Há oito meses...
Letícia chegando ao hotel, em Roma, onde foi para ficar apenas três meses para estudar...
— Buongiorno signorina. Ho una prenotazione a nome di Letícia Arcanjo Soares.
(Bom dia, senhorita. Tenho uma reserva em nome de Letícia Arcanjo Soares.)
A recepcionista cordialmente atendendo-a.
— Buongiorno, signorina Letícia... Brasiliana, giusto?
(Bom dia, senhorita Letícia... Brasileira, certo?)
— Sì signora. — Responde Letícia sorrindo.
(Sim, senhorita)
Vitório assistindo a cena aproxima-se e fala à recepcionista:
— Veronica, mi occupo io della sua permanenza.
(Verônica, eu cuido da estadia dela.)
— Si signore.
(Sim, senhor)
Vitório apresentando-se a Letícia estendendo sua mão.
— Muito prazer... Meu nome é Vitório Ribeiro De Luca.
— Prazer... Brasileiro? Trabalha aqui?
— Sim. Meu pai era italiano e minha mãe é brasileira, mas passo mais tempo aqui... Trabalho aqui sim.
— Que bom... Vim para Roma para fazer um curso rápido. Vou ficar por três meses.
— Maravilha! Vou cuidar de tudo aqui pra você, senhorita Letícia Arcanjo Soares.
— Obrigada senhor Vitório Ribeiro De Luca.
Os dois começam a fazer uma linda amizade naquele momento e algumas semanas depois começam a namorar.
...***...
Três meses se passam e chega ao dia anterior de Letícia voltar ao Brasil... Vitório chegando ao quarto dela.
— Meu amor... Não vai embora.
— Vitório, eu preciso ir. Minha amiga Cecília precisa de mim no escritório... Tirei esses três meses de licença, mas...
— Fique. Trabalhe aqui.
— Trabalhar aqui? Está louco? Não existe essa possibilidade.
— Tem uma coisa que eu não te disse nesses três meses.
— O que?
— Eu, junto com meu irmão Vicente, somos os donos desse e de mais nove hotéis na região.
Ela surpreendendo-se.
— Vitório, por que não me disse antes?
— Fiquei com receio de...
— De eu ser interesseira? — Pergunta Letícia virando-se de costas.
Ele indo atrás...
— Não, não pense isso!
— Vitório, vamos esquecer isso tudo. Preciso voltar pra casa.
— Não vai, por favor... Quero oficializar nosso namoro... Estou completamente apaixonado.
Letícia ao vê-lo declarando-se.
— Eu também... E não estou com você por interesse em nada.
— Eu sei disso. Afinal, até quase agora eu só era um funcionário do hotel e você gostava de mim, assim.
— Com certeza. Mas eu tenho que voltar... Já tenho uma vida estabilizada no Brasil.
— Fique mais um pouco... Vamos nos conhecer melhor.
— Eu não planejei isso... Não vai dar.
— Você vai continuar aqui e eu me responsabilizo por você, te arrumo outro emprego... Tenho vários contatos.
— Não sei... Preciso pensar... Meu voo é amanhã cedo.
— Não vai... Estou te pedindo... Per favore ragazza mia. (Por favor, minha menina).
— Ah... Não... Pedindo assim eu me derreto Vitório. Não faz isso.
Ele a levanta num abraço.
— Ti amo mia dolce ragazza... Resta con me per sempre.
(Eu te amo minha doce menina... Fique comigo para sempre)
— Divento il mio meraviglioso gatto. Anch'io ti amo.
(Eu fico meu gato maravilhoso. Também te amo).
Eles se beijam e ali começam a confiar um no outro...
...***...
Atualmente no Brasil... Domingo à noite no aeroporto... Cecília despede-se de seus pais Joana e Renato...
— Filha, você tem certeza disso?
— Sim, mãe... Preciso espairecer... Distrair um pouco...
Seu pai abraçando-lhe.
— Só fico menos preocupado, pois você estará no mesmo hotel que a Letícia. Minha afilhada está bem?
— Sim, pai. Não se preocupe... Vou ficar perto dela... Ela está muito feliz e namorando. Vocês sabem como ela é. Decepcionou-se aqui, foi pra lá e ficou. — Diz Cecília sorrindo ao lembrar-se da amiga.
— Vontade de socar aqueles dois desgraçados que machucaram vocês duas. Porém, tenho mais ódio do Ramon, nesse momento.
— Pai, não faça nada, por favor. Letícia já superou e eu vou superar... Fiquem tranquilos quanto a isso.
— Não vou fazer. Viaje tranquila! — Diz ele beijando sua testa.
Sua mãe, chorando a abraça.
— Boa viagem minha filha...
— Mãe, não chore, domingo estarei de volta.
— Eu sei... Mas gostaria de vê-la feliz. Essa viagem era para ser motivo de felicidade e não de tristeza. Você está triste demais...
— Tire isso da mente de vocês, eu estou bem. Melhor ter acontecido agora. — Diz Cecília que ouve seu voo ser anunciado. — Meu voo... Preciso ir...
— Boa viagem, minha princesa. Cuide-se!
— Pai, sua princesa já tem 27 anos...
— Não vai deixar de ser nunca.
— Obrigada pai... Mãe pare de chorar, preciso ir.
