08

CONTINUANDO...

DIANA

De volta a segurança do meu pequeno quartinho respiro aliviada, encostada na porta penso em como me livrei do pior.

Tudo parecia um pesadelo, eu não acreditei que realmente estava vivendo aquela situação, vê-lo sentado ao meu lado, abrindo a calça foi

aterrorizante eu só pensava em fugir, entro em pânico só em imaginar o que teria acontecido se o Dr. Henrique não tivesse chego.

Ando até a minha cama e ali me jogo nela.

— Ele me salvou.

Digo em voz alta.

Deitada na cama pego o travesseiro e nele me agarro, penso no momento em que o Sr Henrique toca em meu rosto com suas mãos grandes, meu coração ficou disparado com sua aproximação.

Em meio a tanto caos uma coisa boa me aconteceu; Sonhar com o Dr King.

HENRIQUE

Ao chegar na sala de jantar onde o buffet principal foi montado, noto os convidados pelo jeito ninguém sentiu a minha falta, agradeço o bom trabalho de minha mãe nesse quesito, aceno para alguns, cumprimento outros que vêm me parabenizar pelo evento e quando estou para voltar para o meu assento, deparo-me com Patrícia.

— Nós precisamos conversar Henrique e eu prefiro estar a sós contigo.

Okay, por essa eu não esperava, mas tudo bem. Tenho que aturar os chiliques dela.

— Pode ser no meu gabinete, por favor me acompanhe.

Ao chegar no cômodo eu entro primeiro e Patrícia logo em seguida, ela fecha a porta e eu me sento em minha mesa.

— Então oque queria me dizer.

— Meu irmão Rodolfo me mandou uma mensagem e disse que você o expulsou daqui. Como pode fazer isso com minha família, eu tive que fingir que nada estava acontecendo para não alarmar nossos pais.

Eu estava sem paciência para essas crises de Patrícia e ao ouvir falar de Rodolfo meu sangue ferveu ao lembrar dele encima de Diana.

— Seu querido irmão não falou o motivo. Ele assediou uma de minhas funcionárias, e esse tipo de desrespeito eu não vou admitir.

— Como sabe que não foi ela que o estava seduzindo... ah por favor meu irmão e rico de boa família e essas caça fortunas adoram dar um golpe.

Eu não queria perder a paciência com Patrícia mas ela passou dos limites ao dizer besteiras.

— Seu irmão queria pegar a força uma pobre garota de dezoito anos, Patrícia ele não tem juízo, mesmo ela dizendo que não queria o infeliz partiu pra cima dela.

— E você acredita nela e não no meu irmão?

— Sim. Eu acredito nela, seu irmão não põe mas os pés na minha casa.

— Pelo visto a empregada já conseguiu te cegar Henrique, não tenho dúvidas que o mesmo charme que ela jogou para Rodolfo deve ter jogado para você também e caiu como patinho.

— Está louca Patrícia. Você e eu sabemos como Rodolfo é, não tente amenizar as coisas.

Ela gargalha e revira os olhos fazendo deboche.

— Ela é de maior, Henrique.

— Isso não significa nada. Não e não Patrícia.

— Se não irá defender minha família por mim então não sei oque pensar sobre nosso relacionamento Henrique, eu vou embora amanhã mais calma conversarmos. Irei chamar meus pais. Até.

— Patrícia! Patrícia não faça drama.

— Não se preocupe. Seu negócio com meu pai estará de pé, não irei comentar o ocorrido apenas direi que não me sinto bem de saúde... amanhã nós vemos.

Ela sai me deixando sozinho.

Eu permaneço ali parado, quando olho para a porta vejo entrando meu irmão Lucas, minha mãe Molly e minha irmã caçula Bella.

— Nós vimos a família de sua namorada saindo.

Falou meu irmão Lucas, eu apenas dou os ombros sem me importar.

— Filho aconteceu alguma coisa?

Minha mãe veio até mim acariciando meus cabelos, com ela por perto eu voltava a ser um menino de cinco anos de novo.

— Para a reunião de família esta completa só falta o papai e Sophia.

— Eles estão se despedindo dos convidados acho que não tem clima para festejar... diga oque houve.

