Flor da Tempestade
📚 Para quem vai ler, não esqueça de ajudar a autora, para sempre ter mais histórias novas completas. Ajudem:
✔️Curtindo todos os capítulos
✔️Deixando comentários
✔️ Votando na história aos domingos depois das 13horas
✔️ Adicionando na biblioteca, favoritando
✔️ Deem presentes
✔️ Assistam aos anúncios
✔️Compartilhem com outras leitoras
✔️ Ao finalizarem deem as estrelas na avaliação
Tudo isso faz uma enorme diferença e incentiva muito. 💖💋
❤️🔥Romance❤️🔥Ceo❤️🔥Hot❤️🔥Diferença social
Leônidas, aos quarenta e poucos anos, carregava nos ombros o peso de um império construído à custa de noites mal dormidas e decisões implacáveis. Era o ceo magnata da "Prime Boi", uma gigante da indústria de carnes que abastecia churrascarias e supermercados em todos os continentes. Seus olhos, antes talvez vibrantes, agora refletiam uma frieza calculada, resultado de anos dedicados exclusivamente ao crescimento de sua empresa.
A amargura era um tempero sutil, quase imperceptível para os observadores casuais, mas profundamente enraizada em sua alma. Era um homem de poucas palavras e gestos ainda mais econômicos, a não ser quando se tratava de negociar contratos milionários ou inspecionar pessoalmente as instalações de seus frigoríficos. O sucesso estrondoso de seus negócios não havia trazido consigo a felicidade que secretamente almejara em sua juventude, apenas um vazio crescente que ele tentava preencher com números e metas cada vez mais audaciosas.
Seu escritório no último andar do arranha-céu da empresa oferecia uma vista panorâmica da metrópole, mas Leônidas raramente se permitia contemplá-la. Para ele, a cidade lá embaixo era apenas mais um mercado a ser conquistado, mais um palco para a incessante engrenagem de seus negócios. A vida pessoal era um luxo que havia se negado, focando toda a sua energia na expansão da "Prime Boi". As cicatrizes emocionais de um passado que ele se esforçava para esquecer contribuíam para sua aura de inacessibilidade, tornando-o temido e respeitado, mas também solitário em seu reino de carne e poder.
Leônidas, em sua busca incessante por algo que o preenchesse além dos números e da carne, havia colecionado não apenas empresas, mas também quatro casamentos, cada um deles um espelho de sua própria incapacidade de amar e ser amado. Todas as suas exs esposas eram mulheres de beleza estonteante, com personalidades que, à primeira vista, pareciam capazes de amá-lo.
A primeira, Isabel, era uma fotógrafa exuberante, com cabelos cor de fogo e um espírito livre que contrastava violentamente com a rigidez de Leônidas. Ela o via como um desafio, um bloco de gelo a ser derretido, e ele, em sua juventude e inexperiência emocional, acreditou que o caos criativo de Isabelle poderia trazer cor à sua vida monocromática. O casamento durou apenas dois anos, sufocado pela possessividade dele e pela necessidade dela de voar. Isabel, cansada de ser mais uma peça em seu museu particular, partiu sem olhar para trás, levando consigo sua vivacidade, foi morar na Europa e constituiu família, com um músico.
Em seguida veio Sofi, uma renomada advogada, tão cerebral quanto ele, com uma inteligência afiada e uma beleza clássica, de feições simétricas e olhos penetrantes. Leônidas se sentiu atraído pela mente dela, pela capacidade de Sofi de acompanhar seus raciocínios complexos e de discutir negócios com a mesma paixão com que ele os vivia. O casamento foi mais uma parceria estratégica do que uma união de corações.
Eles compartilhavam o sucesso profissional, mas a intimidade emocional era uma terra árida. Sofi, pragmática como era, percebeu que a vida com Leônidas era um contrato sem cláusulas de afeto e, após alguns anos, pediu o divórcio, buscando uma vida com mais calor humano, ela queria filhos e ele não.