— Parei, parei... Mande um beijo para minha afilhada, diga que estamos com saudades.
— Eu digo sim, mãe...
Cecília segue em direção ao embarque e joga um beijo no ar para eles.
— Amo vocês!
Eles sorriem... Quando ela se vira, chora imediatamente.
...***...
Na Itália...
Segunda... Pela manhã... 08h: 00min... Vitório deitado em sua cama com Letícia... Pergunta a ela:
— Meu amor, a que horas sua amiga chega?
— Ela viajou às 20h... Com sorte, serão quase 16 horas de voo... Vai chegar por volta das 12h, horário de Brasília e 17h, horário daqui...
— Perfeito! Ainda temos bastante tempo então.
— Você não vai trabalhar com o Vicente, hoje?
— Vou tirar o dia de folga com minha amada... À tarde podemos ir buscar sua amiga... Já que a semana não terá tempo pra mim.
— Seu bobo, claro que eu vou ter... Hoje apenas irei dormir no quarto com ela para matarmos as saudades e porque ela está sozinha você sabe.
— Sim. Tudo bem... Preciso te falar outra coisa.
— O que?
— Minha mãe chega amanhã... Depois de tanto tempo viajando pelo mundo afora.
— E?
— Quero que você a conheça, claro... Já estamos a quase oito meses juntos...
— Vitório, eu não sei... Seu irmão é muito gentil comigo... Mas se sua mãe não gostar de mim?
— Como não vai gostar? Linda, simpática, uma excelente arquiteta...
— Eu ainda não sei... Tenho minhas dúvidas. Se ela pensar que estou com você por interesse?
— Dona Gisela, não é tão ruim assim... Faz algumas besteiras... Mas quando ela souber que você está na equipe que é a responsável pelo próximo hotel, vai ficar entusiasmada...
— Será?
— Claro... Eu garanto! — Diz Vitório beijando-a.
...***...
Mais tarde... Na hora do almoço em um restaurante... Letícia chegando com Vitório.
— Olhe amor, seu irmão...
— Vamos até a ele.
Vicente os vê também.
— Irmão, cunhada... Sentem-se... Almocem comigo.
Vitório cumprimenta seu irmão com um abraço, Vicente beija a mão de Letícia e eles se sentam.
— Como você está Vicente? Já faz quase um mês que não nos vemos... Desde... Perdão ia falar besteira...
— Não tem problema Letícia... Desde que a Suzana terminou comigo e voltou para o Brasil, já sei...
— Não queria que se lembrasse dela... Quanto sono stupido! (Como sou burra!)
— Ei, não fale assim amor, meu irmão é um homem adulto.
— Vitório tem razão, fique tranquila!
— Desculpe-me de qualquer forma, Vicente...
— Vamos falar de trabalho, como anda a obra?
— Iremos fazer uma conferência amanhã, mas será algo rápido para finalizar algumas questões. Na quinta-feira, faço minha visita de rotina. A obra está quase pronta. Ai, caramba... Amor, eu esqueci completamente de avisar a Cecília que não vou poder sair com ela amanhã.
— Você faz sua reunião e depois se encontra com ela.
Vicente ficando curioso.
— Cecília?
— É uma amiga, cunhado... Chega hoje e vai ficar até sábado conosco no hotel.
— Ah... Sim... Que bom!
Letícia olha para Vitório e continua a dizer a Vicente:
— Ela também é arquiteta... Somos amigas desde criança e sempre fomos muito unidas... Eu trabalhava no escritório dela antes de vir pra cá...
— Ela vai gostar daqui.
— Você não quer conhecê-la?
— Melhor não cunhada... Não estou preparado pra conhecer ninguém ainda.
— Tudo bem, então... Desculpe-me fazê-lo lembrar-se novamente, mas preciso perguntar: Você ainda pensa em terminar de construir aquele hotel no Rio de Janeiro, a obra havia começado, não é?
— Sim, começou. Mas não dei andamento, por tudo que aconteceu. Demiti toda a equipe que estava ligada a Suzana e sinceramente não sei ainda se vou mandar alguém ou assumir essa responsabilidade de ficar a frente. Ela que estava negociando. Eu teria que voltar a morar lá por uns três a quatro meses para finalizar.
— Mas você não volta de vez em quando cunhado?
— Para visitar os outros hotéis. Fico alguns dias e volto. Porém morar, não está em meus planos. E não tenho outro motivo para isso... Toda minha vida está aqui. Já me adaptei. Voltar para o Rio de Janeiro, novamente, nesse momento teria que ser por algo mais importante que trabalho.
— Ok, cunhado. Vamos almoçar. Daqui a pouco vamos buscar Cecília, não é Vitório?
— Certo amore mio. (Claro, meu amor).
— Vitório, não faz isso... Seu irmão está presente... Você sabe que eu amo quando você fala assim...
Vicente rindo da cumplicidade dos dois.
— Cunhada, você é a melhor... Vamos almoçar...
— Vamos...
Os três riem e almoçam...
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Atualizado até capítulo 44
Comments
Maria Érika
uma escritora bilíngue? tô amando já kkk
2025-03-22
0
Andreia Oliver
torcendo pra eles se conhecerem e se apaixonarem
2022-08-07
6
Marlene Araujo
😍😍😍
2022-07-31
1