Capítulo 18

Felipe

   Eu sai de casa cedo deixando uma carta pra Nanda avisando pra não sair de casa e deixando claro que a amo, hoje quando acordei Quatorze me ligou dizendo que a visita da semana que vem ia ter que passar pra hoje. Calma vocês devem estar achando estranho um cara de uma outra facção ficar fazendo visitas ao meu morro, então eu vou explicar a facção do Quatorze não é nosso inimigo e nem aliada, eu e o Quatorze nao nos damos bem por motivos pessoais que eu explico depois, mais como a família do chefe do Alemão mora aqui na Rocinha por motivos de segurança eles tem quase passe livre pra andar por aqui as vezes.+

- Fala ae Grego! - o Fumaça falou assim que desce da moto.

- Fala ae Fumaça! Cadê Dentinho hein?! - eu falei fazendo toque com ele - Tá sempre atrasado mano. - eu falei entrando no galpão.

- Deve tá dormindo chefe pera aí! - ele falou e pegou o rádio.

Radio On :

- ACORDA DENTINHO!!!

- PORRA MANO PRECISA ME ACORDA ASSIM?!!!

- O chefe ta aqui e quer falar contigo!

- Tô indo!

Radio Off :

   Em menos de três minutos o Dentinho já tava lá ainda com o cabelo bagunçado e cara de sono, fumaça não parava de rir da cara dele e e eu entrei nessa também. Depois de tirar muito sarro da cara do Dentinho eu resolvi passar pra eles a situação da operação que quero fazer no morro.

- Eu chamei os dois aqui mais pra falar de uma operação que eu tô pensando em fazer semana que vem! - eu falei e e eles se interessaram mais sobre o assunto.

- Mais quem vai com você... eu e Dentinho não vamo tá aqui pra te ajudar mano! - Fumaça falou sentando nas caixas com armas.

- Eu tava pensando em Calebe e Bola! Mais ai eu resolvi no lugar do Bola chamar o Maranhão.

- Eu aprovo o Maranhão tem mais experiência nessas coisas do que o Bola! - Dentinho falou e Isaac concordou.

- Mais ai mano como vai ser essa operação aí?! - Isaac perguntou tragando um cigarro comum.

- Calma aí que eu vou chamar os muleke! - eu falei me levantando e indo até o lado de fora do galpão - Aí reunião aqui agora!

- Fala chefe! - um dos mulekes falou quando me sentei.

- Eu vou dar os esquemas pra nossa operação! - eu falei pegando um papel com tudo esquematizado dentro da gaveta.

- Mas porque que nos vai invadi a caverna dos Tróia mermo? - o mais novo do bando ali perguntou.

- Como vocês sabem nosso parça foi preso a pouco tempo e ele tá na caverna então nós vai invadi e tirar o menor de lá! - eu falei e os mulekes concordaram.

- Mas aí como vai ser isso? - Calebe perguntou.

- Você e Juninho vão ficar comigo! O Vitinho e o Rafa ficam de quarta, Vini e Maciel vão tirar o meno de lá, Hiago e o Dennis vão cuidar dos Tróias enquanto nois aqui vamo ficar dando cobertura na entrada durante e na saída da operação. - eu falei e todos concordaram.

- Mas nós não sabe onde os Tróia fica posicionados! - o Vitinho falou mais o que eles não sabem é que o Isaac já tava estudando eles desde o dia em que prenderam o meno, então ele sabe onde cada Tróia fica.

- Eu sei onde eles ficam! - o Isaac falou - Bom ficam dos guardas na entrada e dentro da delegacia ficam mais oito caras e o delegado e um outro cara que eu nem sei o que faz, nas selas ficam três carinha e nos fundos não fica ninguém e lá tem uma porta que fica destrancada então só é distrai os caras da frente e entrar pelos fundos que tu vai direto pra ala onde fica os meno preso e os tres carinhas sao trouxas, vai ser facil facil.