A terceira foi Damila, uma ex-modelo internacional, dona de uma beleza estonteante e um sorriso que desarmava qualquer um. Ela era o oposto das duas anteriores: divertida, espontânea, e com uma alegria de viver contagiante. Leônidas, talvez em um momento de exaustão da própria seriedade, pensou que a leveza de Damila poderia ser o antídoto para sua amargura. Ele a mimava com joias e viagens luxuosas, mas era incapaz de oferecer-lhe a atenção genuína e o carinho que ela tanto ansiava.
Damila era muito mais jovem que ele, e valorizava a simplicidade e a conexão, percebeu que era apenas um acessório de luxo na vida do magnata, uma esposa troféu. Seu casamento, pontuado por longas ausências de Leônidas e silêncios pesados, implodiu após três anos, deixando Damila com a sensação de ter vivido em uma gaiola de ouro.
E, por fim, Lyela. também jovem, vibrante, com olhos de esmeralda e uma energia jovial que, por um breve período, conseguiu quebrar a armadura de Leônidas. Ela era uma estudante de gastronomia talentosa, apaixonada por novidades culinárias e por novas experiências.
Leônidas, já com seus quase quarenta anos e a amargura ainda mais profunda, viu em Lyela uma última chance de redenção, de talvez experimentar a doçura da vida que sempre lhe escapara. Ele a presenteou com o restaurante dos seus sonhos, pensou que a havia comprado e, com ela, um pedaço de felicidade.
O casamento durou apenas um ano e meio. Leônidas, consumido pelo trabalho e incapaz de demonstrar carinho ou vulnerabilidade, afastou-a gradualmente. Lyela, por sua vez, sentindo-se negligenciada e invisível, encontrou consolo em outro lugar. Um rapaz mais jovem, que trabalhava como garçom em seu próprio restaurante, ofereceu a ela a atenção, a paixão e a leveza que Leônidas jamais poderia proporcionar.
A notícia da traição chegou a Leônidas de forma brutal, não por palavras, mas por fotos incriminadoras e a fria confissão de Lyela. Para o magnata, não foi apenas o fim de mais um casamento, mas a confirmação de que, no jogo do amor, ele era um perdedor incurável, e que nem todo o seu poder e dinheiro poderiam comprar o que realmente importava. Ele queria ter filhos, acreditava que estavam tentando até.
A traição de Lyela, com um homem tão diferente dele, deixou uma cicatriz profunda, mas também a certeza de que a amargura de Leônidas estava agora mais consolidada do que nunca.
Leônidas, com a amargura ainda mais densa após o golpe final de Lyela, decidiu que era hora de afogar suas mágoas naquilo que sempre o consolou: os negócios. Uma oportunidade surgiu em forma de um luxuoso resort em uma ilha, um paraíso intocado que fervilhava com a promessa de um novo reality show. O plano era simples: a "Prime Boi" seria a principal patrocinadora, com seus cortes premium em destaque, garantindo uma exposição global. Era um movimento puramente estratégico, sem qualquer pretensão de lazer ou descanso para Leônidas.
Na manhã de sua partida, o céu de São Paulo estava limpo e ensolarado. Leônidas chegou ao heliponto particular em seu carro blindado, com a pasta de couro preta firmemente em suas mãos, o rosto impassível como sempre. Não havia despedidas, não havia bagagem extra além de sua determinação férrea.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 42
Comments
Fafa
Vixe!!! Ninguém vive só de negócios. O amor precisa fazer parte também. Talvez ele fez esse tal acordo por causa da da frustração do casamento anterior, mas o passado não pode interferir no presente, ou desanda qualquer relação, como aconteceu com a deles
2025-07-11
3
ana
mais uma obra literária maravilhosa, talentosa autira já amei o livro , anciosa para mais
2025-07-07
2
Fafa
Geralmente quando alguém se enterra no trabalho, é por causa de frustrações na vida pessoal😕
2025-07-11
1