O Preço da Redenção

O Preço da Redenção

O Reencontro Inesperado

​A sala de reuniões da Pavini Pharmaceuticals era um espelho da alma de Luigi Pavini: fria, impecável e exalando um poder inquestionável , no entanto, a atmosfera pesava com a raiva contida do CEO. À sua frente, relatórios de vendas despencavam como um presságio, e os dados de lucros eram um insulto à sua reputação.

​— Isso é inaceitável! — A voz de Luigi cortou o silêncio, baixa, mas carregada de uma autoridade que fazia os executivos encolherem. Seus olhos azuis, geralmente gélidos, ardiam com uma intensidade perigosa. — Estamos perdendo terreno para a Valerius Corporation onde está o problema, Sra. Moretti?

​Sua secretária , uma mulher de trinta e poucos anos com uma obsessão por decotes profundos, empalideceu.

​— Senhor, eu… eu tenho tentado organizar os dados, mas…

​— Mas nada! — Ele a interrompeu, a paciência esgotada. — Você está aqui para facilitar a minha vida, não para complicá-la com desculpas esfarrapadas onde está a proposta revisada para o projeto Érebo?

​— Eu ainda não consegui…

​— Chega. — Luigi se levantou, a figura imponente projetando uma sombra sobre ela. — Considere-se demitida, Sra Moretti leve seus pertences e não volte mais.

​A mulher o encarou, chocada, antes de sair em um misto de fúria e humilhação Luigi massageou as têmporas era a terceira assistente que ele demitia nos últimos seis meses, todas pareciam mais interessados em flertar do que em trabalhar, e sua tolerância para incompetência era nula.

Especialmente agora, com os negócios da família ambos os negócios, o legal e o que prosperava nas sombras , exigindo sua atenção total.

​Ele seguiu direto para o RH, a expressão séria Dona Rosa, a gerente do departamento, uma senhora de cabelos grisalhos e óculos na ponta do nariz, ergueu os olhos surpresa ao vê-lo.

​— Senhor Pavini! A que devo a honra?

​— Preciso de uma nova secretária, Dona Rosa e preciso dela para ontem. — Ele se recostou na cadeira, o terno de grife ajustando-se perfeitamente à sua musculatura. — E, por favor, me poupe do desfile de "profissionais" que só sabem dar em cima de mim.

​— Entendo, senhor. — Dona Rosa ajustou os óculos.

— O que o senhor procura exatamente?

​— Alguém competente, discreta, que saiba antecipar minhas necessidades e, acima de tudo, que entenda a seriedade desta empresa que seja focada no trabalho, não na minha… disponibilidade.

​— Certo , abriremos um processo de seleção rigoroso imediatamente.

​As entrevistas começaram na manhã seguinte Luigi estava sentado em sua cadeira de couro, com a mandíbula tensa. Uma candidata após a outra desfilava por sua sala: jovens, ambiciosas, todas com currículos impressionantes, mas todas com o mesmo olhar de admiração que ele detestava. Elas riam demais das suas piadas sem graça.

​— Próxima! — ele resmungou para sua assistente temporária, já exausto.

​A porta se abriu novamente, mas, desta vez, o mundo pareceu parar.

​Seus olhos fixaram-se nela baixa, com cabelos castanhos caindo em ondas suaves sobre os ombros. A roupa social simples conseguia esconder as curvas femininas, mas o que o atingiu com força foi o rosto aqueles olhos grandes e expressivos, a boca desenhada… a respiração de Luigi engatou. Era ela a mulher daquela noite embriagada de meses atrás a única mulher que havia penetrado sua armadura desde a morte de sua família.

​Bella Martinelli.

​Seu coração, que ele acreditava estar morto, deu um salto doloroso no peito o reconhecimento foi instantâneo, brutal. Ele sentiu o sangue ferver, uma mistura de fúria e desejo primitivo ele tinha vasculhado o país , usando todos os seus recursos, os limpos e os sujos, para encontrar aquele rosto que o assombrava. E como ela se atrevia a aparecer ali, como se nada tivesse acontecido?

