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...Alexy on....

O desconhecido na minha frente me olha como um predador, eu vejo o desejo estampado em cada linha do seu rosto.

Grayson - Essa é uma situação um tanto inusitada, não vou mentir, é a primeira vez que durmo com uma mulher sem nome.

Alexy - Não vamos dormir e eu tenho nome, só não pretendo compartilhar.

Grayson - Sinto uma pitada de desconfiança em você Molla.

Alexy - Uma pitada não, talvez dez.

Alexy - Como eu disse, eu sou boa em fazer análises e de todas a coisas que você me falou, uma eu sei que é verdade.

Grayson - Qual?

Alexy - Você é perigoso.

Ele arqueia a sobrancelha.

Grayson - Você me conhece ou viu em algum lugar?

Alexy - Não tenho ideia de quem você seja, mas com toda certeza não é qualquer um.

Grayson - Está arrependida de me chamar para o seu quarto?

Alexy - Tenho motivos para me arrepender, ou melhor, para me preocupar?

Ele se inclina pra frente chegando a poucos centímetros do meu rosto .

Grayson - Você está totalmente segura comigo.

Alexy - Isso é um alívio, mas não foi o que perguntei.

Grayson - Enquanto eu for um estranho qualquer de apenas uma noitada, você não terá com que se preocupar, mas se você perguntar o meu nome, talvez as coisas mudem.

Grayson - Eu posso te garantir que até o momento que eu sair desse quarto, você não tera motivos para se arrepender, mas o que você descobrir depois, já não é um problema meu.

Suas palavras são exatamente o que eu temia, sua roupa de grife e o rolex no seu pulso, indicam exatamente o tipo de homem que ele é, não que todos homens ricos sejam perigosos, mas um homem rico, imponente e até um pouco assustador em uma casa da máfia, com toda certeza significa algo bem ruim.

Alexy - Que reconfortante.

Alexy - Sendo assim, eu realmente espero nunca mais te ver depois dessa noite.

Grayson - Eu não posso dizer o mesmo, mas para o seu bem, será melhor assim.

Engulo em seco, eu fico imaginando o tamanho da encrenca que está a minha frente, mas eu não o chamei aqui para casar e sim para transär, uma noite e nada mais.

Ele apoia a mão na minha coxa e desliza o polegar em movimentos circulares perto do meu joelho.

É um toque leve, delicado, recatado, mas suficiente para levar uma descarga elétrica por todo meu corpo.

Suas mãos são grandes e masculinas, seus dedos grossos e suas palmas ásperas, ainda sim seus movimentos conseguem ter uma graciosidade invejável.

Percebo o início de uma tatuagem sobre sua mão, o blazer e a camisa cobrem o resto, pelo que pude ver, parece a ponta da cauda de algum tipo de réptil.

Grayson - Eu queria sentir o seu perfume ........Mais cedo, na boate, quando toquei você sem permissão.

Grayson - Eu queria sentir seu aroma.

Alexy - Você tem permissão para isso agora.

Ele solta sua taça na mesinha ao lado do sofá, eu entrego a minha e ele faz o mesmo.

Grayson - Se me der licença?

Alexy - Toda.

Afasto meu cabelo deixando meu ombro e pescoço completamente a mostra, a mão que estava na minha coxa sobe até o meu pescoço e eu inclino minha cabeça para trás dando passagem para ele.

Ele chega a milímetros de distância do meu pescoço, sinto sua respiração na minha pele e fico completamente arrepiada.

Ele inspira meu aroma deixando seus lábios e a ponta do nariz roçarem levemente minha pele, soltando um discreto gemido rouco quando solta o ar.

Grayson - Dio (Deus)

Sua voz é um sussurro.

Grayson - Exatamente como a primavera.......Sua beleza, seu aroma, até a sua personalidade me lembram a primavera, mas eu ainda tenho uma dúvida.

Ele fala sem se afastar de mim, sua mão que antes estava no meu pescoço agora está entre os meus cabelos.

Respiro lentamente, o ar está mais pesado, o ambiente está mais quente.

Minha voz sai tão desconcertada quanto eu estou nesse momento.

Alexy - Qual a sua dúvida?

Grayson - Seu gosto, será que seu gosto é como a primavera?

Meus olhos arregalam e eu fico petrificada.

Grayson - Eu tenho uma nítida impressão que seu sabor é tão incrível quanto o resto, mas eu só terei essa certeza se te provar.......eu posso?

