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DIANA

Maria chegou na cozinha avisando me que o Sr Henrique já tinha saído do quarto, eu prontamente deixo meu copo de suco de lado dou uma última mordida na torrada e saio. Pego minhas ferramentas de trabalho: Vassoura, balde, panos e produtos. Subo as escadas para mais um dia de limpeza, o dele é o primeiro a ser arrumado e os demais cômodos para depois, como ontem ninguém usou os quartos de hóspedes será menos trabalho hoje. Ainda bem! Mais tempo para estudar ao terminar aqui.

— Que comecem os trabalhos.

Digo animada ao deixar os itens no chão e começo a dobrar a roupa de cama, troco o lençol da imensa cama e ajeito os travesseiros.

Em um ato impensável toco timidamente no tecido, para sentir o cheiro dele coloco o travesseiro no meu rosto inalando o seu perfume. Raios que cheiro bom!! O cheiro dele.

Só de imaginar que foi ali que ele deitou a cabeça me fez suspirar, e meu pensamento foi além ao imaginar o Sr.Henrique dormindo: Será que usava pijama ou dormia nu? Ahhh! Imaginação não me falta.

Olhei para a cama e fechei os olhos imaginando a cena. E continuei a sentir o aroma do travesseiro. Quando de repente.

— Sonhando acordada?

A voz veio detrás.

Primeiramente pensei que era minha mente me pregando uma peça, até que despertando do meu delírio senti alguém atrás de mim. Que azar!

Lentamente sem olhar para trás deixei o travesseiro cair no pé da cama, e reunindo um pouco de coragem virei-me.

Aquele olhar intenso me deixou petrificada.

Que Merda!

— Responda-me Diana. Oque imaginou? Ao inalar o meu cheiro no travesseiro.

Que vergonha ele viu! Ele irá pensar que sou uma tarada, maluca ou algo pior.

Como saio dessa agora?! Meu paizinho.

Fui andando de costas conforme o Sr Henrique se aproximava de mim, minhas pernas fraquejaram e quase cai. Quando não tinha mais espaço para andar, fiquei encurralada na parede.

Minha mente viaja entre minhas lembranças do dia anterior quando fiquei acolhida em seus braços, a lembrança veio como um bombardeio.

— Sr Henrique... eu...

Oque eu poderia dizer fui pega em flagrante.

Merda merda Merda!

— Diana... você pensa em mim? Me deseja tomando o seu corpo? Te fazendo minha.

Ele chega mais perto colando seu corpo ao meu, sem perceber eu solto um gemido, parece que vou entrar em combustão, minha boca fica seca meu mamilo sensível e sinto seu olhar em mim.

— Posso realizar seu sonho Diana.

Não sei oque fazer.

Ele olha sem disfarçar para altura dos meus seios, e com uma das mãos toca em meu rosto.

Sr.Henrique me surpreende ao apertar minha cintura com a outra mão que anteriormente estava livre, pude sentir ele deslizando sensualmente o nariz por meu pescoço.. Aiii meu paizinho como vou resistir a essa tentação.

Por um breve momento fecho os olhos.

— Peça para me provar que eu me rendo a você Diana. Faça o pedido e realizarei o seu desejo! E Poderá sentir mais que o meu cheiro através de um simples travesseiro.

— Eu-u.

Não consigo falar, minha pele queima de vergonha ao mesmo tempo que meu corpo e incendiado de prazer.

HENRIQUE

Desafio. Esta é uma palavra que conheço o real significado. A vida de um advogado não é fácil, muitas vezes sou pego de surpresa em pleno júri e então se faz necessário todo um jogo de cintura, frases bem construídas para serem aplicadas no momento certo, alinhadas com uma postura vitoriosa nas piores situações, afinal de contas, eu preciso convencer a todos de que o meu lado é o correto, seja ele qual for, defesa ou acusação.

Eu tinha plena certeza que sempre soube me manter firme, até conhecer Diana.

Agora aqui estou, deixando-a sem saída bloqueada na parede, seu corpo se molda ao meu.

Por que ela me desestabiliza tanto? A atração que senti ficou nítida para mim desde à primeira vista.

A verdade, é que de certa forma fiquei balançado e mesmo sabendo que ela e minha funcionária atração não mudou, pelo contrário, tenho

vontade de protegê-la. Que droga Diana tem?

Ela é linda, muito nova, sua aparente inocência é sexy, seus lábios naturais são chamativos e... Caralho... Que corpo! Provavelmente foi desenhado para levar um homem a perdição e ela não nota ou sabe o quanto é gostosa. Com certeza seu estado meio angelical dá todo um toque especial.

E o que mais me enlouquece é que noto sua

receptividade. Ela não me rejeita enquanto avanço, queria que ela me repelisse, afastasse, negasse esse desejo.

Por favor Diana me empurra, me de um tapa, me diga que não me quer, para assim eu parar essa loucura, pois por mim mesmo não tenho forças. Não tenho forças sozinho.

A desejo tanto que chega a doer.

A vejo fechar os olhos rendida, que merda nunca imaginaria que tudo ia mudar cadê minha resistência, sumiu. Agora quero vê-la gritando o meu nome, saciá-la até o limite.

Coloco a pressão do meu corpo sobre ela e sinto meu desejo crescente assim como meu amiguinho debaixo já estimulado.

Diana será minha.

A sensação é gostosa e a oferta é quase irrecusável pois estou desejoso. Amanhã eu penso nas consequências hoje só quero tê-la.

Comecei com pequenos beijos no pescoço dela, minhas mãos se deliciando em tocar o seu corpo. Ofegante Diana solta um gemido baixinho que me deixa louco.

Tenho curiosidade em saborear sua boca, esperei tanto para descobrir as delícias que eu posso fazer com essa mulher... Ahh Diana!

Quando ia beija-la ouço um toque alto vindo do meu bolso, reconheço o barulho e o meu celular.

Sem me afastar muito dela pego o aparelho para verificar rapidamente, minha intenção e ignorar a ligação e desligar o celular, o brilho da tela alcança nossas vistas, quando vejo o nome escrito: PATRÍCIA

Droga!

Desvio o olhar da tela para alcançar o rosto de Diana a minha frente, agora de uma expressão de desejo e luxúria se tornou assustada, chocada e triste, pude notar e ver quando seus olhos ficaram lacrimejando com as lágrimas a se formarem.

— Diana eu...

Antes que eu pudesse me expressar e terminar a frase ela sai correndo, tropeçando em alguns materiais de limpeza no chão mas não parou continuou a correr para longe de mim saindo do quarto.

"Sinto muito Diana. Por te magoar. "

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