Meu Tirano Favorito
Um quarto na penumbra. A luz da lua atravessa, por uma fenda da cortina e marca a parede. Gemidos altos, súplicas abafadas e movimentos controlados.
Este é o cenário de mais uma noite de pagamento.
Um homem algemado na cabeceira da cama, algema esta que fica lá presa o tempo todo, como que para lembrar o que pode acontecer quando o proprietário da cama se deita nela com alguém. Esse homem geme, se contorce, grita e não se ilude. O homem quer sair dali, fugir, mas sabe que mesmo querendo não pode fazer isso, desde a primeira vez que encontrou seu algoz, sabe que a fuga não era uma opção.
Seus pulsos doem, resultado de forçá-los por muito tempo, suas pernas estão presas pelo corpo quente de seu captor, seu corpo se mexe em agonia, ansiando pelo momento do clímax que não vem.
Kim! - geme o moreno em desespero.
Já cansei de dizer para não me chamar assim. - sussurra o outro no ouvido do moreno. - Já que não me obedece, vou continuar sua punição.
Por … favor … - geme mais uma vez o moreno.
O quê?
Chega … por … favor.
Eu digo quando termina. - diz o tirano sorrindo.
O moreno não vê nada, está vendado, mãos presas e somente o corpo está livre, mas o corpo só se contorce em um frenesi louco aguardando o momento máximo.
O tirano brinca de maneira tranquila com o membro do moreno, seus movimentos são ritmados, suaves e agonizantes. Um toque gentil, mas firme, de uma massagem cheia de luxúria, a mão do tirano sobe e desce sem pressa, aprecia cada movimento, cada centímetro do membro ereto, firme e pronto para explodir, mas não acontecerá nada.
Hoje é um dia especial e o tirano quer algo diferente para comemorar, afinal, faz já um ano que capturara aquele pássaro lindo, uma rara criatura, que tira seu fôlego toda vez que o possui. O tirano acha que o belo moreno esqueceu, que a um ano atrás veio até ele pedindo por socorro e agora está pagando pela ajuda recebida.
Nesses doze meses, o tirano nunca ficou satisfeito, sempre quer mais do moreno de sorriso doce e olhos negros tristes, sua fome por ele é imensa e sabe do fundo do coração, que não se fartará nunca de beijar aquela boca macia, olhar em seus olhos lacrimejantes, ouvir suas súplicas, ouvir seus gemidos, de envolver seu corpo macio e sensual nos braços, de morder cada pedacinho daquele corpo, de penetrá-lo com fúria e vê-lo gritar e saber que depois, o moreno implorará e se entregará de vez. Não, definitivamente não se saciaria tão cedo.
Tudo começa um pouco antes das sete horas da noite, daquela sexta-feira, quando o moreno chega, tão calado e temeroso como sempre. É surpreendido com uma flor, oferecida pelo tirano e seu belo sorriso. O moreno, depois de um tempo de convivência e de uma descoberta que o assustou, passou a não olhar muito para aquele belo rosto, sabe que acabará pior do que está, se o seu belo tirano descobrir seu segredo e o moreno sabe que não tem muita capacidade para esconder o que sente.
O moreno receoso, olha para a flor e depois para o tirano.
Para quê? - pergunta tímido.
Nosso aniversário, não se lembra?
O quê?
Nada, não importa na verdade. Venha, tenho algo para você.
O moreno fica ainda perto da porta trancada, o tirano nunca deixa a chave na fechadura, tranca a porta e coloca a chave no bolso da calça. O moreno não tem por onde escapar, só se pulasse a janela, mas isso é algo que não está disposto a fazer, provavelmente não morreria e causaria dor somente em si.
O tirano encaminha o moreno pela mão, até o sofá.
Abra. – ordena ele.
O que é?
Abra. - insiste o tirano.
Talvez, mas só talvez, o moreno achou que era algo que o deixaria feliz ou surpreso. Bem, surpreso ele ficou. Dentro da caixa tem uma série de brinquedos de adultos, aqueles brinquedos sexuais que o moreno as vezes via nos filmes pornôs, que alugava na adolescência para assistir com os amigos. O tirano observa o moreno, não perde nenhum detalhe das reações que o moreno não sabe esconder.
