Depois do almoço, Alexandre procura saber do motorista Gino, onde mora dona Ana, Gino informa, que a levou dona Ana algumas vezes para casa, dizendo que pode levar Alexandre até o endereço, dirige cerca de um hora é meia, chegando no bairro descem do carro e andam por uma rua estreita de calçamento irregular a procurar a casa de muro alto, com portão pintado na cor vermelho, Gino tinha lembrado que das vezes que a deixou na rua, foi em frente a tal casa, vendo de longe algumas senhoras conversando e avista uma senhora, que parece ser dona Ana, Gino acena para a senhora, que acena de volta, que quando ver Alexandre vem ao seu encontro, com surpresa por vê-lo no bairro.
Dona Ana estende mão e cumprimentado Alexandre, com um alegre boa tarde, perguntando, se ele está procurando algo no bairro? Alexandre a cumprimenta e segura a mão de dona Ana, dizendo, que foi até o bairro procura-la e que todos estão sentido sua falta em casa, e depois que a senhora decidiu deixar a casa, ir embora, a Beatriz foi a primeira a conversar comigo me fazendo entender, que fui injusto com a senhora e a Pâmela ficou muito zangada comigo, disse que a senhora é como uma mãe para ela, que cuidou dela desde de que perdeu a mãe e quer não consegue ficar naquela casa, sem a senhora.
Então vim pedir desculpas para a senhora e pedir que aceite voltar e também levar a Ana Vitória para morar na propriedade, mas não quero, que a senhora e Ana Vitória voltem como funcionárias, mas sim como parte da família, quero que minha irmã tenha, o que ela não teve até agora, ela vai ter o que lhe é de direito, vai ter tempo para se dedicar aos estudos e não mais se dividir entre trabalho e faculdade e quando terminar a faculdade se quiser vai trabalhar em um dos hospitais do grupo.
Vou dar o tempo que precisar para a senhora pensar e decidir, se aceita minha proposta, espero que a senhora e a Ana Vitória aceitem, e assim me dê a oportunidade de corrigi uma injustiça, que foi cometida há anos atrás por meu pai e também por a senhora, com minha irmã a Ana Vitória.
Chamando Gino, diz que ele ficará a disposição de dona Ana, assim que ela decidir e ligar e o motorista vêm buscá-las .
Alexandre se despede de dona Ana, que promete pensar, mas que só irá se a filha também decidir ir.
Alexandre abraça dona Ana , que é recíproca ao abraço.
Em casa Beatriz e Pâmela aguardam o retorno de Alexandre, ansiosas para saber se dona Ana aceitou o pedido de desculpas e se vai voltar a trabalhar na casa.
Alexandre chega e encontra as duas na sala principal, Pâmela deitada no sofá com o celular nas mãos conversando com um colega da escola e Beatriz lendo alguns papéis, que a secretaria enviou do escritório, pois precisava se atualizar sobre os últimos movimentos da empresa é do setor nos dias que ficou ausente.
Alexandre ao entrar chame a atenção dos olhares das duas, ele olha caminha até Beatriz, pois a claridade, que ainda resta do dia possibilita ele ver- lá ,como o que tem da visão , dar- lhe um curto beijo na boca e olhando para Pâmela que eufórica pergunta como foi a conversa com dona Ana?, ele diz que fez o que pode e conversou com dona Ana, que agora só restava a eles aguardar a resposta de dona Ana. Pâmela diz que torce para elas aceitarem a proposta do pai, que se elas não aceitarem, ela não vai perdoar o pai. E saí da sala deixando Alexandre e Beatriz.
Beatriz diz para Alexandre que tem certeza que elas vão aceitar , que logo elas estarão morando ali na propriedade e voltar a olhar para os papéis em suas mãos, deixando o marido, intrigado, que pergunta.
Alexandre pergunta a Beatriz, que papéis são aqueles que ele está vendo e ouvindo que ela está manuseado, que estão prendendo tanto a atenção dela?
Beatriz diz, que solicitou, que a secretaria enviasse alguns relatórios e documentos , que precisa para saber, o que aconteceu no setor de segurança e no escritório, nos dias que ela esteve ausente, pois precisava se informar sobre as mudanças ocorridas durante os quase sessenta dias, que está longe da empresa.
Alexandre pergunta, se ela pretende volta e a trabalhar como antes?
Beatriz fica sem saber o que dizer, pois pretende voltar a trabalhar e retomar as atividades que exige seu cargo, pois já começava a sentir falta do trabalho, estava acostumada aquele ritmo louco, como diziam alguns do seu trabalho, que era a sua vida.
Alexandre permanece em silêncio esperando a resposta dela.
Beatriz diz, sinceramente não sei, sei que vou voltar a trabalhar o quanto antes.
Alexandre diz, que não casou para ficar só, casou para ter uma esposa e uma mãe para a filha, que ela tem que abrir mão de certas coisas, para conciliar a vida de um mulher casada, não pode ficar viajando, se hospedando em quartos de hoteis a maior parte do tempo.
