Capítulo 10

Rene e Ramsés:

Depois de ver a lua ir embora junto com a minha irmã, nós fomos com nossos pais para o escritório. Ao chegarmos, nos sentamos na sala que havia e o primeiro a falar foi meu pai.

Pai: Bem, filhos, agora que encontraram suas almas gêmeas, devem abandonar suas vidas de playboys e estar atentos ao que elas precisarem, pois se continuarem assim e se envolvendo com todas as mulheres que aparecerem na frente, suas almas gêmeas sofrerão com a traição de vocês.

Rene: Pai, nós não nos envolvíamos com todas as mulheres que apareciam na nossa frente - ele leva a mão ao peito e fala como se tivesse sido ofendido - eram elas que precisavam da nossa atenção.

Esther: Ah, claro, e vocês são tão complacentes que não podiam dizer não.

Ramsés: Bem, mãe, você sempre nos disse para sermos educados e não machucar nenhuma mulher, não podíamos deixá-las sofrer por não estarem conosco.

Esther: Ah, que filhos tão educados eu tenho então - ela diz com sarcasmo - seu pai falou sério e é bom que não façam nada que possa machucar ainda mais suas almas gêmeas, porque eu juro que corto fora, fui clara?

R/R: Com a água, mãe.

Pai: Bem, agora devemos fazer o possível para que ela esteja protegida na universidade, sem que perceba que está sendo protegida, o que menos queremos é que ela tenha medo.

Rene: Podemos fazer com que duas de nossas melhores guerreiras, assim como minha irmã, estejam sempre com ela, mas sem que saiba que estão sendo protegidas.

Esther: Seria uma boa ideia, mas mais à frente, quando ela estiver melhor, podemos falar sobre isso.

Pai: Outra coisa que precisamos saber é quem é o desgraçado que a machucou tanto e fazer com que o Rei Alpha cuide dele e de sua alcateia.

Ramses: A Rainha Lua não ficará nada contente com isso e tenho certeza de que o filho da mãe terá um final desagradável.

Rene: É verdade, os reis podem ser um pouco cruéis com quem merecem.

Esther: Então vocês devem escrever uma carta e pedir a presença deles o mais rápido possível para que isso seja resolvido rapidamente.

Continuamos conversando sobre outras coisas e em pouco tempo nossos pais saíram e apenas meu irmão e eu ficamos.

Rene: Risto, você conseguiu falar com a loba de nossa lua?

Risto: Sim, ela se chama Nala — suspira apaixonado — ela lamenta não ter saído antes para ajudá-la para que aquele desgraçado não a machucasse.

Rene: Eu a entendo, mas agora só podemos ser pacientes e isso também vale para você, deve controlar seus impulsos para querer marcá-la, devemos dar a ela tempo.

Risto: O que for necessário para que sua portadora esteja bem.

Ramses: Rene, estou te falando!

Rene: Desculpe, estava falando com Risto. Ele conseguiu falar com a loba de Sofia, chamada Nala, que lamentou não ter estado lá para defender nossa lua.

Ramses: Eu também lamento isso, se a tivéssemos conhecido antes nada teria acontecido.

René: Eu sei, mas "ele teria" não existe e agora é hora de apoiá-la. Como faremos para estar perto dela, mas ao mesmo tempo longe dela?

Ramsés: Bem, acho que devemos nos aproximar dela aos poucos. Podemos começar com pequenos gestos, como trazer café da manhã na cama, surpreendê-la com pequenos presentes, fazê-la se sentir bonita, mas sem deixá-la desconfortável. E acima de tudo, estar lá para ela quando ela precisar.

René: Você não é meu irmão! O que você fez com meu irmão rabugento que agora é todo amor?

Ramsés: hahaha engraçado. Pela minha lua, farei o que for necessário para vê-la bem e sorrindo.

René: Eu sei, eu faria o mesmo por ela e mais ainda. Sem dúvida, ela é a melhor coisa que nos aconteceu em todos esses anos.

Ramsés: Agora, que temos a mesma companheira, devemos aprender a compartilhá-la, sem rivalidade, sem comparações de quem passa mais tempo com ela.

René: Pode ser só coisa minha, mas não sinto inveja quando você olha para ela. Sinto que não haverá nada disso entre nós, apenas precisamos fazer o que ela precisa e nossa relação se formará com o tempo.

Ramsés: Eu também não sinto inveja de você, então tudo bem. Agora, precisamos dividir as responsabilidades da matilha e das empresas para podermos passar o mesmo tempo com ela ou estar juntos com ela.

Nós concordamos em tudo o que deveríamos fazer e não fazer para cuidar da nossa lua sem deixar de lado nossas responsabilidades. Também acordamos que não importava quem desse mais detalhes, o importante era que ela se sentisse amada em cada momento, mas que não deveríamos pressioná-la.

Fomos para nossos quartos que estavam convenientemente localizados dos dois lados do quarto da nossa lua, assim ambos poderíamos cuidar dela caso precisasse de algo. O corredor dos nossos quartos cheirava a ela, seu perfume era a coisa mais deliciosa que podia existir. Eu inspirei novamente para levar seu aroma para o meu quarto e poder dormir com ele, mesmo que ela não estivesse ao meu lado.

Ramuel: Ela cheira tão bem, eu gostaria de estar abraçado a ela e velando seu sono agora.

Ramses: Eu sei, é por isso que eu pedi para a Romina levá-la para esse quarto, assim poderíamos estar mais perto dela. Precisamos ter paciência, não perca o controle.

Ramuel: Não vou perder. Vamos esperar ela estar pronta para nós. A Nala também está nos apoiando, para ajudar a lidar com isso.

Ramses: Fico feliz que vocês possam conversar com ela. Se souber algo sobre nossa lua, não hesite em me contar.

Ramuel: Pode contar comigo.

Uma vez em meu quarto, fui até minha escrivaninha e peguei uma folha de papel, uma caneta e escrevi para minha lua desejando boa noite e que estaria disponível para ela, não importando a hora, dobrei a folha em quatro e saí do meu quarto. Me aproximei da porta dela, mas vi que não fui o único a ter essa ideia, pois meu irmão também se aproximou. Agachamos juntos e deslizamos as folhas debaixo da porta dela. Então nos levantamos e caminhamos até nosso quarto.

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