Capítulo 12

Passou uma semana desde que encontramos nossa lua, uma semana em que ela foi duas vezes com uma psicóloga, mas Sofia teve ataques de pânico ao narrar certas partes de sua vida e precisamos sedá-la, porque tanto eu quanto meus irmãos a acompanhávamos, já que o consultório fica na cidade, exatamente a duas horas de distância.

Também escrevi para o rei dos Alfas e sua lua sobre o que aconteceu com nossa companheira, porque não poderíamos deixar muito tempo passar, e foi por isso que no dia seguinte, depois de passarmos os três em seu quarto, eu me encarreguei de redigi-lo e não demorou muito para que ele me respondesse. Ele disse que viria em 8 dias, que se completam amanhã, e se eles disseram um dia, eles estarão aqui nesse dia. Portanto, hoje todos na mansão estão se preparando para dar as boas-vindas aos reis, e Sofia tem ajudado, embora muito contra nossa vontade, porque ela é a lua e terá outras obrigações, mas por enquanto, o que a faz ficar calma é bom para nós.

Já faz uma semana desde que estou aqui, meus ferimentos cicatrizaram assim que minha loba surgiu e agradeço por isso, já que não queria me ver no espelho. Hoje, a mansão inteira estava animada, pois o Rei dos Alphas e sua lua, que se tornará a Rainha de todas as luas, viriam pela primeira vez. O ponto é que amanhã eles estarão aqui e todos estavam enlouquecidos. Ofereci ajuda na preparação da comida, embora alguns homens não quisessem que eu fizesse nada. Mas cozinhar me relaxa e gosto muito disso, então pouco me importei que eles se opusessem. Finalmente, Romina os tirou da cozinha e sentou-se em um dos banquetas.

Romina: e então, cunhada, o que preparará para a comida?

Sofia: bem, eu estava pensando em fazer macarrão com queijo, um bolo de carne e talvez uma sobremesa. O que você acha?

Romina: hmm, mas terá que fazer muita comida.

Sofia: por quê? Não somos nós apenas.

Romina: não, também virão os guerreiros que não têm família, e como ainda não encontraram uma companheira para cuidar deles, nós fornecemos comida, embora não comam aqui. Alguns vêm, outros preferem comer com amigos e assim por diante.

Sofia: Ah, isso é muito bom, então farei o suficiente para todos. Você quer me ajudar?

Romina: eu sei que você pode fazer sozinha, eu sou péssima na cozinha.

Sofia: melhor ainda para mim. Anda, venha me ajudar, vou ensinar tudo para você.

Romina levantou-se da banqueta e vestiu um avental como o meu para não sujar sua roupa, ensinei-a a preparar macarrão e outras coisas mais, na verdade eu pensei que ela sairia correndo, mas ela me ajudou em tudo. Conversamos sobre a universidade em que eu entraria em três dias e também sobre o fato de que na universidade não só haviam lobisomens, mas também vampiros, bruxas, feiticeiros e outras espécies. Eu realmente fiquei surpresa, já que nem sempre seres sobrenaturais se juntam, mas Romina me explicou que na universidade era um território neutro, onde ninguém atacava ninguém e nem podia fazer magia, feitiços ou algo similar. Alguns mantinham distância e outros eram mais amigáveis.

Sofia: Isso parece ótimo, eu nunca convivi com outras espécies, mas imagino que não seja tão ruim.

Romina: Na verdade, não é, embora aqueles que mantenham a distância costumam ver os outros como se tivessem uma doença contagiosa.

Continuamos conversando sobre outros assuntos e logo a comida estava pronta, só faltava a sobremesa, então perguntei a Romina o que ela gostaria de preparar.

Romina: Que tal se fizermos duas sobremesas, um flan napolitano e uma torta de bolachas – disse com um grande sorriso no rosto e eu juro que, se não soubesse que ela está tramando algo, estaria correndo agora.

Sofia: Okay.

Pegamos os ingredientes e começamos a preparar as sobremesas; na verdade, nenhum deles era complicado, então eventualmente eu terminei de fazê-los, já que Romina recebeu uma ligação e voltou para o banquinho. Depois que terminei, limpei toda bagunça que tinha feito e vi no relógio na cozinha que já faltava pouco para a hora do almoço. Sinalizei para Romina que eu iria tomar banho, e ela cobriu o celular com a mão.

Romina: Claro, me ligue se precisar

Balancei a cabeça afirmativamente e saí da cozinha em direção ao meu quarto no terceiro andar. Estava quase chegando ao segundo andar quando senti o aroma de René, respirei fundo novamente e o cheiro delicioso que me deixa louca e também a Nala me invadiu.

René: Oi, minha lua, hoje você está mais bonita do que ontem.

Sofia: Oi, René, fico feliz em te ver.

René: É mesmo?! Também fico feliz em te ver e te cheirar, você cheira tão bem.

Tentei com todas as minhas forças não pensar em lembranças dolorosas, mas era impossível - dei um passo para trás e, claro, ele notou que me afetou.

René: Me desculpe, não quis dizer... é que juro que não sabia… Merda!! Me desculpe, não quis te incomodar.

Sofia: Desculpe, não foi culpa sua. Eu que não deveria agir assim quando meu companheiro me diz essas coisas. Mas não posso evitar que tenha memórias horríveis.

Rene: Não tenho nada a te perdoar, prometo não dizer coisas assim novamente, apenas quero que você fique bem.

Sofia: Vou para meu quarto. Nos vemos em alguns minutos na sala de jantar.

Subo as escadas que faltam para chegar ao terceiro andar e assim entrar no meu quarto. Entro rapidamente e fecho a porta atrás de mim com a tranca, retiro minha roupa, ficando apenas de lingerie, e vou para o banheiro, tomando um banho rápido já que logo será hora do almoço.

Assim que termino meu banho, vou para o guarda-roupa e procuro algo confortável, mas ao mesmo tempo casual para o resto do dia. Uma vez que coloco minha roupa interior, me visto e arrumo meu cabelo, que é castanho.

Ao me olhar no espelho de corpo inteiro, posso ver como meu corpo mudou desde que Nala apareceu. Se antes tinha seios tamanho B, agora sou tamanho C, cintura média, quadris largos e com um bumbum bem grande, já que meu bumbum também cresceu. Minhas pernas são um pouco largas, mas tonificadas. Sinceramente, daria qualquer coisa para não ter esse corpo, que só fez com que aquele maldito abusasse de mim tantas vezes quanto ele quis.

*** Continua... ***

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