Então? Gostou? - pergunta com um sorriso devastador.
O moreno desvia o olhar, quer aquele sorriso dirigido para si, mas não nesta situação, não dessa maneira e definitivamente não para o que acontecerá depois.
A caixa é aberta totalmente pelo tirano, que tira um por um os objetos de cores diferentes e de formatos diferentes.
O moreno suspira, não pela expectativa do prazer, mas pela ansiedade do tormento que passará nas próximas horas, pois sabe que o tirano nunca fica satisfeito com uma vez ou duas, sempre quer mais.
Os objetos lhe causam arrepios.
Isso machuca. - disse simplesmente.
Como você sabe? Já usou algum? - fala o tirano sorrindo enquanto acaricia um enorme vibrador anal. - Acho que deveríamos mudar um pouco, colocar algo na nossa relação para nos divertimos mais.
Nossa relação? Qual relação temos?
Uma simples relação de mestre e escravo. – responde o tirano, sorrindo.
O moreno suspira de novo, sabe que aquela situação não terminaria tão cedo e isso é o seu maior temor. Quanto tempo mais aguentará tudo isso? É a pergunta que faz todo dia.
Venha, vamos tomar uma ducha.
Os dois juntos?
E qual o espanto? Já fizemos isso várias vezes. Algum problema hoje?
Não.
Está cansado?
Não.
Ótimo, porque hoje você vai se cansar muito.
Outro suspiro. O tirano finge não ouvir os suspiros, sabe que não deve forçar demais, mas não resiste a empurrar o moreno até o limite, quer que o moreno se entregue totalmente a ele e que nunca vá embora.
O banho é parte dos preparativos, as roupas são deixadas no quarto, o moreno não gosta de ficar nu na frente do tirano, mas não tem como não fazer, o tirano tira sua roupa aos poucos e a cada peça retirada o tirano fica extasiado com o corpo firme, porém sensual do jovem moreno.
A água do chuveiro cai sobre o corpo do moreno, está morna e alivia um pouco a tensão que sente, logo sente o toque delicado do tirano, acariciando suas costas, sua bunda macia e de repente o envolve em um abraço.
Hoje será muito prazeroso, eu garanto. - o tirano sussurra no ouvido do moreno.
Prazer? Aquele moreno não podia reclamar disso, o tirano nunca o deixou fingir ou gozar sozinho, ele sempre o levava ao máximo do prazer.
A espuma do sabonete serve de lubrificante, as mãos do tirano passeiam por seu corpo trêmulo, os dedos entram e saem várias vezes do espaço entre suas nádegas, as carícias não param um só instante. Com as mãos na parede, segura-se para não cair, seu corpo já está em chamas, necessita da presença do tirano dentro de si e como se adivinhasse o que o moreno quer, o tirano vira-o para si e o beija. Os beijos do tirano são vorazes, violentos, demonstrando que ele era sua posse, o moreno retribuía de maneira suave e mal sabe que isto enlouquece cada vez mais seu belo tirano.
Chega de banho. - diz o tirano, com os olhos cheios de desejo.
Com os corpos molhados, o moreno é conduzido de volta ao quarto. Na penumbra, ele é jogado na cama.
Espere aqui.
Eles nunca se enxugam, não dá tempo. O tirano volta com algo nas mãos.
O que vai fazer?
Brincar. - responde sorrindo. - Primeiro vamos amarrar suas mãos, isto é para sua própria segurança, você sabe.
As mãos do moreno ficam presas na algema feita de couro, com botões de pressão.
Agora a venda, para que você se surpreenda.
Uma pequena máscara cobre seu olhos, não pode ver nada.
Agora, algo para fazer você enlouquecer.
Uma anel peniano é colocado no moreno, um que envolve seu membro completamente, o moreno sente a pressão no pênis e encolhe um pouco o corpo.
