Tento deixar o que acabou de acontecer para lá e me concentrar em Antônio, ele havia pedido algo para comermos enquanto fui ao toilet, ele perguntou se eu poderia me sentar ao lado dele, então sorri e me sentei ao seu lado, ele passou o braço atrás das minhas costas e fazia carinho no meu ombro com a mão enquanto conversávamos, ele era um cavalheiro, muito gentil e atencioso, chegaram nossas comidas, ele havia pedido um risoto de tomate seco, muito delicioso nos comemos e depois pedimos uma sobremesa que ele insistiu para eu escolher para ambos já que ele havia pedido o jantar então pedi duas tortinhas de limão com castanhas e ele aceitou consideravelmente o pedido sorrindo, sinto Antônio me olhar então olho para ele ficando com os rostos bem próximos.
- Você ficaria muito brava se eu te beijasse agora? - Ele me olha como se esperasse nervosamente pela resposta.
Sem responder somente me aproximo do seu rosto dando a liberdade para ele se aproximar também, o que ele faz sem pensar duas vezes, coloca uma mão no meu rosto e me puxa para ele, primeiro encosta seus lábios devagar e depois acelera um pouquinho, porém sinto falta de alguma coisa, não que o beijo seja ruim pelo contrario é bom e delicado, mas falta a língua e eu não vou enfiar a minha se ele não fizer, então ele para de me beijar e da um selinho.
- Estava louco por isso desde a hora que chegamos aqui - ele sorri e tira meu cabelo do rosto me olhando.
- Com certeza você não ficaria bem de batom a noite toda - Sorrio e pego um guardanapo na mesa para limpar sua boa com o batom vermelho que havia ficado.
Ele cai na gargalhada e de repente para de sorrir e olha atrás de mim, então me viro para olhar e Miguel está de pé atrás de nos.
- Definitivamente você não combina com batom vermelho - Diz Miguel a Antônio o estendendo a mão para o cumprimentar.
Ele sorri e estende a mão também.
- Com certeza não, mas uma prova de batom nunca é ruim, não acha, ainda mais de uma moça tão linda quanto essa - Antônio me olha e eu estou séria sem expressão nenhuma com muita raiva - Miguel está é Ana, Ana este é Miguel, filho do sócio da Clinica.
Olho para Miguel e sorrio com sarcasmo.
- É um prazer te conhecer.
- Com certeza é Ana - ele sorri - Vou indo Antônio, uma ótima noite para vocês.
- Para você também Miguel - Antônio me olha - Tudo bem? - ele segura meu rosto e pega o guardanapo da minha mão limpa meu rosto provavelmente do batom também - Parece que está longe daqui.
- Ele vai ser meu chefe lá no hospital - sorrio olho para Antônio - Só fiquei nervosa um pouco lembrando que começo segunda.
- Fique tranquila - ele me olha e acaricia meu rosto - Miguel é complicado, pai dele sempre o cobrou muito a perfeição então ele também cobra isso das pessoas a sua volta, porém tem um bom coração, só é difícil de entender e de conviver.
Não me diga, falo em pensamento.
- Espero que ocorra tudo bem, e a moça que estava com ele? - pergunto com ar de curiosidade e não de alguém que está louca para matar a loira e Miguel juntos.
- Acho que é a prima dele, não conheço muito, mas pelo pouco que sei e me recordo, acredito que seja ela - ele beija meu rosto.
- Você ficaria chateado se já fossemos?
- Feliz eu não irei ficar, mas chateado não desde que concorde em nos vermos outro dia - ele sorri e me olha.
- Concordo então, nada de chateação - sorrio.
Ele pede a conta e aguardamos enquanto conversávamos, depois fomos para o carro e seguimos para a minha casa, quando chegamos ele desceu abriu a porta e me levou até a porta de casa e eu não tinha o intuito de chama-lo para entrar mas não queria o decepcionar e deixa-lo sem nada.
- Obrigada pela noite de hoje, você se mostrou um verdadeiro cavalheiro.
- A por nada - ele sorri - Espero que tenhamos mais noites como essa.
- Vamos ter sim - sorrio e me aproximo um pouco dele segurando a gola do seu paletó - posso te ensinar uma coisinha?
- Acho que pode - ele fala me olhando já com os rostos próximos.
