Mas Quem É O Popular!?

Mas Quem É O Popular!?

Cap. 1

─ Minhas família nunca passou por dificuldades, sempre tivemos um vida financeira ótima, isso até minha 6° série, meu pai se tornou uma das 10 famílias mais bem sucedida da cidade, e ficávamos em 8 lugar.

Porém, todo aquele dinheiro e influência só trazia mal para meu pai, ele estava sempre esgotado de tudo, sem paciência e a família sempre dando mais e mais problemas.

Era cansativo... Eu sentia saudades de seus carinhos, sorrisos e abraços, minha mãe também estava distante, estava sempre cuidando da imagem da imprensa.

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Até que o pior aconteceu.

Era o final do ano, e também o dia do meu aniversário — 28 de dezembro. Uma data que sempre foi marcada por comemorações, abraços apertados e sorrisos em família. Mas, naquele ano, tudo mudou.

Meus pais estavam tentando chegar em casa a tempo para comemorar comigo. O fim de ano sempre trazia aquela correria, compromissos acumulados, obrigações sociais, e eles estavam divididos entre o trabalho, eventos e a promessa de estarmos juntos. Havia muita pressão, tanto externa quanto interna — e eles sentiam isso.

O tempo não ajudava. Chovia forte naquele dia, e as pistas estavam perigosamente escorregadias. Mesmo assim, decidiram pegar a estrada, apressados, querendo fazer valer a promessa de estarem comigo no meu dia. Foi aí que o inevitável aconteceu.

O carro perdeu o controle em uma curva e colidiu. Algumas pessoas que passavam pelo local prestaram socorro imediatamente. Ambulâncias chegaram, tentaram de tudo... Mas, cerca de uma hora após o acidente, recebi a notícia que partiu meu mundo ao meio: meus pais não resistiram aos ferimentos.

O tempo parou.

Tudo ficou em silêncio dentro de mim, mesmo com o barulho das sirenes, das ligações, das vozes tentando me consolar. Eu não conseguia entender. Como algo tão bonito quanto o amor de pais por um filho — a pressa em chegar, a vontade de estar junto — poderia terminar de forma tão trágica?

Aquele dia, que sempre foi sinônimo de felicidade para mim, se transformou em uma lembrança marcada pela dor mais profunda que já senti. Desde então, o 28 de dezembro carrega um peso silencioso, uma ausência que nunca será preenchida.

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Aquela noite foi um vazio sem fim. Eu me sentia devastada. Era como se uma parte de mim tivesse ido embora junto com eles — uma parte grande, insubstituível. A casa parecia mais fria, mais silenciosa do que nunca. Nada fazia sentido. Eu só conseguia chorar. Dormir parecia impossível. Comer, irrelevante. Viver, difícil.

Mas, em meio a todo aquele caos emocional, havia uma pequena chama dentro de mim que ainda não tinha se apagado. Um pingo de esperança. Algo que minha mãe sempre falou com brilho nos olhos: ela sonhava em me ver entrando na escola dos sonhos dela — uma instituição renomada, exigente, onde ela acreditava que eu teria um futuro promissor.

Mesmo em meio à dor, essa lembrança foi ficando cada vez mais forte em mim. Era como se aquela escola fosse meu último elo com ela. Talvez, se eu conseguisse entrar, de alguma forma eu ainda poderia sentir sua presença comigo. Talvez fosse uma forma de honrar tudo o que ela acreditava, tudo o que ela sonhava pra mim.

Eu sabia que não seria fácil. A escola exigia muito, e eu estava emocionalmente quebrada. Mas justamente por isso, por não ter mais nada a perder, eu decidi tentar. Me agarrei a esse objetivo com tudo o que me restava. Era a única direção clara em meio ao luto, a única coisa que me dava algum propósito, alguma força para continuar.

Foi o início de uma nova etapa — cheia de desafios, saudade e superações. Mas também foi ali que eu comecei a entender que o amor deles continuava vivo em mim. E que, mesmo sem os abraços, os carinhos e os sorrisos de antes, eu ainda podia levá-los comigo, em cada passo, em cada conquista.

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