Um bom dia

Após a cantada, fico com o coração disparado, bebo meu gin até quase a metade e me aproximo do ouvido dele para poder dar uma resposta.

- Aposto que precisarei, depois você pode me passar seu contato para que eu possa agendar sua avaliação.

Volto a minha posição normal e pisco para ele, coloco meu cabelo atrás da orelha e tomo meu gin, vejo que deixei ele sem respostas por um tempo pois ele está sorrindo e tentando procurar algo para me dar um retorno porém só sorri maliciosamente o que me fez ficar um pouco tímida. Tomo todo meu Gin e me levanto chamo Carlos para a pista de dança para que não fique sozinho e ele vem, nos juntamos a todos e começamos a dançar, eu e as meninas fazemos algumas coreografias doidas até que o pessoal entra na mesma vibe, bebemos muito enquanto estamos na pista e as luzes começam a me deixar um pouco tonta.

- Amiga acho que já estou muito alterada. Falo para Bia.

Ela me olha rindo e fala que também está péssima porém isso não nos faz parar de beber ou dançar, começam a tocar umas músicas mais animadas e Carlos me puxa para próximo dele, passa uma das mãos até as minhas costas e vamos entrando em uma sincronia legal, logo estamos nos beijando ele passa a mão na minha nuca porém não para de dançar, tinham me falado que eles não tem mania de colocar língua no beijo porém Carlos veio com tudo, passeou com ela na minha boca e eu fiz o mesmo com ele, ele começa a descer sua mão até próximo a minha bunda e sinto uma leve apertada, enquanto passo minhas mãos discretamente pelo peitoral e braço o que me dá um boa descrição do que tem em baixo do tecido, paramos de nós beijar e continuamos a dançar enquanto ele me vira de costas para ele.

Vejo que as meninas foram sentar o resto do pessoal continua dançando, vou até elas e me sento bebendo uma taça de Gin nova que elas tinham pedido.

- Olha para quem estava parada, você tá indo bem até de mais. Alissa me olha rindo

- Podemos dizer que a Piranha instalada em você está se expondo? Bia fala bebendo e dando risada.

- Podem dizer, eu levaria ele para casa e daria muita coisa - falo com a voz bem embolada.

- Com certeza no seu estado eu também daria.

Todas nós damos risada.

Acredito que tenhamos curtido mais algumas horas de boate e fomos embora, falo acredito pois acabei de acordar na minha cama com uma dor de cabeça infernal somente com uma camisa e calcinha, procuro meu celular e não acho, olho para o relógio ao lado da cama que marca oito horas da manhã, fico deitada olhando para o teto com os olhos entreabertos pois a dor de cabeça está me consumindo, fico tentando puxar na memoria o que aconteceu, porém meu cérebro parou no momento em que levantei da mesa com as meninas e voltamos para a pista de dança.

Respiro fundo e me levanto devagar, vejo que tem um copo de agua e alguns remédios em cima da mesinha, leio do que se tratam e pego um para dor e tomo, logo em seguida vou para o banheiro me olho no espelho estou maquiada ainda, "suja" e meu cabelo parece um ninho de passarinho. Tiro a roupa e entro direto no box para tomar um banho, ligo o chuveiro e deixo a agua cair no meu corpo esperando que ela leve junto toda a ressaca que eu estava e não era só a física a moral também estava ferida, sabe-se lá o que eu fiz ontem a noite, dou risada lembrando do beijo em Carlos, eu realmente estava mal.

Após o banho me sinto um pouco melhor, visto um short com tecido de leguin, um top e um agasalho por cima, calço um tênis deixo os cabelos soltos pois estão molhados e procuro meu celular desde ontem não dou atenção para ele, pego a bolsa que usei ontem procuro ele ali dentro e não acho, ergo os travesseiros e encontro ele em baixo de um deles, por um momento torço para não ter feito nada que eu possa me arrepender com ele, me sento na cama e mexo, não encontrei mensagens, nem fotos, acho que não tive forças para fazer nada.