Não sei de onde tiro forças para responder.

Alexy - S-Sim.

Eu estou tremendo, sei que estou tremendo.

Ele se afasta.

Grayson - Você poderia fechar os olhos por um instante?

Meus sentidos ficam em alerta máximo, mas descido concordar e fecho os olhos.

Percebo que ele levantou do sofá, tento abrir levemente meus olhos, apenas o suficiente sem que ele perceba, não consigo ver muito, mas sua sombra se move.

Ele está tirando a roupa? O blazer, ele está tirando o blazer.

Grayson - Eu espero que não esteja roubando.

Alexy - Não estou.

Mas eu estou.

Ele tira algo de traz do seu corpo, seu celular talvez?

Ele é rápido, o objeto preto é enrolado rapidamente no seu blazer, ele põe sobre a mesinha e ele senta novamente.

Meu coração começa a martelar forte, não teria motivos para eu fechar os olhos se ele só queria tirar o celular do bolso e o blazer.

Será? Dio, não pode ser.

É uma arma, eu sei que é.

Ele toca minha perna, eu me assusto dando um pulinho.

Grayson - Tudo bem?

Alexy - E-eu não consigo enxergar nada então o seu toque me assustou, desculpe.

Grayson - Tudo bem.

Fecho meus olhos com força, meu coração parece pronto para sair pela minha boca.

Ele desliza a mão lentamente em direção a barra do meus vestidos, sinto ele se aproximando.

Que merdä eu fui me meter, que merdä eu estou fazendo, com tanto homem eu fui trazer um mafioso para minha cama, inferno.

Deus era por isso que ele tinha ficado tão surpreso com a forma que eu o tratei, quem em sã consciência iria confrontar um criminoso armado? Eu lógico, tinha que ser eu.

Se antes eu tremia por excitação, agora estou tremendo ainda mais, mas por puro desespero.

Ele pode me matar, se eu disser que não quero mais, será que ele vai embora? Ir talvez ele até vá, mas como vou ficar já é outra coisa.

Nessa hora só posso me odiar por não ter conseguido trazer minha arma, eu tinha porte na Califórnia, eu não podia andar com ela na rua já que é proibido, mas em casa era diferente, eu trabalhava com os piores tipos de pessoas, depois de alguns sustos grandes, achei que eu precisava de uma.

Não vou mentir, eu andava com minha G2 9mm em todos os lugares, era a única forma de eu me sentir segura e ter que deixá-la, foi como vir para Itália sem uma parte do meu corpo.

Eu sabia que era errado e totalmente fora da lei andar com minha G2, mas isso nunca me impediu.

Mas nunca, nunca, imaginei que acharia nescessário ter uma arma logo de cara aqui na Itália e agora me sinto exposta, de uma forma nada legal.

O que era pra ser um momento relaxante me deixou completamente travada, suspeitar que o cara é mafioso é uma coisa, mas agora, ter certeza, é bem diferente.

Mesmo que eu não saiba seu nome, o que eu acho que acabei de ver ele tirando das costa, é o suficiente para saber muito sobre ele.

Que droga eu tô fazendo?

Ele beija meu pescoço.

Grayson - Você parece tensa, tem certeza que quer isso?

E por um segundo eu penso.

Ele é um mafioso, ele tem uma arma, ele pode me matar.

Respiro fundo e seu aroma maravilhosamente inebriante me faz responder.

Alexy - Tenho.

Céus o que eu estou fazendo? Simplesmente desliguei o interruptor, se ele quisesse me matar a essa altura eu estaria com os anjos ou ardendo no inferno, não importa, ele não está tentando me machucar, ele prometeu que eu estaria segura e eu estou, até agora.

Ele acabou de perguntar se eu tenho certeza.....ele não me forçaria.

Passo uma das mãos no seu peito subindo até o seu rosto a pousando sobre sua bochecha, abro meus olhos e os dele me encontram.

Alexy - Me prometa que estou segura e que eu nunca mais terei qualquer vínculo com você depois dessa noite.

Grayson - O que está para acontecer aqui não precisa terminar nessa noite, mas se é o que você quer, é claro, eu prometo e você sempre estará segura comigo.

Grayson - Como você quer, nosso vínculo começa e termina aqui...... Nesse quarto, eu prometo a você que nunca mais terá que lidar comigo depois que eu passar por aquela porta.

Respiro fundo.

Alexy - Espero que lembre disso.

Grayson - Eu lembrarei.

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