A COMPANHEIRA DE VOLKAR: O ELO PERDIDO ENTRE AS ESTRELAS LIVRO 01

A COMPANHEIRA DE VOLKAR: O ELO PERDIDO ENTRE AS ESTRELAS LIVRO 01

#Prólogo

O universo respirava em silêncio quando o primeiro cristal foi gerado no coração de Zyron. Os antigos contavam que cada cristal não era apenas um mineral, mas um fragmento da Consciência Estelar que mantinha o equilíbrio entre os mundos. E quando os cristais começaram a desaparecer, as estrelas deixaram de cantar.

Zyron era mais do que um planeta, era uma entidade viva. Seus rios cantavam com a voz dos antigos, suas montanhas guardavam os ecos das primeiras guerras e seus ceús pulsavam com o ritmo do destino. Foi neste lugar, entre constelações e tronos ancestrais, que nasceu Volkar, o primogênito do Supremo Volkor. Nascido da linhagem sagrada dos filhos de Índia Pasha, Volkar trazia em seu DNA a herança dos dois mundos: a força da metamorfose e o dom da empatia espiritual.

Com apenas onze luas, ele já derrotava guerreiros adultos em treinamentos sagrados. Aos dezoito, liderava as primeiras missões interplanetárias. Seu corpo era forjado como armadura viva, seus cabelos prateados ondulavam como fios de luz estelar, e seus olhos dourados eram capazes de enxergar através da alma. Mas o que fazia dele um verdadeiro herdeiro não era sua força, e sim a dor silenciosa que carregava: o vazio que nenhum trono, nenhuma vitória e nenhum poder conseguia preencher.

Desde os tempos mais antigos, havia uma profecia murmurada pelas guardiãs de cristais. Dizia-se que um dos filhos de Zyron encontraria sua alma gêmea na Terra, uma mulher mestiça, nascida entre os mundos, marcada pelo símbolo da constelação perdida. Ela traria o elo de volta e restauraria o canto das estrelas. E Volkar sabia, com a precisão de quem sente e não apenas crê, que essa mulher era dele.

Não porque ele a escolheu, mas porque ela o completava. E esse chamado o consumia mais a cada ciclo.

Quando o Conselho Real detectou uma anomalia energética no hemisfério sul da Terra, foi Volkar quem se voluntariou para liderar a expedição. Ele não sabia exatamente o que buscava, mas sentia que o tempo se estreitava e que cada batida de seu coração ecoava na direção dela. Deixou os irmãos encarregados dos Setores de Proteção e embarcou na nave Nostarah, atravessando os portais com uma única missão: encontrar o elo perdido.

Enquanto isso, na Terra, Maya sentia as mudanças mesmo sem compreendê-las. Os animais da floresta se aproximavam dela como se a reconhecessem. O vento sussurrava palavras em línguas que ela jamais aprendera. Seus sonhos se tornavam visões. E em todos eles, um homem de cabelos prateados estendia a mão para ela através da escuridão.

Na noite em que as estrelas pareceram brilhar com mais fúria, a vida de ambos mudou para sempre. E o universo prendeu a respiração.

O silêncio dentro da nave não era ausência de som, era a reverência da matéria diante do inevitável. Volkar se mantinha em pé na câmara de meditação, envolto pela luminescência azulada do núcleo de comando. Os sensores cósmicos alinhavam a trajetória sobre o planeta Terra, mas era sua alma que navegava em outra direção. A direção de Maya.

Na parede diante dele, o mapa estelar pulsava com vida própria. Linhas energéticas traçavam constelações milenares, memórias de guerras, alianças e separações que marcaram as eras. E bem ali, no centro, como se fosse o coração de todo o sistema Zyroniano, vibrava o símbolo ancestral da união sagrada: dois círculos entrelaçados por um traço vertical — o símbolo das almas ligadas pelo destino.

A imagem de Maya surgia ali, translúcida, imperfeita, como uma miragem construída pelas recordações herdadas. Volkar não sabia o som da voz dela, mas sonhava com seu timbre desde antes de nascer. Não conhecia seu toque, mas sentia sua ausência como quem sente falta de um órgão vital. Ela era a metade perdida que tornaria seu poder completo, sua força definitiva, sua linhagem perpétua.

— Maya… — ele sussurrou para o vazio. — Que a sua alma escute o chamado do cosmos.

A nave aproximava-se dos limites superiores da atmosfera terrestre. Os campos de distorção gravitacional começaram a se estabilizar, e a superfície do planeta surgia com nitidez. Verde, azul, branco. Um planeta jovem, caótico e belo. Um planeta onde o amor era escolha, mas o instinto era negado.

Volkar se conectou ao Oráculo Estelar da nave. Era um cristal negro em forma de espiral, que respondia apenas à linhagem real. Com a palma sobre ele, as informações fluíram como se um rio de sabedoria tivesse sido destrancado.

Nome: Planeta Terra

Localização: Braço de Órion, Sistema Solar

População predominante: espécie humanoide, estágio evolutivo instável

Composição racial híbrida: possível descendente da linhagem Zyroniana identificado

Cristal Azul detectado em região tribal do hemisfério sul

Potencial compatível com a Frequência de União 9.9 — único registro entre 4.318 planetas escaneados

Volkar estreitou os olhos dourados. A confirmação estava ali. A ressonância entre sua energia e a presença feminina registrada no planeta era inquestionável. Não apenas era ela. Era agora.