Calma, ainda não começamos.
Sente algo gelado ser derramado sobre seu pênis, não tem idéia do que é e em seguida sente suas pernas sendo abertas e o mesmo liquido gelado escorre por entre as pernas, logo em seguida começa as carícias daquela mão grande e os dedos brincando com suas bolas, escorregando para dentro do orifício que se retrai assustado.
Não tenha medo, relaxa. – sussurra o tirano.
Relaxar? Quando foi que isso aconteceu, desde que conhecera esse homem? Nunca!
Um dedo brinca atrevido dentro do moreno, entra e sai, desliza tranquilo. O tirano está faminto, seus olhos brilham no escuro, suas mãos têm direção certa, uma está no lugar que mais deseja e a outra brinca com os mamilos rosados do moreno. Sem pressa, aproxima seu corpo do moreno e captura aqueles lábios macios, morde, lambe e beija muitas vezes. Morde suas bochechas, seu queixo, seu pescoço, seu peito, lambeu e sugou os mamilos já endurecidos de prazer e continua sua viagem de tentação até chegar no pênis ereto do moreno, ali ele para. O desejo do tirano pelo moreno é enorme e vê-lo ali, indefeso e entregue, o deixa extasiado. Toca de leve no pênis envolto pelo anel, beija a ponta e vai beijando toda a extensão, volta até o topo, lambendo por todo o comprimento, beija novamente a ponta e vagarosamente vai descendo sua boca no pênis do moreno, não se incomoda com o anel peniano, quer sentir o gosto do moreno, do líquido esbranquiçado que derrama em pequenas gotas, para isso ele movimenta a língua e ouve com satisfação os gemidos do moreno e quando ouve esse gemido, o tirano para o que está fazendo e ouve outro gemido, desta vez é de tristeza.
Calma, vou lhe dar mais prazer ainda.
O moreno está quase no seu limite.
Você não acha que um dedo só é pouco? Podemos colocar mais, não acha?
Kim …
Não me chame assim.
É demais …
O que é demais?
Não houve tempo para mais questionamento, um segundo dedo entrou facilmente.
Viu? Entrou fácil.
O corpo do moreno estremece, uma onda violenta de prazer se espalha por seu corpo, sabe que não é o suficiente, o moreno quer mais, quer seu tirano dentro de si.
O corpo do moreno se contorcia, a mão macia acaricia o pênis rígido e pulsante, os dedos da outra mão entram e saem de dentro dele, o moreno geme cada vez mais alto, até que os gemidos dão lugar aos gritos. O moreno está cansado, a brincadeira já está demorando muito, talvez ele imagine que horas já tinham passado, mas não, ainda tinha mais por vir.
Dois dedos é pouco, não é?
Um terceiro dedo entrou com certa dificuldade, mas entrou, nesse momento o corpo do moreno arqueou-se para frente por causa de outro espasmo, mas nada de gozar, os arrepios vem dos pés até a cabeça, sua mente há muito tempo se apagou, só pensa no prazer.
A doce tortura continua, o moreno geme alto, grita, mas nada faz o tirano parar. Depois, do que pareceu uma eternidade para o moreno, o tirano tira os dedos e para com as carícias. O corpo do moreno se mexe, independente da sua vontade, o corpo quer mais. Envolvendo com as mãos o rosto do moreno, o tirano beija-o e sussurra.
Eu disse para ficar calmo, darei o prazer que quer.
O moreno sente a cama se mover, o tirano sai da cama. Para onde foi? Pergunta para si, o moreno. O que fará agora? Outra pergunta sem resposta. O moreno sente a venda molhada sobre os olhos, sabe que estava chorando, sempre chora nos braços desse homem rude e exigente.
Aos poucos está recuperando a sanidade, não que o corpo tenha esquecido que precisa ser satisfeito, mas a demora no retorno do tirano o está intrigando.
A cama se moveu, um hálito de hortelã toca sua face antes mesmo das palavras sussurradas chegarem a seu ouvido.
Esperou por mim? Vamos continuar?
Como se o moreno tivesse opção.
