Beatriz entra no quarto, que tem uma cama grande de casal, um armário vai do chão ao teto , uma poltrona de descanso, dois abajures um em cada lado da enorme cama, tapetes no chão combinando com todo o resto, um banheiro com banheira.
A banheira estava preparada para o banho, ela tirou a roupa, estava precisando mesmo de um banho e entrou na banheira com cuidado deixando o pé imobilizado para fora, riu da situação, ali nua em uma banheira com uma perna pendurada para fora, fechou os olhos e ficou ali por alguns minutos, quando sentiu algo nos seus ombros e abriu os (olhos) assustada, duas mão estavam sobre os seus ombros, ouve a voz inconfundível do Alexandre, calma só vim avisar, que o almoço está sendo servido, ela levanta rapidamente colocando as mãos sobre a sua nudez, dizendo para ele, você não tem o direito de invadir a minha privacidade dessa maneira.
Alexandre chega perto dela, o suficiente para saber se ela está coberta com uma toalha, que cubra o corpo e sente, que ela esta tremula e fala com voz suave,eu não quis assustar-la, prometo que isso não vai mais acontecer, mas você precisa saber. Mesmo que seja meu desejo vê-la inteiramente nua, não posso ver como quero, quero acariciar e beijar cada centiminturos do seu corpo, mas não o farei até que você queira, que eu o faça. E saiu do banheiro dizendo espero você na sala de jantar.
Beatriz se arrumou como se estivesse tomado algo, que a deixou dopada, os seus pensamentos e sentimentos estavam confusos, desceu e os encontrou sentados à mesa, só a aguardando para começar a servir o almoço, durante o almoço poucas palavras forma trocadas e eles evitaram o máximo, que puderam se falar diretamente, ela elogiou a refeição, estava tudo delicioso.
Depois da refeição Alexandre, como para desfazer o clima pesado, que se instalou entre os dois, a convidou para sentarem lá fora no jardim, com a filha para conversar e se conhecerem melhor, ela acompanha-os, ele não parece cego, andar com desenvoltura e segurança, a Pamala pega o olhar dela sobre o pai e diz que Alexandre sabe exatamente onde fica cada vaso, cada mesa, onde cada objeto foi colocado, sabe exatamente onde pisar, Alexandre vira cabeça na sua direção e confirma, que desenhou um mapa mental na sua memória da propriedade, da casa,como também do hospital, com cerca de 40% da visão, mas que não lhe dá a segurança que precisa para entrar em uma sala de cirurgia, e fala de maneira amarga, a filha segura sua mão, beija o seu rosto e diz, pai o senhor ainda pode fazer consultas e atender os seus pacientes, o que ele retruca, isso é bom, mas não o suficiente para mim e você meu anjo sabe disso.
Beatriz olhando para os dois ali, naquela cena familiar, sente um aperto no peito e fala com voz terna, Pamala tem razão, mesmo que não seja o suficiente para você no momento é o que tem, para ajudar outras pessoas. Tenho certeza que pode fazer muito pelos, que precisam de um médico com o seu conhecimento. Ele olha na sua direção e diz com voz calma e vibrante, vou pensar sobre isso, agora qual de vocês duas querem-me levar para dar um passeio a cavalo, a Pamala se candidatou a acompanhar o pai, Beatriz ri e diz acho isso sim é muito perigoso, para uma pessoa com o pé imobilizado e outra cega, naquele momento arrependeu-se do que disse, Alexandre discordou e disse a rir, quem tem que saber para a aonde vai é o cavalo não eu e no mais a minha guia é experiente e abraçou a filha, e continua, agora para você realmente é perigoso, pois pode fraturar o outro tornozelo. Eles saem a conversar e rindo e ela fica ali no jardim por mais algum tempo percebe que não olhou o relógio e nem os demais aparelhos, que até então eram como extensões do seu corpo, essa constatação faz ela se sentir bem com ela mesma, como não imaginou que se sentiria.
Com ajuda das muletas, que Alexandre havia providenciado, vai até à cozinha, onde encontra dona Ana e duas outras mulheres, apresentadas como os braços de dona Ana, pois segundo essa, elas faziam tudo para manter a casa organizada, como Beatriz estava vendo. Dona Ana a leva até uma saleta onde tem uma varanda ampla, que dar para os jardins, elas se sentam e em seguida uma das mulheres, que estava na cozinha vem trazer um refresco para elas, que estão a conversar sobre jardinagem, quando Beatriz resolve fazer algumas perguntas sobre o proprietário da casa, começa cheia de dedos, receosa de ser interpretada de forma errada, pergunta como Alexandre perdeu a visão, dona Ana diz que foi em um acidente de helicóptero, em que a esposa do Alex morreu, prossegue com voz tomada pela emoção, que a Manuela era uma mulher linda, elegante, atenciosa e gentil com todos, que foi uma tragédia que causou grande tristeza, que abalou a todos e que a Pamela era bem pequena, por isso não sentiu muita a falta da mãe. Dona Ana alerta Beatriz para não estreitar os laços com a menina, se não deseja ficar na vida deles, pois desde do acidente ela é a primeira mulher, que o Alexandre leva para casa e para conhecer a filha, que se for para se aproximar de Pamela para depois a abandonar isso a fará sofrer e isso ela não vai permitir.
Beatriz diz, que não pretende magoar quem quer que seja e que jamais, faria algo para magoar a menina.
Ouvem vozes, são os dois que já estão de volta, estão a conversar e rindo alto na sala da entrada da casa e dona Ana segue para lá, deixando Beatriz atordoada com tudo que ouviu.
CAPITÚLO V
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Atualizado até capítulo 66
Comments
Edmeia Calmerio
espero que ela restaura a alegria deles,
2023-09-28
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Lena Macêdo E Silva
bem foi ele quem a levou para cada dele por sua conta e risco além de invadir o espaço dela apesar de que desde do esbarrão ela está parecendo uma marionete nas mãos dele parece não ter vontade própria e estar se deixando ser manipulada já vivia no automático agora estar sendo manipulada🤦
2023-06-15
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