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DIANA

Ele solta minha mão, coloca as dele nos bolsos e caminha até a porta, um cavalheiro dos tempos modernos, usando uma das mãos ele abre a porta e me dá passagem. Eu agradecida dou um leve aceno com a cabeça.

Vamos andando, passamos pela sala de jantar até chegar as portas de vidro que dão acesso para uma linda varanda externa com uma mesa de café da manhã.

Quando chego na ala de refeição me deparo com a mesa posta, olho cada mínimo detalhe e toda a comida que esta encima dela. Realmente ele não economizou na refeição.

Como se Sr. Henrique lesse minha mente ele diz;

— Ainda não conheço sua preferência de comida, então tomei a liberdade e fiz de tudo um pouco. Tomara que goste.

Eu apenas sorrio timidamente.

Oque eu poderia falar!? Nada! Fiquei sem palavras.

Na mesa tinha três tipos de sucos, café, vários pães, bolo, ovos mexidos, Manteigas, queijos, frutas e muito mais.

Meus olhos ficam marejados e lembro das refeições em família que eu tinha com os meus pais, ah que saudade. Porque fiquei sozinha!?

— Algum problema Diana? Se não gostou eu posso...

Não sei oque me deu.

Todo esse carinho e cuidado me deixou derretida ainda mais pelo advogado e sem pensar direito, movida por um desejo incontrolável, vou em sua direção e estando na ponta dos pés, fecho os olhos e o beijo no rosto.

— Obrigado Henrique.

Pela primeira vez digo seu nome sem formalidades, pensei que ia soar estranho mas não até que soou normal. Falta de costume.

Ele fica me olhando demoradamente como se tivesse estudando-me , queria saber oque ele está pensando para me olhar assim. Sem aviso ele chega mais perto e me da um selinho nos lábios.

— De nada minha linda.

Que droga! se manter neutra nesse jogo não está dando certo.

Ele puxa a cadeira para que eu sente e depois ele se senta.

Já acomodados começamos a comer.

O Doutor ah! no! quero dizer Henrique me pergunta sobre meus trabalhos anteriores, sobre meus estudos e da minha infância etc. E em uma parte da conversa ele fala um pouco sobre si e até faz algumas piadas, esse lado do meu patrão eu não conhecia. E até divertido.

No final da refeição eu pergunto.

— Porque eu? Quero dizer tem tantas mulheres bonitas no seu caminho... oque eu tenho de diferente delas.

Minha curiosidade foi maior que a prudência.

Ele pega o guardanapo e limpa os cantos da boca e me olha.

Seu sorriso denuncia que minha pergunta teve um efeito positivo.

Ele responde:

— É justamente por ser diferente que estou Interessado em você, por saber que você não é interesseira. Eu não me engano com as pessoas Diana.

Eu fico emocionada com suas palavras, ele confia no meu caráter. Abaixo a cabeça, tenho cuidado para não deixar minhas lágrimas molharem a minha roupa, levanto rapidamente.

Henrique vem ao meu encontro me impedindo de passar correndo para me esconder, não queria que ele me visse tendo essas reações.

Ele me abraça e alisa minhas costas conforme vou deixando as lágrimas rolarem, fico aninhada em seus braços musculosos enquanto ele me conforta.

— Depois que meus pais morreram não recebi nenhuma gentileza das pessoas, tive que me manter forte a todo custo. Sem casa, sem família e com dívidas. Quando dizem que Cabeça vazia não presta por vários motivos, por mais cansada que a rotina me deixava, os muitos afazeres eram a minha válvula de escape para superar a falta da minha família. Aqui tive um pouco de afeto de Maria é tão difícil saber que está sozinha no mundo.

Lágrimas persistiam em cair.

— Shhh! Esta tudo bem agora Diana, tem desafios na vida que não sabemos para que servem agora de imediato mas no futuro você saberá. Você e forte.

Eu me deixo ser amparada por ele, ficamos abraçados durante um longo tempo.

HENRIQUE

Horas depois estou no escritório.

Minha manhã foi agradável, logo cedo tomando café com Diana e no final tivemos um momento de melancolia mas nada que estrague nosso dia juntos, eu a abracei forte para tentar extinguir toda a dor.

Depois que ela se acalmou eu dei um beijo doce em seus lábios e que lábios macios, ela tímida ficou vermelha e em seguida me ajudou a tirar a mesa do café e a lavar a louça.

Enquanto fui me arrumar para ir ao trabalho, Diana foi se preparar para começar a faxina nos cômodos da casa, quando já estava pronto para sair eu busquei por ela e a encontrei no escritório ligando o aspirador de pó, com o barulho alto ela não me ouviu chegar e nem chamá-la.

Cheguei perto dela e a abracei pela cintura e beijei sua nuca, Diana deu um pulo de susto e sorriu para mim ao virar.

— Tenha um bom dia de trabalho.

— Obrigado minha linda.

Nos despedimos e aqui estou agora sentado a mesa, lendo vários artigos sobre o caso que tenho que representar, e sem um pingo de concentração pois minha mente vagueia para Diana, pareço um adolescente que quer correr para os braços de sua garota.

Estamos no início de ... de o que?! Nem eu sei nomear oque temos, só tenho que tomar cuidado para não magoar Diana.

Consegui evitar o noivado mas ainda tenho um compromisso com Patrícia e pedi um tempo na nossa relação mas pelo andar da carruagem esse tempo será definitivo, tenho que romper com Patrícia definitivamente.

O telefone da minha mesa toca.

— Diga Natália.

— Doutor a senhorita Patrícia está aqui, aguardando liberação para subir a sua sala.

Hora da verdade, tenho que resolver isso.

— Deixe-a subir Natália.

— Ok Doutor.

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Comments

Elivone🐕❤️

Elivone🐕❤️

é muita coisa para um café ☕ eu ficaria como sempre só com o café e bolo e queijo 😋

2024-01-13

4

Eliziene

Eliziene

gostando muito

2023-05-30

4

Léia Almeida Carlin

Léia Almeida Carlin

haaaa.....que homem....Jesus amado ....

2023-03-19

0

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