mais sobre ele.

— Vocês vão saber, fiquem calmos... O que posso adiantar para vocês ficarem tranquilos é que ele é cunhado da Letícia. Tudo bem, assim?

— Fico mais aliviada filha. — Fala sua mãe com carinho.

— Eu não! — Diz seu pai estando bravo.

— Pai...

— Você sabe o problema que te espera aqui e já se envolve com outro homem, Cecília, eu te criei pra isso...

— Pai, não escolhi isso. Me apaixonei como nunca antes. O que sinto pelo Vicente é mais forte do que um dia senti pelo Ramon.

Um tempo depois... A mãe dela vendo Vicente se aproximar...

— Ele está voltando filha... Ele é tão lindo!

— Mãe...

O pai dela estando aborrecido.

— Joana, respeite-me pelo menos...

Vicente chegando até a eles.

— Bom, podemos ir, meu amor... Já deixei as malas no carro e posso levar as suas agora.

O pai como sempre sendo ciumento com sua filha.

— Deixe que as malas da minha filha eu mesmo levarei.

— Pai, por favor...

Vicente vendo a situação que se instaurou.

— Senhor Renato. Desculpe-me pelo meu jeito. É a primeira vez que namoro uma mulher de família. Estou me adaptando ainda. Podemos começar novamente?

Renato estando pensativo, resolve dar uma chance a Vicente.

— Sim e cuidado com o que vai falar.

— Então, gostaria de saber se tenho sua permissão para namorar sua filha?

Cecília sentindo-se surpresa com aquela situação.

— Não precisa disso Vicente... Ninguém nunca fez isso por mim. Não tem necessidade.

— É claro que tem! Sabendo disso, agora é que tem mesmo... Preciso da permissão de vocês.

Joana sorrindo para ele.

— Está mais que autorizado.

Renato chamando sua atenção.

— Joana.

— O que foi? É um bom rapaz. Gostei de você Vicente.

Cecília querendo selar uma paz naquela guerra momentânea.

— Pai, ele está tentando. Dá uma chance, vai.

Renato olha para os três e apertando a mão de Vicente.

— Ok, rapaz. Mas se decepcionar minha filha uma vez, já era.

— Ela nunca vai se decepcionar comigo, senhor Renato.

— Obrigada pai. — Responde Cecília abraçando-o.

— Você vai com ele, minha filha?

— Sim, pai... Vamos deixar as malas em casa e...

— Ele vai ficar com você? Na sua casa?

— Pai... Não sou mais criança. Vou me divorciar amanhã.

— Ok. Vamos então.

...***...

Eles seguem de volta para suas casas e Renato e Joana, em sua viagem de volta, ele dirigindo e ela ao seu lado.

— História muito estranha, Joana!

— Calma... Eu gostei dele. Senti que é um bom rapaz. Você sabe que eu nunca gostei do Ramon.

— Sim, eu sei.

— Esse é o homem certo para nossa filha.

— Como você pode ter tanta certeza?

— Já me enganei alguma vez com as pessoas, Renato?

— Não. Nunca.

— Acredite! Esse rapaz gosta dela... Vi isso nos olhos dele...

...***...

Cecília indo embora com Vicente...

— Te mandei o endereço. Só seguir.

— Nossa! Um bom tempo que não dirijo por aqui... Algumas coisas mudaram... Se eu não tivesse um bom motivo, acho que não viria.

— Vicente... Tem que haver outro motivo. Porque só por mim, vai ficar difícil pra você ficar aqui... Sua vida está toda lá.

— Fique tranquila! Depois conversamos sobre isso...

— Ok. — Diz ela sorrindo e entrelaçando seus braços nos dele.

...***...

Eles chegam ao condomínio e Cecília vai direto para seu apartamento... Quando entram...

— Não chega perto de sua casa. Mas gosto muito daqui.

— Que isso! É lindo! Fiquei muito feliz em saber o que você fez por seus pais.

— Era minha obrigação. Vou tomar um banho, me arrumar e descer pra casa deles.

— Vou? Não seria vamos?

— Seu bobo... Vamos então. Vem, colocar suas malas aqui em meu quarto... Quero dizer... Você vai ficar aqui?

Enquanto se encaminham para o quarto dela Vicente fazendo drama.

— Tenho que ficar. Se não for aqui, ficarei na rua.

— Sei... Um grande empresário, dono de vários hotéis, iria ficar na rua, se não fosse meu humilde apartamento?

Ele abraçando-a.

— Iria... Não tenho pra onde ir... Posso ficar aqui? — Pergunta ele com voz de menino pidão.

— Não fala assim... Claro que pode... — Ele a beija com muito amor. — Vicente, temos que nos arrumar...

— Vamos nos desarrumar só um pouquinho. Preciso de você... Já faz muito tempo.

— Dois dias?

— Uma eternidade para o que estou sentindo...

Ela sorrindo para ele.

— Eu também quero você...

Os dois se beijam e recomeçam a fazer amor agora pela primeira vez na casa de Cecília e no Brasil.

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