A primeira noite.

Alissa da uma olhada no salão e repara que ele me olha discretamente enquanto fala ao telefone, ela encara alguns outros rapazes dando um sorriso, acena para um deles como quem os conhece e me olha logo após o garçom deixa as tacas de Gin em nossa mesa, brindamos e tomamos um grande gole.

- Ele percebeu Ana, está te observando discretamente desde aquela hora. Alissa sorri.

- Aff, eu sentei de costas e estou perdendo isso - Bia reclama.

- Aí gente claro que não, deixem ele lá ele é gato mas não é para tanto.

- Não é para tanto - Bia me olha com cara de (você está louca?)- ele nunca olha para ninguém querida.

- Esqueçam isso, me contem como está a loja e como estão os amores a vida aqui, nós nem conversamos.

Alissa sorri e se ajeita na cadeira para começar a falar.

- Amiga a loja está indo muito bem, começamos com uma bem pequena e logo lançamos algumas peças que criamos e acho que já te contei por telefone.

- Que uma famosa foi e comprou uma roupa e usou o que fez a loja explodir? pergunto.

- Siiiim isso mesmo, daí em diante foi só crescendo, fizemos contratos com várias lojas que vendem as nossas peças e temos algumas lojas em Londres e em outras cidades aqui próximas está indo muito bem. Alissa fala sorrindo com um olhar de orgulho.

- Eu fico muito feliz meninas, eu sempre acreditei muito em vocês.

- Nem fala se não fosse você insistindo para nós virmos estaríamos lá na mesma ainda. Bia fala me olhando

- E vocês acham que consigo algo na minha área por aqui? Olho para elas

- Amiga, você sempre teve um bom histórico o que conta muito aqui e temos contatos vamos conseguir algo bom para você - Alissa fala me tranquilizando.

Conversamos por algum tempo, rimos muito e elas me contaram sobre os rapazes que estavam ficando, eram uns 3 cada e sempre saiam bastante, Bia já havia se apaixonado algumas vezes mas não deu certo como sempre e ela seguiu em frente, em alguns momentos vi que o homem ainda estava lá e sempre dava umas olhadas principalmente quando riamos, não sei se por que estávamos conversando em português mas ele ficava me encarando e já estava um pouco incomodada com aquilo, pedimos a comida, eu pedi um espaguete com filé e elas pediram um prato com batatas, não sei bem o que é mas parecia gostoso, comemos todas e pedimos uma sobremesa.

- Meninas onde é o banheiro, preciso fazer xixi. sorrio para elas.

Alissa aponta para uma parede, olho na direção e vejo que o banheiro fica atrás da mesa em que o homem está, olho para Alissa que sorri e pisca, respiro e vou em direção a entrada vejo ele me olhar de cima em baixo e um cala frio passa pelas minhas costas porém não deixo me abalar, olho para as pessoas ao redor e passo pelo homem, nesse momento vejo que está sozinho na mesa ele me encara e faço o mesmo o rosto é marcado com mandibula perfeitamente alinhada os olhos castanhos cor de mel e uma barba perfeitamente feita, abaixo o olhar entrando no banheiro, solto o ar que nem percebi que estava segurando, me estabilizo, faço minhas necessidades, paro no espelho e retoco meu batom, respiro e saio logo em seguida, volto para minha mesa e me sento, Bia tinha trocado de cadeira e sentado de frente para o ambiente.

- Aposto cem reais que você está com a calcinha encharcada - Bia fala sorrindo.

- Para com isso, claro que não.

- Acho que já está na hora de partirmos para a boate, já são onze horas e você já abalou corações hoje. Alissa me olha sorrindo.

- Para de me olhar com essa cara, foi só uma olhada ele é bonito.

Comemos a sobremesa pedimos a conta, pagamos e nos levantamos indo em direção a saída, por um momento reparo que chamamos a atenção de vários dos homens que estão ali e com razão já que estamos lindas, ao sairmos Alissa passa pela mesa dos rapazes que ela havia comprimentado de longe, e um deles se levanta e da dois beijos no rosto dela e de Bia eles conversam e logo me apresentam a ele.

- Luiz essa e minha amiga Ana, veio do Brasil agora, Ana esse é Luiz um amigo e revendedor das nossas peças em algumas lojas que é dono por aqui.

- Muito prazer - dou a mão no intuito de ele apertar porém ele me puxa para uma beijo no rosto e passa a mãos até o meio das minhas costas.

