Capítulo 11

Sofía:

POR FAVOR, NÃO ME TOQUE!

-Cale a boca, maldita cadela, ou eu te bato até você desmaiar, para que eu possa ter você sem seus malditos gritos.

SOCORRO, POR FAVOR, VOCÊ ME MACHUCA, ISSO DÓI!

Levanto abruptamente, chorando pelo sonho ou pelas lembranças das vezes em que Gustavo me estuprava. A porta se abre com força e vejo meus amigos correndo em minha direção. Sem se preocupar com as minhas lágrimas, me abraçam e, pela primeira vez em tanto tempo, sinto segurança. Coloco minha cabeça no peito de Ramses e continuo chorando, incapaz de parar.

Rene: Calma, minha lua, foi só um pesadelo.

Sofía: Não são pesadelos. São memórias que não consigo tirar da minha cabeça - digo em meio às lágrimas.

Ramses: Você ficará bem. Estamos aqui e nada vai machucá-la. Vamos cuidar do seu sono.

Ambos me seguram pelos dois lados do corpo. Não me sinto desconfortável ou mal ao estar no meio dos dois, ao contrário, como disse, me sinto segura e protegida. Levanto o olhar e vejo Romina e os pais dos meninos no quarto, mas eles só observam e não dizem ou fazem nada.

Passam alguns minutos e começo a me acalmar, e ambos os soltam, mas ainda permanecem perto de mim.

Rene: Minha lua, você acha que pode voltar a dormir? - Movo minha cabeça negando - Que tal se eu e meu irmão ficarmos com você?

Sofía: Romina pode ficar também? Claro, se ela não se importar.

Romina: Não me importo. Prometi que ficaria com você e seria sua amiga.

A Sra. Esther e seu marido, cujo nome ainda não sei, deixam o quarto depois de me dizerem que estão à disposição se eu precisar de alguma coisa. Uma vez que fecham a porta, Romina se aproxima da cama e, como ela é bem grande, se mete entre René e eu, fazendo com que seu irmão solte um rosnado por tê-lo afastado de mim.

Romina: Não rosne para mim! Risto, porque eu te dou um chute no traseiro.

René: estávamos curtindo a nossa lua de mel.

Romina: Eu sei - diz dando de ombros - O que acham se jogarmos às 10 perguntas?

Ramsés: você quer jogar com minha lua?

Sofia: Será divertido e eu poderia esquecer essas memórias por um momento.

Romina: Ok, René começa e todos devem responder, depois eu começo e assim por diante.

René: Qual é o filme que vocês mais gostam?

Sofia: Nárnia e o Armário Mágico.

Ramsés: Velozes e Furiosos.

Romina: Cinquenta tons de cinza.

René: Isso é sério? Você é muito nova para ver esses filmes.

Sofia: Eu nunca assisti a eles.

Romina: Eu não acredito! Mas eles são incríveis e mais com Jamie Dornan, que interpreta o Christian Grey e seu quarto vermelho, sem dúvida, teremos que assistir um dia.

R / R: Isso não vai acontecer.

Romina: Não sejam ciumentos, é apenas um filme.

Ramsés: Nós dissemos que não e você também não deveria assistir a esses filmes.

Romina: Meu Deus, eu já assisti a todos eles e mais de 20 vezes, e o que dizer dos filmes de 365 dias, estes sim estão quentes.

Sofia: Podemos continuar por favor?

René: Eu gosto do Grinch.

Seguíamos fazendo perguntas sem sentido que, de vez em quando, faziam com que opinássemos além da conta, como com os filmes, mas eu me divertia vendo as caras dos meus amigos quando minha irmã dizia coisas que não pareciam certas para eles ou que tinham um duplo sentido.

Renê: Certamente te levaremos a um convento e você ficará para limpar a sua alma pecadora.

Romina: Certamente eu deveria ter nascido como um demônio e ser o demônio do desejo para que tudo na minha vida seja pu… - Romina ficou em silêncio ao perceber onde a conversa havia chegado. - Sinto muito, Sofi, não deveria ter dito isso.

Sofia: Não se preocupe, estou bem, não me sinto desconfortável e não sei se é por causa deles - apontou para meus amigos - que estão aqui e estão usando seu aroma para me tranquilizar, ou falar sobre isso não incomoda.

Ramsés: Estar com sua companheira ajuda a ter estabilidade em todos os sentidos, com sua companheira nunca vai se sentir desconfortável, sempre será o oposto. Nós, que estamos aqui com você, nos sentimos completos e felizes, também sentimos paz e nossos lobos estão ronronando apenas ouvindo você falar.

Conversamos por mais um tempo e, aos poucos, comecei a sentir muito sono. Eles foram buscar alguns colchões infláveis e cobertores para que apenas Romina e eu ficássemos na cama, enquanto eles se colocaram dos dois lados da cama, já com os colchões inflados e seus cobertores. Desejaram-me boa noite e, assim que Romina adormeceu, ela colocou o braço em minha cintura e eu caí nos braços de Morfeu.

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