Beatriz percebe, que talvez não tenha esclarecido para Alexandre algumas coisas antes de aceitar casar.
E fala em tom áspero e revoltada, que não imaginou que Alexandre pensasse, que ela ia abandonar a sua carreira e tudo que trabalhou anos para conseguir.
Você não pode está a falar sério, não vou deixar de trabalhar para ficar em casa o dia todo sem fazer nada, esperando você chegar do hospital ou seja lá de onde for, quando sair para resolver algum negócio, não justifique o seu machismo usando a Pâmela, a tenho como uma filha e muitas mulheres trabalham e são mães, uma trabalhar não impede as mulheres de serem mães e prossegue.
Alexandre você não casou com uma dondoca e você sabia disso, desde de que me conheceu, pois nos esbarramos devido a minha pressa para não chegar atrasada a uma das muitas reunião, que meu trabalho exigia.
Alexandre senta no sofá e diz que não casou com uma máquina, que trabalha no automático, se ela pretendia trabalhar doze horas por dia, dias úteis e feriado, casou com ela por que ela tem sentimento e emoções, que fez ele descobrir ser capaz de amar novamente, mas que está começando a ver que isso pode ter sido um engano .
Beatriz perde o chão com a enxurrada de palavras, que acabará de ouvir
Não sabe o que está acontecendo com ela, pois não é de chorar, quando ouve palavras duras, se fosse não tinha conseguido chegar a ocupar o cargo de chefia que ocupava. Tentar controlar as lágrimas, que teimosamente escapam dos seus olhos.
Ela levanta de onde está sentada, e diz com raiva, entre dentes e lágrimas.
Você pode não ter sido o único, que cometeu um engano e sai da sala pisando firme, com muita raiva, praticamente sobe as escadas correndo.
Alexandre fica onde estava sentado no sofá, com as costas recostada, fecha os olhos põe as mãos com os dedos entrelaçados atrás da cabeça na nuca e pensa, o que diabos está acontecendo, o que eu fui dizer. Fica assim por algumas horas até que Gino, o motorista o chama, para informar, que dona Ana ligou para dizer, que voltará para a propriedade amanhã e que a filha aceitou vim também.
Alexandre agradece a Gino, por ter ido avisar.
Gino sai da casa e volta para a garagem onde ficam os carros.
Um das funcionárias da casa, um das que ajudava dona Ana nos afazeres da casa, entra na sala para avisar, que o jantar está para ser servido, assim que o senhor ou a senhora desejar.
Alexandre pede para que a funcionária avise a Beatriz e a Pâmela, que estão no andar superior, que o jantar vai ser servido.
A funcionária retorna e diz que a senhora Beatriz disse que não irá jantar e que a senhorita Pâmela já está descendo. Alexandre segue para a sala de jantar e encontrar Pâmela, que o abraça e pergunta , se só os dois que irão jantar, o pai responde de maneira breve, que sim.
Durante o jantar Pâmela falava e o pai respondia por monossílabas, o pensamento estava em Beatriz.
Alexandre terminou o jantar e disse que dona Ana aceitou voltar e que a irmã a partir do dia seguinte moraria também na casa e logo depois pegou a bengala e se direciona para a escada, sobe para o quarto, pois estava cansado.
Alexandre entra no quarto abrindo a porta devagar, para não acordar Beatriz, caso esteja dormindo, se aproxima da cama e sente a respiração calma de Beatriz, deitada na cama, o lençol sobre a cama não cobre seu corpo, deixando amostra a camisola preta transparente, com detalhes em renda, que mostrava de maneira discreta, mas sensual as curvas do seu corpo.
Alexandre admira, aquela mulher deitada em sua cama, conhece sua esposa com o desenhar das pontas dos dedos e com o que sua visão permite enxergar, ela tem traços delicados, rosto de expressãoes, que falam, quando está zangada, triste ou alegre, ela não precisar pronunciar palavra alguma, o rosto fala por ela.
Fica alguns minutos tentando entender o que os levou a discutirem ao ponto de se desentenderem, pois acha que está correto em querer mais tempo ,para ficarem juntos, como uma família.
Vai ao banheiro toma banho, saindo do banheiro percebe está mais escuro do que costuma enxergar, a noite a visão dele fica quase nenhuma.
Senta na cama, deita e com os olhos fechados, fica horas pensando nos últimos acontecimentos, a vida nos pega peças e nos redireciona para novos caminhos.
Beatriz se move na cama colocando seu braço sobre o tórax de Alexandre, que segura sua mão com carinho e termina por adormecer sentindo, que não pode deixar que ela se afaste dele.
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Atualizado até capítulo 66
Comments
Luci Marques
muito interessante!
recomendo!!!!
2022-07-28
2
Marcia Cristina Firmino
estou amando
2022-07-25
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