- O prazer é meu Ana, ele me olha e sorri - Olha para as meninas e diz, vamos marcar algo qualquer dia.

- Vamos para uma boate nova daqui, se quiser aparecer por lá já sabe só mandar um torpedo. Bia fala e sai andando eu e Alissa vamos logo atrás, dou uma última encarada no bonitão e saimos do restaurante.

Entramos no carro e dessa vez eu quem vou na frente depois de expulsar a Bia do lugar e ela ir reclamando para trás, Alissa sai com o carro em direção a boate e eu coloco uma música bem animada já para irmos entrando no ritmo da noite de sábado, começamos a cantar e dançar igual três loucas e depois de uns 20 minutos chegamos a boate, Alissa estaciona o carro, antes de descer retocamos os batons e saímos em direção a nossa noite, ao chegarmos na entrada vemos uma fila gigante porém as meninas tinham comprado pulseiras vip o que dava preferência na entrada, os homens abriram as portas e fomos entrando por um corredor iluminando dando espaço a um mundo de pessoas, Alissa pede informações a uma atendente que nos guja até a nossa mesa, está tocando um eletrônico bem animado confesso que não gosto muito mas estou animada para reclamar e por aqui vai ser só isso, ao chegarmos na mesa vejo uns quatro rapazes e duas meninas, Alissa comprimenta todos e Bia faz o mesmo logo elas vão me apresentando a todos que estão ali, dois são ficantes delas Augusto e Tomas, Augusto é moreno, corpo malhado e olhos castanhos claro bem o tipo de Bia, Tomas é alto, não muito forte mais para o magro tem cara de nerd mas é fofo e não é bem o jeito que Alissa fica porém ela está com ele então depois questiono, já os outros dois são Fábio e Carlos ambos com o corpo escultural e pele branca Fábio tem cabelos cacheados e é loiro já Carlos cabelo raspado, olhos verdes e uma boca bem bonita, as meninas se chamam Clara e Carmem lindas, bem vestidas e com cara de que são bem ricas. Após comprimentar todos nós sentamos e pedimos algumas bebidas, como já estavamos no gin pedimos um para cada.

- E aí Ana como está se sentindo no seu primeiro dia em Londres? - Carmem me pergunta.

- Bem animada, as meninas não me deixaram descansar nem 5 minutos.

todos dão risada.

- Normal, elas nunca deixam a gente parado também - Tomas fala e sorri para Alissa que faz o mesmo para ele.

- Já conhecia a cidade ou é a primeira vez que vem para cá? - Carlos pergunta me analisando e bebe a cerveja dele.

- Não, é a primeira vez que vim e já foi para ficar.

- Isso é ótimo - ele sorri e me olha.

As nossas bebidas chegam e ficamos bebendo e conversando em meio a música e barulheira até que eles começam e levantar e ir para a pista de dança, como ainda não estou em um estado alcoólico que tire o meu cansaço fico ali sentada e Carlos fica para me fazer "companhia", ele vai até o bar e pega mais uma cerveja para ele e um gin para mim, volta e me entrega sentando ao meu lado.

- Obrigada. Pego o Gin e sorrio para ele

- Por nada, e aí já avistou algum pretendente? ele pergunta e olha em sua volta.

Olho ao redor e vejo que não tinha reparado no ambiente e nas pessoas, o local é grande e tem mesas em cima de nós dos lados com muitas pessoas mas naquele momento não vejo ninguém além dele que me interesse.

- O local é interessante, mas grande para ser avaliado tão rapidamente, porém não descarto possibilidades - Sorrio e dou um gole na minha bebida.

- Muito bom saber - ele me olha - veio para Londres por que?

Nessa hora o som aumentou e tive que me aproximar dele para falar, o perfume dele era ótimo por sinal.

- Muitos motivos, um deles um término de relacionamento e outro (apontei para a pista onde as meninas estavam dançando) elas, me convenceram a vir sonhar mais alto.

Ele se aproxima do meu ouvido para falar e sinto seus lábios próximo ao meu pescoço, retraio um pouco e ele sorri pois percebeu.

- Elas me falaram que é Fisioterapeuta, posso te ajudar com alguns trabalhos por aqui, trabalho na área da saúde e se precisar de reabilitação particular posso ajudar também, posso ser um bom paciente - ele me encara e da um sorriso que faz minhas pernas amolecerem.

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