- Então tá aí Vitor você que é o único com cara de civilizado aqui distrai os caras! - eu falei e os carinha riaram.

- Que dia vai ser a operação chefe?! - o Vini perguntou.

- Depois de amanhã! quero geral aqui cedo! - eu falei e eles saíram.

   Fiz a contabilidade dos pacotes novos que chegaram e isso me tomou metade do dia. Isaac e Pedro tinham ido pra casa e eu tive que fazer tudo com o lerdo do Hiago o que só ajudou a demorar mais tempo, quando terminei tudo que eu ia saindo da minha sala o Marlon apareceu.

- Chefe Quatorze tá tirando marra pra cima da patroinha! - ele falou e meu sangue ferveu na hora.

- Quem esse babaca pensa que é pra entrar no meu morro e tirar marra com a minha mupher! - eu falei batendo na mesa.+

- Não sei chefe só vi ele puxar ela pelo braço, os mulekes segurou ele é tudo! - agora sim eu ia matar ele, era de certeza.

    Peguei a moto e fui parar onde o Marlon disse que o Quatorze tava com a minha mulher. Quando eu cheguei lá ela estava com os olhos cheios de lágrimas segurando o braço e ele sendo segurado pelos meno.

- Quem você pensa que é pra mexer com a minha mulher?! - eu gritei assim que cheguei perto dele.

- Ela é sua mulher? - ele perguntou cínico.

- Minha mulher... e que história é essa que você bateu nela?! - eu perguntei me segurando pra não dar um soco na cara dele.

- Ela é bem gostosinha! - ele falou e eu dei um soco na cara dele que fez a boca dele sangrar.

- Não quero mais que você venha no meu morro... Tá ouvindo?! - eu gritei no ouvido dele.

- Você sabe que não pode me proibir de vim aqui, ou tu quer arrumar briga com o Alemão?! -ele perguntou mais a essa altura eu já tava pouco me importando com o Alemão.+

- Pouco me importa o Alemão... eu quero que tu vá embora! - eu eu falei e ele me encarou com raiva.

- Isso não vai ficar assim! -ele falou quando os mulekes soltaram ele - Gatinha, depois conversa melhor! - ele falou e a Nanda cuspiu no chão.

- Você tá bem? - eu perguntei assim que os meno levou ele pra fora do meu morro, Nanda não falou nada só me abraçou.

Rafio On:

- Aí meno não quero ninguém do Alemão entrando no morro!

- Tá certo chefe.

- Nem mermo o Quatorze e se disserem que eu autorizei a entrada é mentira!

- Falou chefe.

- Foco, força e fé aí irmão!

- Foco, força e fé chefe!

Radio Off :

    Depois de passar as ordens pros meno eu levei a Nanda até até casa da Faby. E deixei bem claro que se ela quisesse vim embora era ou pra me chamar ou pra pedir pra um fosse mulekes levar ela até em casa.

- Tchau baixinha! - eu falei quando deixei ela na porta da casa da Faby.

- Tchau bobo! - ela falou me dando um selinho e entrando na casa da Faby.

   Voltei pra boca pra organizar tudo já era eu e a Nanda que ia levar a Faby, a Luuh, o Isaac e o Pedro na Rodoviária. Quando terminei tudo recebi uma ligação da Nanda.

Chamada On :

- Oi amor.

- Pode vim me buscar?

- Ja tô indo!

- Tá Tchal!

- Tchal!

Chamada Off :

    Eu terminei de guardar as coisas e fui direto na casa da Faby, peguei a Nanda e fomos pra casa já que ainda temos que nos arrumar pra levar eles no aeroporto. O Carlinhos vai ficar com a Dona Maria mãe do Calebe, ela sempre tomou conta dele pra mim e a Lele vai com a gente. Assim que chegamos Nanda foi logo tomar um banho e logo em seguida eu tomei o meu, quando sai do banheiro e me deparei com com a Nanda me perguntei se é normal uma mulher ficar tão bonita apenas de calça jeans preta e uma blusa cinza larguinha.