​Bella se sentou à sua frente, a postura elegante, mas sem o nervosismo exagerado das outras , seus olhos percorreram a sala e, brevemente, encontraram os dele. Mas não havia reconhecimento nenhuma fagulha de lembrança nada.

​A indiferença dela o atingiu como um soco no estômago, ele era Luigi Pavini, e ela o havia esquecido? Era um insulto ao seu poder, à sua própria existência.

​— Boa tarde, Sra Martinelli. — A voz de Luigi saiu mais dura do que o pretendido, e ele se amaldiçoou por isso.

​— Boa tarde, Sr Pavini é um prazer. — A voz dela era suave, mas firme, sem tremores.

​— Seu currículo é… interessante. — Ele folheou os papéis, embora sua mente estivesse em outro lugar, revisitando cada detalhe daquela noite ele a tinha procurado incansavelmente, e ela sequer o reconhecia. A raiva borbulhava. — Você tem uma formação sólida, experiência em grandes corporações.

​— Sim, senhor dediquei-me bastante aos estudos e à minha carreira. Acredito que minhas qualificações se encaixam perfeitamente na descrição da vaga.

​Ela não flertava, não sorria de forma convidativa apenas falava com uma confiança calma, profissionalismo puro. Isso o irritava ainda mais, pois tirava dele qualquer justificativa fácil para a fúria que sentia. Não havia nada além de competência.

​— O que a motivou a se candidatar a esta vaga, Sra Martinelli?

​— A reputação da Pavini Pharmaceuticals é inquestionável, e a oportunidade de trabalhar em uma empresa líder de mercado é muito atraente,

além disso, busco um ambiente onde possa aplicar minhas habilidades e crescer profissionalmente.

​Luigi a observou, analisando cada movimento, cada palavra , ela não era apenas bonita; era inteligente, articulada, com uma aura de força que as outras não possuíam. Havia uma profundidade em seus olhos que ele não conseguia decifrar, uma melancolia sutil que o intrigava.

​Ele entrevistou todas as outras candidatas após Bella nenhuma delas se comparava, elas pareciam pálidas, sem brilho, e suas tentativas de sedução eram patéticas. Nenhuma delas tinha a elegância e a inteligência de Bella Martinelli e nenhuma delas o fazia querer destruir tudo e, ao mesmo tempo, arrastá-la para o mais profundo dos seus abismos.

​Quando a última candidata saiu, Luigi se recostou na cadeira, fechando os olhos por um momento a imagem de Bella estava gravada em sua mente. O fato de ela não o ter reconhecido, e de não ter agido como as outras, era um mistério que ele precisava desvendarn era um desafio e Luigi Pavini amava desafios.

​Ele pegou o telefone.

​— Dona Rosa a Sra Martinelli contrate-a.

​— A Bella Martinelli? Tem certeza, senhor? Ela é uma excelente candidata, mas…

​— Contrate-a. Começando na próxima segunda-feira.

— A voz de Luigi não admitia questionamentos. — E quero todos os dados sobre ela tudo.

​Enquanto desligava, um sorriso perigoso e quase imperceptível surgiu em seus lábios Bella Martinelli. Ela havia voltado e, desta vez, ele não a deixaria escapar, ele a teria por perto, onde poderia observá-la, entender por que ela o havia esquecido, e tomar posse de cada um dos seus segredos e a melhor parte: ela nem imaginava o quão profundamente ele a possuiria.

Nome: Luigi De Ângelo Pavini

Idade: 36 anos

altura: 1,98

Nome:Bella Martinelli

Idade:24 anos

Altura:1,60

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Comments

Sonia Bezerra

Sonia Bezerra

25-10-25 começando a ler,estou gostando e vamos a história
👏👏👏👏👏

2025-10-26

2

Leitora compulsiva

Leitora compulsiva

primeiro capítulo bem interessante 👏❤️

2025-10-20

1

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