Suas pernas estão sendo levantadas, sente beijos no tornozelo, nos dedos dos pés, beijos no joelho, nas coxas e estremece quando sente algo gelado entrado em si. Algo rígido demais para ser um pênis, o moreno se contorce.
Vamos abrir um pouco mais.
O moreno estremece ao sentir seu corpo ser invadido por algo imenso, rígido e com saliências. Um vibrador é ligado, no começo sente apenas uma onda leve de satisfação percorrer o corpo, mas conhece bem aquele homem e sabe que mais está por vir, então, veio mais. O botão deve ter subido no médio, pois sente uma vibração absurda na bunda, que percorre o resto do corpo, está suando muito, começa a gemer e tenta falar.
Pa … ra.
Ainda não.
Dessa vez o botão deve ter subido ao máximo, pois a vibração causa um espasmo violento, tem a impressão de que o corpo está em chamas ou que se partiria em dois, a sensação é boa, não boa, é ótima. A cada espasmo, seu corpo ferve, a cada nova onda de vibração sente que o coração vai explodir.
Kim …
Estou cansado de pedir com educação, não me chame assim.
Uma punição viria, sabe disso. Seu corpo é levantado, suas pernas jogadas sobre o ombro do tirano, sente algo quente e macio passear nas suas pernas. Malvado tirano.
O moreno arqueia o corpo para frente, como se pedisse por mais proximidade, o tirano sorri, sabe que o moreno está entregue e continua sua tortura favorita. Usando a língua, vai invadindo o lugar que está ocupado pelo vibrador anal, beija, suga e morde. Ouve o moreno gritar, as pernas envolvem o corpo do tirano, pedindo por mais. Em um impulso o tirano retira o vibrador e enfia sua língua, o moreno suplica, implora.
Ainda não. - pensa o tirano.
O tirano não gosta de possuí-lo de quatro, gosta de ver o rosto banhado de lágrimas do moreno, a expressão sexy, a expressão de prazer quando está satisfeito. O momento chega, a penetração é diferente desta vez, entra calmamente, de maneira gentil, mas foi só esse momento, no instante seguinte, as estocadas são firmes e violentas, os gemidos se confundem, os gritos do moreno começam a inflar o desejo do tirano, que quer mais e mais do moreno. As estocadas são profundas, os ataques ao local secreto, que aumenta o prazer do moreno, são incessantes, não existe volta.
Venha junto comigo. - sussurra o tirano. - Junto comigo.
O anel peniano é aberto, o pênis enclausurado sente-se livre e é envolto por mãos firmes, mas logo é deixado de lado, o tirano quer as duas mãos para forçar mais ainda sua penetração naquele corpo. Uma, duas, várias vezes nesse ritmo alucinado, até que em um momento o prazer explode para os dois. Os gritos do moreno ecoam pelo quarto, enquanto os gemidos altos do tirano dizem que ele está satisfeito, por hora.
Ficam assim, deitados, por um bom tempo, recuperando o fôlego.
Você é incrível Jun Jaeyoon! - elogia o tirano.
O moreno respira ruidosamente, seu cérebro ainda não voltou ao normal, seu corpo está arrepiado, satisfeito, sente uma grande paz.
O tirano se mexe, em cima do corpo suado do moreno.
Vamos tirar tudo isso.
A venda é removida, as mãos libertas.
Jun Jaeyoon balança a cabeça de um lado para o outro, para que os olhos se acostumem novamente, o tirano olha extasiado para aquele homem que o enlouquece e segura seus cabelos com as duas mãos, não se importa que os corpos estejam grudentos, se deita em cima de Jun Jaeyoon.
Quero mais.
Estou cansado. - argumenta baixinho.
Quero mais.
Inútil resistir, os beijos são vorazes, os cabelos são puxados, demonstrando que o desejo não acabou e novamente a luta pelo prazer recomeça, agora livre dos grilhões, o servo Jun Jaeyoon abraça o tirano Kim Jung Hee, por mais prazer.
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Atualizado até capítulo 29
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