- Você tá linda! - eu falei abraçando ela por trás.

- E vou ficar mais se me deixar fazer minha maquiagem! - ela falou ela e eu sorri a soltando e indo caçar algo pra vesti.

    Peguei uma calça jeans escura e uma camisa social rosa escuro com um vans preto e vesti, como eu não gosto de arrumar o cabelo eu apenas passei a mão nele com gel por cima pra ele ficar no lugar e o despenteei, passei perfume e pronto já Nanda continuava se arrumando fiquei a observando e ela passou um treco no olho umas trinta vezes seguidas.

- Você vai acabar ficando cega com esse tanto de negócio que você passa nos olhos! - eu falei e ela sorriu.

- Eu não passei tanta coisa só lápis, iluminador, e rime! - ela falou e passou um batom com de nada na boca.

- E esse batom cor de nada! - eu falei e ela veio e se sentou no meu colo.

- Não é cor de nada é nud e eu passei porque os olhos ficou muito escuros por conta do lápis preto bem marcado! - ela falou e me beijou.

- Entendi agora vamos pra não atrasar - eu falei e e ela pegou uma bolça cheia de penduricalhos.

    Peguei as chaves do carro e minha carteira, peguei também minha glock e coloquei na cintura, quando descemos a Lele estava se pegando com Calebe no sofá, pegamos o carro e fomos até a casa da Faby. O Isaac dirigiu até a rodoviária e Calebe que ia trazer o carro de volta.

    Nos despedimos deles e voltamos pra casa, eu e é a Nanda conversávamos sobre várias coisas até que ela chegou em um assunto complicado.

- Eu fiquei sabendo que o Quatorze já mexeu com a Lele também... é verdade?! - ela perguntou e eu me arrepiei com arrepiei lembrança daquele dia novamente.

Flashback On :

   O Quatorze ainda morava aqui no morro nessa época e pior ele era meu braço direito aqui ele era o segundo chefe aqui. Até que um dia eu sai mais cedo da boca boca e fui pra casa já que era aniversário da Lele, ela tava fazendo treze anos. Quando eu cheguei em casa ela tava vazia então eu fui pro meu quarto mais quando eu cheguei no corredor ouvi uns gritos vindo do quarto da minha irmã, posicionei o fuzil e fui até lá sem fazer barulho. Quando cheguei no quarto o Quatorze estava tentando abusar da minha irmã eu posicionei o fuzil e gritei ele.

- Larga a minha irmã seu filho da puta desgraçado! - eu falei o puxando de cima dela.

- Grego! Qual é cara sua irmã tava curtindo! - ele falou debochado só me fazendo ficar com mais raiva daquele desgraçado.

- Ou você sai ou eu meto uma bala na sua cabeça! - eu falei realmente disposto a matar ele só que eu lembrei que promete a minha irmã que não mataria mais ninguém.

    Ele pegou a camisa e saiu do quarto com pressa eu fui até minha irmã que chorava encolhida no canto da cama, eu a abracei e fiquei ali fazendo carinho nela enquanto me acalmava. Minha irmã passou um mês tendo pesadelos não queria sair de casa mesmo eu tendo expulsado o Quatorze daqui no dia seguinte ao acontecido. Eu nunca tinha visto minha irmã tão mal como eu vi durante aquele mês, mas com o tempo ela foi melhorando e com o passar dos anos as coisas melhoraram não estou dizendo que ela não tenha trauma mais sim que ela aprendeu a lidar com aquilo é cll Calebe só ajudou agora eu a vejo feliz de verdade.

Flashback Off :

- Nossa eu não tinha idéia de que ele tentou abusar da Lele! - a Nanda falou pasma.

- Mas isso já passou! - eu falei e ela assentiu.

    Fomos pra casa em silêncio e quando chegamos fomos direto dormir, estávamos muito cansados pra fazer qualquer outra coisa além de dormir. Mas isso não me impediu de pensar em como eu estava feliz por estar com minha mulher.

