O que aconteceu com nosso filho?

Em poucos minutos Miguel chegou em casa aflito.

Miguel: O que aconteceu com nosso filho? Perguntou sentindo medo.

Valéria: Eu ainda não sei. A professora falou que um homem  armado levou nosso filho.

Miguel: Por que levaram nosso filho, por que o sequestraram, meu filhinho, ele tem apenas seis anos. Por quê? Ele andava de um lado para o outro nervoso com a situação.

Valéria: Peço a Deus que quem estiver com nosso filho não faça nada contra ele que é apenas uma criança. Disse Valeria abraçando o marido aos prantos.

Neste momento o telefone tocou e Miguel correu para atender

Miguel: Alô! Falou com a voz tremula.

Disse ele desesperado. Do outro lado da linha alguém rindo responde:

Carlos: Não disse que você ia me pagar, que ia te atacar no seu ponto fraco. Miguel reconheceu a voz de Carlos.

Miguel: Onde esta meu filho Carlos? Perguntou furioso.

Carlos: Agora estou na estrada levando seu pirralho pra longe. Diga suas últimas palavras para ele.

Carlos entregou o celular para Daniel que chorava muito.

Miguel: Carlos! Carlo...  Chamou Miguel, mas parou assim que ouviu foi o choro do filho do outro lado da ligação.

Miguel: Daniel...

Daniel: Papai! papai... o menino chorava sem parar.

Miguel: Não se preocupe papai vai fazer de tudo pra trazer você para casa. Eu vou te buscar, papai te ama muito. Carlos tomou o telefone de Daniel.  Miguel ficou desesperando pois não ouvia mais o filho.

Miguel: Daniel, Daniel...

Carlos:  Acalme-se Miguel, minha vingança esta apenas começando.

Por estar falando ao telefone, Carlos se distraiu ao volante, quando viu seu carro já estava em cima de um animal que atravessava a estrada. Carlos não conseguiu desviar e acabou atropelando um bezerro que provavelmente havia fugido por um buraco na cerca de alguma fazenda e estava no meio da estrada. Ele deixou o celular cair interrompendo a ligação.

Miguel: Alô... Alô... Miguel começou  a chorar depois de ouvir a ligação sendo interrompida.

Miguel: Ele não quer devolver nosso filho. Falou caindo de joelhos no chão. Valéria tentava acalmar o marido, mas não conseguia. Ambos se consumiam em uma dor imensa.

FUGA DE CARLOS COM A CRIANÇA

Carlos freou carro bruscamente depois de atropelar o bezerro assustando Daniel.

Carlos: Cala a boca menino, ou eu te bato. O menino se encolheu num canto depois de ser ameaçado

Carlos: quando eu acabar com você, seu papai vai sofrer tanto, vai sentir tanta culpa. Ele ria demonstrando certo desequilíbrio mental.

Ele chegou a um descampado, um lugar quase deserto. Mandou Daniel descer. Pegou a arma, pensava em matar a criança. Mas na hora de puxar o gatilho, viu no rosto do menino o semblante de Valéria e não consegui atirar.

Carlos:  Não posso, não posso. Ele também é filho dela e eu a amo tanto, ele poderia ser nosso filho. Falou enquanto sentia medo de matar a criança.

Carlos colocou o menino no carro e seguiu fugindo.

Assim que chegou a noite, escondeu o carro na mata até decidir o que fazer com Daniel. O menino reclamou de fome e ele brigou com a criança.

Mais uma vez ligou para a casa de Miguel, e dessa vez quem atendeu foi Valéria.

Valéria: alô!

Carlos: Quero falar com Miguel. Ele não queria falar com Valéria, temendo desistir de tudo pelo que sentia por ela

Valéria: Devolva meu filho Carlos, por tudo que é mais sagrado!

Carlos: Eu quero falar com o desgraçado do seu marido, passa o telefone para ele agora. Valéria entregou o telefone para Miguel.

Miguel: Carlos...

Carlos: Calado Miguel, só tenho um recado a te dar.

Miguel: Carlos, se é dinheiro o que você quer, eu te dou todo o dinheiro que eu tenho, mas devolva meu filho.

Carlos:  Escute bem, você só verá seu filho morto! Ele Deu uma risada macabra que assustou Miguel

Carlos desligou. As palavras de Carlos ecoavam na cabeça de Miguel.

Miguel: Ele disse que só verei meu filho morto. Valéria se assustou.

Valéria: Ele não tem coragem, disse Valéria. Os dois se abraçam temendo pelo pior, não sabiam do que Carlos seria capaz.

Carlos não aguentava mais o choro de Daniel, deu-lhe umas tapas e novamente sacou a arma para matá-lo, mas faltou-lhe coragem.

Carlos: Cala a boca moleque, seus pais nunca mais te encontrarão, está ouvindo? Ele assustava Daniel com sua agressividade.

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