Um ano depois, o orfanato foi fechado. Descobriram todas as crueldades da diretora que fugiu.
E Daniel, agora Pedro, foi transferido para um orfanato na capital, um lar mais decente.
PASSEIO NO PARQUE
Em um passeio que as crianças do orfanato faziam pelo parque, Pedro reconheceu o lugar. Chorou muito. A todo o momento vinham fleches na memória daquele local, principalmente de uma pedra de médio porte.
Pedro se via sobre ela brincando com seus irmãos e seus pais. Subiu na pedra e tentou lembrar-se de mais algum detalhe, mas foi inútil. Chorou sentado naquela pedra durante o tempo que esteve ali. Era bom estar em um lugar familiar, isso lhe trazia esperança.
Monitora do orfanato: vamos Pedro, já é hora de voltar para o orfanato.
Pedro: já vou.
Naquele instante, seus pais chegavam ali. Desde o dia que souberam da suposta morte de Daniel, passaram a visitar a pedra, pois era o lugar que o filho mais gostava de ir no parque. Sempre pedia para que os pais o levasse ali. Eles observavam de longe as crianças do orfanato
Valéria: Hoje tem uma criança na pedra. Comenta Valéria.
Miguel: Eu espero ela partir, tenho que estar naquele lugar. Quando Pedro se levantou para ir embora, eles viram semelhanças com o filho.
Monitora do orfanato: Venha logo menino! Chamou novamente a monitora.
Pedro: Já vou senhora. Respondeu ele fazendo o mesmo gesto de quando era criança para descer da pedra, e se foi correndo para junto das outras crianças.
Miguel: Viu Valéria parecia até nosso filho... Falou Miguel sentindo o coração disparar. Os dois se espantaram com tanta semelhança, mas de nada desconfiaram.
Mesmo após aqueles anos, Miguel e Valéria mantinham viva a lembrança do filho. Valéria sentia falta do filho, porém já não sofria tanto como o marido.
Após o incidente, Miguel passou a viver para Guilherme, Alice e Mariana. Redobrou seus cuidados com eles. Todos se espantavam com sua nova personalidade. Miguel passou a ser agressivo com seus empregados e muitas vezes os humilhava.
Toda esta mudança devia-se ao acontecido com Daniel. Era muito desconfiado, por isso tanta frieza e injustiça.
No outro dia, Valéria recebeu a visita de Lucia, que era esposa de um dos sócios do marido.
Valéria: Lúcia, quanto tempo não vem aqui. Fico feliz com sua visita.
Lúcia: verdade, estava te devendo mesmo uma visita. Vejo que está muito bem, e a casa continua lindíssima.
Valéria: obrigada. As duas se sentam.
Lúcia: sempre achei a sua casa divina, de muito bom gosto. Fala com inveja.
Valéria: tudo obra do Miguel.
Lúcia: e você tem produzido muitas obras? Quando vai ter uma nova exposição, não vá esquecer do meu convite, vou ir com muito prazer.
Valéria: sinceramente não sei. Diz triste.
Lúcia: mas por quê? Você é tão talentosa.
Valéria: já tem um tempo que não produzo nada. Para ser exata, desde que meu filho morreu não consegui fazer mais nada, mal consigo entrar no meu atelier. As lembranças que tenho dele brincando ali, muitas vezes fazendo bagunça, todo sujo de tinta, espalhando meus lápis, me sufocam, me dói na alma não tê-lo.
Lúcia: imagino o quanto deve estar sendo difícil. Mas pode contar sempre comigo.
Valéria: obrigada. Em dia espero conseguir voltar a trabalhar. Falou valeria triste.
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Atualizado até capítulo 107
Comments
Francis Damasceno
Mais uma cobra invejosa. Espero que Miguel não traia Valéria com essa ridícula.
2025-03-21
1
Edvania Montenegro
Autora não acredito que será mais uma invejosa.
2025-03-03
0
Elda soares
mais uma ?
Credo
2025-01-04
1