(...)

    Já estávamos no ponto certo pro ataque a caverna dos Tróia os mulekes estavam todos atrás do carro e agora era só distrai os caras, ficamos desfalcados já que o Rafa e o Hiago não puderam vim.

- Vini e Vitor vocês vão lá na frente da delegacia e começa uma discussão e quando os policiais forem até vocês nos entramos! - eu falei pra eles ainda dentro do carro.

- Pode deixar! - eles falaram saindo do carro.

    Eles foram fingindo uma discussão até chegar na frente da delegacia, quando o policial foi até eles os menino foram na parte de trás da delegacia, Vitor e Vini voltaram claro que o Vini veio pela rua contrária aparecendo atrás da gente.

- Boa mulekes! Vocês mandaram muito bem! - eu falei parabenizando os dois.

- Valeu chefe! - eles falaram e nesse momento começou uns barulhos de tiros.

- Que merda é essa?! - eu falei e os meninos me olharam assustados.

- Porra mano deu errado, vamo ter que invadir! - Vitor gritou e nos levantamos indo em direção a delegacia.

    Algumas pessoas corriam ao nosso lado e entramos na delegacia eu, Vitor e Vini entramos por trás e os outros meninos foi pela frente, la dentro algumas pessoas que estavam presas ali gritavam pedindo pra abrir as celas. Fomos até a entrada da sala do delegado onde os meninos estavam escondidos e os Tróia estavam em uma sala.

- O que aconteceu Hiago?! - eu perguntei assim que entramos na sala.

- Não sei mano o Isaac deve ter se enganado mano tinha mais cara aqui mano! - ele falou assustado.

- Nós acerto dois deles... aí eles se trancaram naquela sala ali mais nós não podemos sair se não eles atiram da janela onde eles tão escondidos...! - outro tiro foi disparado que acertou a porta.

- Tá vamo revezar, vocês vão por ali e nós vai por aqui... mais ó vocês fazem barulho lá quando nós passar nós passar vamo fazer barulho também aí vocês saem valeu?! - todos concordaram e eles atiram mais uma vez mais mesmo assim eu disse que ia na frente.

    Fui devagar até a porta e a abri com cuidado então eu ouvi o barulho e logo em seguida uma dor abaixo do peito esquerdo logo em seguida eu cai e bate a cabeça em algum móvel. Meu peito queimava e eu não conseguia andar estava sendo arrastado pelos mulekes, fui arrastado até o carro onde me colocaram no fundo e me e começou a discussão.

- O que vamo fazer mano?! - um perguntou.

- Vamo levar levar ele pro hospital! - o outro respondeu.

- Mais não podemos levar ele pro hospital aqui do Leblon se não vão prender ele! - Hiago falou.

- Então vamo levar ele pro hospital do morro! - Vini falou já acelerando já que era ele quem tava no volante.

- Va... Vamos logo! - eu falei com muita dor.

   Vini acelerou cortando vários outros carros e em poucos minutos estávamos de frente ao hospital, eu já estava sem forças e assim que me colocaram na maca eu não vi mais nada.

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Comments

Janete Dos Santos

Janete Dos Santos

Portanto autora que traficante é esse que não matou e nem torturou o abusador da irmã ?? e agora da mulher também??? afff

2024-01-09

0

Simone Gaspar

Simone Gaspar

Nunca ĺĺ uma história que os traficantes não tem dinheiro
viagem de ônibus
Não tem dinheiro pra pagar o pré natal
o cara abusa da irmã dele é ele não mata e continua deixando o cara entrar no Morro
só rindo

2023-04-23

4

anônimo 😴

anônimo 😴

não vejo problema nenhum dele e a Nanda estarem juntos, acho até fofinho tipo eu sei q dá cadeia pelo fato dela ter 14, mas não vejo problema na diferença de idade. minha opinião

2023-01-02

1

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