Entro nas minhas redes sociais e olho algumas mensagens, respondo algumas pessoas que me perguntaram como havia chegado e  vejo um pedido de amizade do Carlos, sorrio e o aceito, começo a sentir uma fome absurda então entro no aplicativo de localização e  procuro uma padaria mais próxima para ir, estava com fome e queria caminhar para dar uma animada, somente juntei o útil ao agradável, desço as escadas bem devagar pois está um silencio absurdo acredito que as meninas ainda estão dormindo, quando acabo de descer dou de cara com Fred.

- Bom dia gata. Ele sorri

- Bom dia Fred, tudo bem?

- Com certeza estou ótimo e você parece melhor que ontem - ele me olha e ergue as sobrancelhas

- Eu não lembro de nada de ontem, então provavelmente estou melhor mesmo - começo a rir e ele também.

- Bom basicamente você chegou desmaiada em casa e não estava conseguindo ficar em pé e ficava repetindo alguma coisa tipo - "EU NÃO SEI O QUE FAZER AGORA" "PQ ESTA FAZENDO ISSO".

- Bom, huuuuuun, eu também não sei o que essas coisas significam - troco o assunto - Vou caminhar e comer algo em algum local que eu encontrar por ai, se perguntarem por mim, mais tarde estarei em casa.

- Certo, qualquer coisa entre em contato - ele sai andando para a cozinha.

Saio da casa e coloco meus fones de ouvido coloco uma musica e adentra meus ouvidos Fuckin Perfect da Pink e eu amo essa música, me animo e começo a correr sentido o local que eu procurei no aplicativo, fica a mais ou menos uns 2km de onde estou pelo o que percebi estou meio que em um bosque assim que sai do condomínio onde fica a casa entrei em um local com calçadas onde varias pessoas correm e caminham por ali, continuo a correr e pego meu celular para olhar a localização, quando olho para frente dou de cara com um homem e trombo com ele quase caindo e ele me segura e eu me seguro nele e deixo meu celular cair, me estabilizo.

- Me desculpe, estava desatenta e acabei batendo em você, o senhor se machucou? - Olho para ele e meu coração acelera, o bonitão do restaurante.

Ele abaixa e pega me celular me entrega e me olha.

- Sem problema, só prestar mais atenção na próxima vez - Ele me encara e acho que cai a ficha para ele também, ele se afasta e me encara - Ótima forma de se encontrar novamente, posso acreditar que foi proposital - ele sorri e me olha.

- Ai por favor né, acha mesmo que eu ia bater em você de proposito, me poupe - Reviro o olho - Vejo que não se machucou da próxima espero que você de machuque.

Olho meu celular e esta quebrado aperto ele algumas vezes e nada nem liga nem sinal, dou alguns socos no celular.

- Sua encarada ontem me fez parecer que isso foi proposital - Ele pega o celular da minha mão - Eu não me machuquei e nem irei me machucar na próxima vez - Ele  respira e sinto que está muito irritado - Ja você se continuar desse jeito vai cortar a mão.

Coloco as duas mãos na cintura e olho para o céu, seguro o ar e solto tentando não me irritar mais ainda com ele, pego meu celular de volta.

- Primeiro que eu não te encarei e segundo eu preciso que ele funcione por que eu não sei voltar para casa - Olho para a cara dele com muita raiva.

- Como você sai de casa e não sabe voltar, cada segundo piora - Ele me olha irritado.

- Eu não sei por que você esta bravo, não aconteceu nada com você é só ir embora, algo está te prendendo aqui? Olho ao redor e vejo algumas pessoas nos observando falei um pouco auto de mais e ele aparentemente é bem conhecido.

- Será que você pode parar de gritar - Ele fala próximo do meu ouvido - Todos estão olhando e eu não pretendia chamar a atenção em uma caminhada matinal - Você ja me atrapalhou o suficiente.

- A cale a boca e volte para sua caminhada se puder fazer o favor de não aparecer mais na minha frente ficarei grata - Saio andando e bufando.

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Delania Pontes

Delania Pontes

vai da namoro

2024-04-12

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