Eu decidi me abrir com minha família e contar oque aconteceu anteriormente com Diana e Rodolfo. Eles me ouviram e a reação deles é a que eu esperava, de pura indignação.

— Mas isso é um absurdo, essa menina deveria processá-lo por assédio.

Falou minha mãe revoltada, meu pai e Sophia já estavam conosco, e também ficaram revoltados juntamente com os outros.

— Esse menino sempre foi problema, ainda bem que ele desistiu de tentar namorar Sophia e Bella.

Falou meu pai.

Bella fez cara de nojo e Sophia fingiu colocar o dedo na garganta dando a entender que iria vomitar. Eu e Lucas rimos.

Meus pais ficaram muito satisfeitos quando Rodolfo desistiu de cortejar minhas irmãs.

Aquele traste não esta a altura das duas mulheres King mais lindas do mundo. Eu sou muito ciumento com elas.

— Já está tarde, já vamos.

Falou minha mãe.

Depois de abraçar a todos e me despedir da minha família, assim que eles partiram ao invés de ir para o meu quarto eu ando em direção ao jardim caminhando sem rumo e quando vejo estou de frente para a habitação de Diana. Como vim parar aqui?

Noto que a porta está encostada, sinto um medo terrível de alguém ter invadido o quarto dela.

Entro desesperado.

Tem pouca luz no quarto, porta do banheiro não está trancada, o som do chuveiro e o cheiro do sabonete imperam no ambiente, minha mente me

leva a imaginá-la debaixo da água, acariciando seu corpo que deve ser maravilhoso, macio, gostoso, meus pensamentos não param, sento-me na poltrona que fica praticamente ao lado da cama, a vejo nos meus sonhos mais

perversos, saindo completamente nua, vindo ao meu encontro, só o pensamento já deixa meu amiguinho debaixo na sua melhor forma, fecho meus olhos tentando me controlar, luto com meus impulsos, repito milhares de vezes que Diana é provavelmente inexperiente demais para mim, suspiro e quando abro meus olhos, nada, absolutamente nada poderia me preparar para visão que estava tendo.

Eu já tinha visto mulheres belíssimas nas mais lindas lingeries reveladoras, mas por incrível que possa parecer, a malha de conjunto de moletom desenhando suas coxas, a camisa delineando seus seios, com o zíper fechado até o ponto certo para me deixar com vontade de abrir, consegue me provocar muito mais.

É incrível o efeito de ver e não ver ao mesmo tempo, sem falar nos seus longos cabelos soltos.

— Sr Henrique?

Sua voz de menina em um tom baixo penetra meus ouvidos e meu desejo masculino chega a me incomodar buscando sua libertação. Eu não sei se vou conseguir, de verdade, disfarçar.

— A porta estava aberta... fiquei preocupado que alguém tivesse invadido e entrei para verificar. Não sabe que é perigoso deixar a porta aberta Diana.

Minha voz sai um pouco alterada mas não por estar com raiva mas sim por estar excitado ao vê-la. Que droga! Diana!

— Maria veio me ver... como não comi nada ela me trouxe uma pequena marmita, Ela acabou de sair e eu não notei se fechei a porta.

Uma voz gritou na minha cabeça pra sair dali depressa.

— Diana feche a porta. Por favor! Boa noite!

Levanto-me com as mãos nos bolsos da calça para disfarçar, começo a me retirar, até que sinto um toque em meu braço que deixa mais tenso ainda.

— Doutor obrigado pela ajuda. Me livrou de uma enrascada.

Sai daí Henrique, corre. Você não pode se aproveitar de uma menina vulnerável.

Minha voz da consciência gritava para mim.

— Não precisa agradecer. Durma bem Diana.

Eu abro a porta e saiu para a noite.

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Comments

joana Almeida lima

joana Almeida lima

A garota acabou de sofrer uma tentativa de estupro e deixa a porta encostada e vai pro banheiro tranquila?

2024-03-18

1

Fabilene Jones

Fabilene Jones

nossa que auto controle esse de Enrique

2023-08-15

8

Mágda Virgínia Rocha

Mágda Virgínia Rocha

fale por vc .

2023-07-28

0

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