— Prepare a descida em modo camuflado — ordenou ao núcleo de comando. — Estabelecer campo de invisibilidade. Desceremos entre as montanhas.

A nave respondeu com um leve tremor. Em silêncio absoluto, o cruzador de reconhecimento VZ-9 entrou na atmosfera terrestre como uma estrela cadente sem luz. Seu destino: a floresta sagrada dos metamorfos, onde os humanos jamais se atreveriam a pisar. Onde Maya havia nascido, filha de duas raças e aceita por nenhuma.

Enquanto isso, na aldeia, Maya sonhava.

Ela estava deitada sobre peles macias de tamanduá-mouro, oferecidas pela anciã da tribo como proteção contra os espíritos da noite. Seus cabelos castanho-claros espalhavam-se em ondas sobre o travesseiro rústico de algodão selvagem. As mãos repousavam sobre o ventre como se guardassem um segredo. E o coração batia em um compasso diferente — um ritmo que não pertencia ao mundo em que vivia.

No sonho, ela corria entre estrelas.

Estrelas que sussurrava seu nome como se o vento tivesse boca.

Estrelas que a chamavam para casa.

— Maya… Maya… Maya…

Ela não sabia de onde vinha aquele chamado, mas também não desejava escapar dele. Pela primeira vez, não tinha medo. Apenas saudade.

Despertou com um sobressalto.

O céu lá fora, antes nublado, estava cortado por um rastro prateado. Um risco de luz que dançava sobre o horizonte como se abrisse um portal entre mundos.

A jovem levantou-se e saiu da oca, ainda descalça, ainda atordoada. O coração pulsava em um ritmo que não compreendia, como se algo dentro dela tivesse despertado.

A aldeia estava silenciosa. O vento balançava suavemente os sinos de conchas pendurados no arco da entrada. O ar estava mais denso. Mais carregado. Mais... vivo.

E então ela viu.

Sobre as montanhas, onde a névoa costumava dançar sozinha ao amanhecer, uma silhueta se projetava. Não era um animal. Não era humano. Era outra coisa.

E naquele instante, sem saber o porquê, Maya sentiu que aquilo era para ela. Não uma ameaça. Um chamado.

— Ele está vindo — murmurou a xamã, surgindo ao seu lado como uma sombra.

— Quem? — Maya perguntou, sem tirar os olhos do céu.

— Aquele que carrega o teu nome no sangue dele.

Maya olhou para a velha curandeira como se esperasse ouvir que era só mais uma metáfora. Mas não era.

— Não tema — a xamã disse. — Você é filha de dois mundos. E há muito tempo alguém jurou que voltaria para lhe buscar.

CONTINUA...

💫 Nota da Autora – Um Chamado Além da Imaginação 💫

Querido(a) leitor(a),

Antes de seguir por entre estrelas, portais e destinos cruzados, peço a sua atenção por um instante para compartilhar algo do meu coração.

Este romance, A Companheira de Volkar – Guerreiros de Zyron, é uma obra de ficção científica, criada não apenas com a força da imaginação, mas também com o toque sutil da intuição e da espiritualidade que me acompanham desde que me entendo como autora.

Sou espírita kardecista, e como tal, trago comigo valores que vão além do entretenimento. Eu não escrevo erotismo gratuito, nem histórias ocas — escrevo vidas que me chegam em forma de inspiração. Muitas vezes, são imagens, sensações e enredos que brotam em mim como se eu tivesse visitado outros mundos, realidades paralelas e dimensões que ainda não conhecemos.

E talvez eu tenha mesmo.

Não sigo fórmulas prontas. Não busco agradar a algoritmos, modismos ou expectativas de mercado. Escrevo o que meu coração vibra e o que meus mentores espirituais me intuem a transmitir.

Algumas pessoas podem não compreender. E tudo bem. Nem todos estão prontos para aceitar que existe algo além da Terra.

Mas se você está aqui, lendo essas palavras, talvez sua alma já tenha despertado para algo maior.

Esta história é para quem acredita que o amor transcende galáxias.

Para quem sente que não pertence totalmente a este mundo.

Para quem olha para o céu e sabe que há mais — muito mais — esperando por nós.

Se você se identifica com isso, seja muito bem-vindo(a) à minha jornada.

Se desejar comentar, sugerir personagens, dividir suas ideias, sentimentos ou até se conectar com outros leitores e leitoras que vibram na mesma frequência, eu criei um grupo com muito carinho chamado “A PRIDE”. Ele está disponível no aplicativo de leitura da plataforma, e você será muito bem-vindo(a) para fazer parte.

Agradeço profundamente a cada leitura, curtida, comentário e compartilhamento.

Tudo o que escrevo é com amor, propósito e fé.

Se você quiser continuar comigo...

Aperte o cinto.

Vamos explorar juntos o que há além da imaginação.

Com luz,

Tônia Fernandes

Autora e sonhadora interestelar 🌌✨

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