Capítulo 20

Sofia: meu amor – digo a Renê, que está ao meu lado esquerdo – o voo vai levar muito tempo?

Renê: não, minha lua, serão no máximo 5 horas e meia. Se quiser, pode dormir e, quando chegarmos, vamos jantar, o que acha?

Não chego a responder, pois o piloto anuncia que estamos prestes a decolar e que devemos colocar nossos cintos de segurança. Ramsés se vira para mim, coloca meu cinto e rouba um beijo.

Devo dizer que estou muito nervosa, pois nunca havia viajado antes. Tento me manter calma para que meus rapazes não percebam. Assim que estamos no ar, as comissárias de bordo que vi anteriormente chegam aonde estamos.

X: Boa tarde, Alphas. Desejam algo? – diz uma delas, ignorando-me completamente.

Renê: Não, obrigado. Estamos bem.

X2: Bem, se vocês quiserem, podemos servir o que quiserem.

Ramsés: Meu irmão já disse que não – se vira para mim e relaxa sua expressão, já que ambos parecem muito sérios – minha lua, você quer algo?

Sofia: Não, meu amor, estou bem, só quero dormir um pouco.

Renê: Retirem-se, nossa lua quer descansar.

Ambas as mulheres, que não parecem ser mais velhas que meus rapazes, saem, mas não sem antes me matar com o olhar.

Ramsés: Venha, minha lua, sente-se em mim e durma.

Sofia: Aqui posso fazer isso.

Ramsés: Eu sei, mas gosto de tê-la em meus braços. Além disso, você está muito nervosa e não conseguirá dormir bem.

Eu volto a olhar para Rene, que está no computador e devo dizer que não percebi quando ele o pegou. Ele me olha e diz para eu prestar atenção e descansar.

Eu solto meu cinto e levanto do meu assento, sentando sobre as pernas de Ramses, deixando minhas pernas pendurando de um lado. Ele envolve minha cintura e eu coloco minha cabeça em seu peito, fechando meus olhos e deixando-me levar pelas carícias que Ramses faz em meu cabelo, adormecendo profundamente.

Ramses e Rene:

Vemos como Sofia adormece em meus braços. Me viro para ver Rene, que parece demasiado sério para ele.

Ramses: O que está acontecendo? Por que está com essa cara?

Rene: Eu não gostei nem um pouco que as sobrecarga ignoraram a Sofia. Ela é nossa lua e deve ser respeitada.

Ramses: Bom, você deveria ter pensado nisso antes de se envolver com elas. Eu sempre disse que você deveria escolher bem as mulheres com quem se relacionava.

Rene: Eu sei e agora me arrependo. Acho que o melhor é falar com elas, o que você acha?

Ramses: Não, se Sofia acordar e te ver com elas, não quero nem imaginar como ela se sentiria. Então, não é uma opção.

Rene fica quieto e continua o trabalho, enquanto eu desfruto da companhia de minha lua.

Ramuel: Ela é tão fofa e estou feliz que ela não se lembre de nada, e nós podemos ficar assim com ela.

Ramses: Você está certo, agora ela é tão carinhosa e nos permite ficar com ela e aproveitar seus lábios doces.

Ramuel: Eu já quero montá-la e deixar nossos filhotes em seu útero.

Ramsés: Mas temos que esperar até que ela esteja pronta. Apesar de ela não se lembrar de nada, sabemos que ela não é mais virgem e não sabemos o quanto isso vai afetá-la ao perceber que não fomos os primeiros. Embora tenha descoberto que algumas mulheres não sentem dor ou sangram na primeira vez, acho que com a gente ela vai sentir dor de qualquer jeito.

Ramuel: A verdade é que a deusa nos providenciou muito bem lá embaixo, então veremos o que acontece quando chegar a hora.

Fechei o link com meu lobo e fechei meus olhos, desfrutando do aroma da minha lua e adormeci com ela em meus braços.

Sofia:

Acordei e vi que Ramsés também estava dormindo, virei para ver Rena, mas ele não estava em seu lugar. Levanto-me devagar e vou para o corredor onde vi as comissárias entrarem. É lá que o vejo com aquelas duas mulheres agarrando seus braços, e embora ele tente afastá-las, elas continuam tocando-o. Vou até elas e fico atrás delas.

Sofia: Têm dois segundos para soltar meu companheiro, se não quiserem cair deste avião.

As duas mulheres viram para me ver e Rena se coloca na minha frente, me segurando pela cintura e olhando nos meus olhos.

Rena: Não estava fazendo nada, eu juro, minha lua.

Sofia: Vi o suficiente, não se preocupe. E vocês duas - saí do abraço de Rena e as olho - não pensem em tocar em nenhum dos dois, porque vão se arrepender. Ficou claro?

X: Já tocamos e fizemos muito mais do que isso muito antes de você, querida.

Sofia: Espero que tenham desfrutado, pois isso nunca mais acontecerá.

Ela pega a mão de Rene e vamos até onde Ramses está, com um sorriso no rosto. Quando chegamos perto, ele me coloca em seu colo e me beija antes que eu possa dizer qualquer coisa. Nós nos separamos e ele me olha.

Ramses: Gosto que defenda o que é seu, mas não gostei de acordar sem você.

Rene: Lamento muito que tenha visto e ouvido isso, meu amor.

Sofia: Bem, essa não estará na minha lista de coisas favoritas. Não se preocupem com o que fizeram antes de mim. Não quero reclamações de amantes despeitadas.

Ramses: Não acontecerá. E você sabe que, desde que te encontramos, é só você e ninguém mais, minha lua.

Rene: Isso mesmo. Desde que te encontramos, não vemos mais nenhuma outra mulher. Só você, minha lua.

Sofia: Tudo bem. Agora, você – aponta para Rene – tome um banho ou não se aproxime de mim porque você cheira a outras.

Ramses ri e Rene apenas o fulmina com o olhar, mas vai tomar um banho. O jato tem um chuveiro, embora não seja muito grande, mas funciona para esses casos. Uma vez terminado, ele volta para onde estamos, mas me tira das pernas de Ramses e me coloca nas dele, colocando o rosto em meu pescoço.

Uma hora depois, já pousamos e vamos até as caminhonetes que nos esperam. Vamos para o hotel onde Ramses fez as reservas.

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