Teresa

Teresa

A primeira Jogada

Capítulo 1 —

“O verdadeiro poder raramente entra pela porta da frente. Ele observa, avalia e sorri — antes de dominar.”

— Fragmento atribuído a Niccolò Machiavelli

Tudo começou numa noite de setembro.

A noite em Beaumont era uma pintura em movimento. Os vitrais da ala norte refletiam o brilho das lanternas que dançavam sob as árvores centenárias. O ar estava carregado de promessas e rivalidades latentes. Era o tradicional Baile de Apresentação dos Calouros, uma cerimônia antiga, quase mitológica, onde o futuro se media em olhares, sobrenomes e sorrisos treinados.

Tereza cruzou os portões com passos firmes.

Seu vestido azul royal desenhava sua silhueta com a precisão de um escultor. As costas nuas revelavam a curva elegante da espinha, enquanto a gargantilha de pérolas emoldurava o pescoço com uma sobriedade nobre. Seu cabelo negro estava preso em um coque baixo, perfeitamente polido. Em sua mão direita, uma bolsa bege discreta. Na esquerda, apenas intenções.

Ela não era uma herdeira. Não era filha de magnatas. Não tinha um sobrenome conhecido. Mas, ao pisar nos corredores de mármore da Beaumont, Tereza não parecia menos do que uma dinastia inteira.

— Quem é ela? — sussurrou uma veterana loira, apoiada no braço do namorado.

— Deve ser alguma transferida europeia… com esse ar de realeza blasé. — respondeu outra, com um tom entre o despeito e a curiosidade.

Tereza ouvia tudo. Não com os ouvidos, mas com os olhos. Mapeava os grupos, analisava os sorrisos falsos, reconhecia os olhares de desejo e as ameaças disfarçadas. Era a selva acadêmica em sua forma mais refinada — e ela era o predador silencioso.

No salão, lustres de cristal lançavam feixes de luz dourada sobre os rostos maquiados. Um quarteto de cordas tocava Vivaldi com arrogância estudada. Os veteranos estavam prontos para avaliar. Os calouros, para serem avaliados. Mas ela não se encaixava em nenhuma dessas categorias.

Foi então que escutou:

— Alex, você viu aquela garota? Está com a postura de quem já nasceu dentro da realeza. Mas aqui, meu amor, você sabe… só há uma rainha. — disse uma voz doce e venenosa.

Tereza não precisou virar para reconhecer a dona da frase. Bastou o apelido seguinte:

— Ursinho, dança comigo antes que aquele grupo da Kennedy me roube você?

“Ursinho”.

Tereza prendeu o riso nos lábios. Não por fraqueza, mas por estratégia. De relance, observou o casal à frente. A loira perfeita com colar de pérolas idêntico ao seu — mas de plástico — e o homem alto, de traços clássicos, cabelos castanhos dourados, terno sob medida. Ele parecia deslocado no próprio pedestal. Belo demais para ser ignorado, frio demais para ser conquistado com facilidade.

Alexander Van Doren.

Tereza ainda não sabia o nome. Mas agora sabia o apelido. E que era da loira. E que odiaria perdê-lo.

Celeste Davenport.

O nome veio depois, murmurado em uma conversa ao lado da mesa de champanhes. Filha do senador. Queridinha da alta sociedade. Um império dourado sobre saltos Louboutin. Mas os olhos dela já haviam registrado Tereza com o mesmo fervor que uma arma registra um alvo.

A tensão entre as duas não foi declarada — ainda. Mas o salão parecia entender.

Enquanto Celeste desfilava como uma monarca instituída, Tereza se movia como uma ameaça invisível, sem pedir licença. Observava todos. Até o professor que a olhou duas vezes.

Arthur Van Doren, o irmão mais velho de Alexander, professor de Direito Constitucional. Seu olhar cruzou com o de Tereza por três segundos. Longos o suficiente para ele erguer uma sobrancelha e ela sorrir, sem abaixar os olhos. Um gesto pequeno. Mas ali, uma guerra de egos começava.

A noite seguiu com danças, trocas de nomes e alianças silenciosas sendo costuradas sob as melodias barrocas. Tereza, no entanto, não dançou. Ela não foi ali para ser notada — ela foi para ser lembrada.

Quando deixou o salão, fez isso sem alarde. Mas vários pares de olhos a seguiram.

Celeste a odiava sem conhecê-la.

Alexander a observava sem saber por quê.

E Beaumont, silenciosamente, começava a se curvar.

A corte tinha novos jogadores.

E a rainha acabara de chegar.

Conhecendo Tereza

Nome Completo

Tereza Maria Fernandez Castillo

🗓 Idade: 21 anos

🌍 Nacionalidade: Estadunidense (mãe mexicana, pai cubano)

👁️ Aparência Física:

• Cabelos: Longos, lisos na raiz com babyliss nas pontas, negros como a meia-noite

• Olhos: Verdes intensos como esmeraldas, sedutores e intimidantes

• Pele: Tom oliva claro, traços latinos refinados

• Altura: 1,70m

• Corpo: Curvas discretas, postura imponente

• Presença: Impositiva, silenciosa, hipnótica

🧠 Personalidade:

• Estratégica, inteligente, analítica

• Ambiciosa: quer subir — e reinar

• Controlada, fria quando necessário

• Sedutora emocional, nunca se entrega

• Astuta e sarcástica com humor ácido

• Determinada, jamais esquece uma humilhação

🏠 Origem:

• Filha de Rosalía (costureira) e Miguel (jardineiro literato)

• Criada na periferia de Miami

• Cicatriz emocional: humilhação na infância por sonhar alto demais

• Bolsa integral na Universidade Beaumont, Boston

🎯 Objetivos:

• Ascensão social sem retorno

• Ser respeitada e temida

• Casamento estratégico (não amor)

• Vingança e poder

• Criar um legado memorável

⚖️ Fragilidades:

• Culpa ao machucar inocentes (mas racionaliza)

• Ama a mãe ferozmente, mesmo escondendo isso

• Medo de se apaixonar

• Desejo secreto de aceitação

• Solidão camuflada

✨ Frase que a define:

“Não vim para ser admirada. Vim para ser temida em silêncio.”

🧬 Estética e Símbolos:

• Cores: Creme, dourado pálido, preto e verde-esmeralda

• Flor: Orquídea branca

• Perfume: Amadeirado com jasmim e âmbar

• Estilo: Sofisticado, minimalista, imponente sem ostentar

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Comments

Sophia Perroni

Sophia Perroni

Amo Teresa❤

2025-08-31

1

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