Então seguro seu rosto com minha mão e o beijo quando ele abre um pouco a boca coloco a minha língua e sinto ele sorrir com isso e logo fazer o mesmo, e pronto o beijo estava perfeito, ele me puxou para ele e apertou brevemente minha bunda e eu o puxava mais para mim, a língua dele aprendeu rápido como se mover na minha boca e a minha deslizava dentro da dele, até que estávamos se atracando na porta de casa como dois adolescentes, então vou diminuindo o beijo e mordo seu lábio inferior de leve, ele está excitado e com seu membro bem ativo, então ele me olha com um olhar perdido de desejo e vontade.
- É maldade você me ensinar uma coisa dessa e não me deixar entrar depois do estado em que está me deixando - ele diz me abraçando e beijando minha testa.
Começo a sorrir dele.
- É para você ficar curioso quanto ao restante - pisco e me afasto olhando seu membro - E acho que no restaurante não seria legal você ficar assim.
- É você tem razão - ele me encara - Não vai mesmo me deixar entrar? - sorrindo
- Não hoje - dou um selinho e abro a porta - talvez na próxima, mas fico na imaginação.
Ele sai andando e aposto que está me praguejando em pensamento pois ele ainda estava bem ativo enquanto me encarava e eu até senti vontade, mas não iria conseguir hoje depois de tudo, não ia dar mesmo eu adorei ele porém Miguel estragou tudo aparecendo lá, e para piorar ainda se conhecem e são "socios" tinha como ficar pior que isso? Me resta passar o restante da noite deitada vendo filme e comendo um chocolate, entro em casa e vejo Antônio sair com o carro, subo as escadas e vou para meu quarto, tiro aquela roupa apertada, visto um pijama e calço uma pantufa, vou ao banheiro, lavo meu rosto e tiro a maquiagem, desço e vou para a cozinha pegar uma água e subo em seguida para o quarto novamente, me deito e puxo minha coberta pegando o controle e colocando um filme, enquanto o filme passa pego meu celular e entro nas redes sociais, vejo algumas publicações e não me contendo entro no perfil de Miguel, nenhum post novo, somente um story com uma mensagem de reflexão, quem vê nem imagina que não segue nada do que reflete, de repente um numero começa a me ligar e atendo.
- Oi - falo esperando a voz retornar - Oiii precisa falar com alguém? Ligou para ficar mudo? - espero uns segundos e desligo a ligação.
Volto a fazer o que estava fazendo e de repente outra ligação.
- Oi?
- Oi Ana - voz familiar, mas não reconheci quem era.
- Quem está falando?
- Não reconhece a voz do cara que te fez feliz por anos - ele fala na linha e respira.
Então a ficha cai, meu ex, como conseguiu meu numero novo.
- Como conseguiu meu numero e obvio que não reconheceria já que não fez feliz não teria o que recordar.
- Ana, eu só quero saber como está, sinto a sua falta - ele fala na ligação.
- Estou ótima, melhor impossível, por favor não ligue mais, me esqueça.
Desligo o telefone e respiro algumas vezes, o que ele está pensando que está fazendo, até a milhares de distancia consegue me encher as paciências, o celular começa a tocar de novo então atendo furiosa.
- Mas que caramba, pedi para não ligar mais - fala alto.
A pessoa fica muda por um tempo.
- Bom - a voz fala atrás da linha - não me recordo de ter dito isso - era Miguel a voz inconfundível.
- Já não bastava uma ligação desagradável outra logo em seguida é carma? - falo com ar de deboche
- Aonde você está? - ele pergunta ignorando o que acabei de dizer.
- Por que quer saber?
- Pode somente me responder - ele respira irritado - Você está com ele não está?
- E se eu estiver o que você tem haver com isso? - respondo áspera e desligo o telefone.
Que merda, parece que arrumei outro carma na minha vida, o intuito era diversão não me encher o saco um atrás do outro, parece que combinam, cubro minha cabeça com o edredom e escuto um carro parar na frente de casa, acredito ser Bia e Alissa, então me viro, tiro o edredom da cabeça e olho para a tv prestando atenção por uns segundos no filme, de repente meu celular começa a tocar novamente, somente desligo e volto a olhar a tv.
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Atualizado até capítulo 58
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