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Meu Tirano Favorito

Meu Adorável Tirano

Um quarto na penumbra. A luz da lua atravessa, por uma fenda da cortina e marca a parede. Gemidos altos, súplicas abafadas e movimentos controlados.

Este é o cenário de mais uma noite de pagamento.

Um homem algemado na cabeceira da cama, algema esta que fica lá presa o tempo todo, como que para lembrar o que pode acontecer quando o proprietário da cama se deita nela com alguém. Esse homem geme, se contorce, grita e não se ilude. O homem quer sair dali, fugir, mas sabe que mesmo querendo não pode fazer isso, desde a primeira vez que encontrou seu algoz, sabe que a fuga não era uma opção.

Seus pulsos doem, resultado de forçá-los por muito tempo, suas pernas estão presas pelo corpo quente de seu captor, seu corpo se mexe em agonia, ansiando pelo momento do clímax que não vem.

Kim! - geme o moreno em desespero.

Já cansei de dizer para não me chamar assim. - sussurra o outro no ouvido do moreno. - Já que não me obedece, vou continuar sua punição.

Por … favor … - geme mais uma vez o moreno.

O quê?

Chega … por … favor.

Eu digo quando termina. - diz o tirano sorrindo.

O moreno não vê nada, está vendado, mãos presas e somente o corpo está livre, mas o corpo só se contorce em um frenesi louco aguardando o momento máximo.

O tirano brinca de maneira tranquila com o membro do moreno, seus movimentos são ritmados, suaves e agonizantes. Um toque gentil, mas firme, de uma massagem cheia de luxúria, a mão do tirano sobe e desce sem pressa, aprecia cada movimento, cada centímetro do membro ereto, firme e pronto para explodir, mas não acontecerá nada.

Hoje é um dia especial e o tirano quer algo diferente para comemorar, afinal, faz já um ano que capturara aquele pássaro lindo, uma rara criatura, que tira seu fôlego toda vez que o possui. O tirano acha que o belo moreno esqueceu, que a um ano atrás veio até ele pedindo por socorro e agora está pagando pela ajuda recebida.

Nesses doze meses, o tirano nunca ficou satisfeito, sempre quer mais do moreno de sorriso doce e olhos negros tristes, sua fome por ele é imensa e sabe do fundo do coração, que não se fartará nunca de beijar aquela boca macia, olhar em seus olhos lacrimejantes, ouvir suas súplicas, ouvir seus gemidos, de envolver seu corpo macio e sensual nos braços, de morder cada pedacinho daquele corpo, de penetrá-lo com fúria e vê-lo gritar e saber que depois, o moreno implorará e se entregará de vez. Não, definitivamente não se saciaria tão cedo.

Tudo começa um pouco antes das sete horas da noite, daquela sexta-feira, quando o moreno chega, tão calado e temeroso como sempre. É surpreendido com uma flor, oferecida pelo tirano e seu belo sorriso. O moreno, depois de um tempo de convivência e de uma descoberta que o assustou, passou a não olhar muito para aquele belo rosto, sabe que acabará pior do que está, se o seu belo tirano descobrir seu segredo e o moreno sabe que não tem muita capacidade para esconder o que sente.

O moreno receoso, olha para a flor e depois para o tirano.

Para quê? - pergunta tímido.

Nosso aniversário, não se lembra?

O quê?

Nada, não importa na verdade. Venha, tenho algo para você.

O moreno fica ainda perto da porta trancada, o tirano nunca deixa a chave na fechadura, tranca a porta e coloca a chave no bolso da calça. O moreno não tem por onde escapar, só se pulasse a janela, mas isso é algo que não está disposto a fazer, provavelmente não morreria e causaria dor somente em si.

O tirano encaminha o moreno pela mão, até o sofá.

Abra. – ordena ele.

O que é?

Abra. - insiste o tirano.

Talvez, mas só talvez, o moreno achou que era algo que o deixaria feliz ou surpreso. Bem, surpreso ele ficou. Dentro da caixa tem uma série de brinquedos de adultos, aqueles brinquedos sexuais que o moreno as vezes via nos filmes pornôs, que alugava na adolescência para assistir com os amigos. O tirano observa o moreno, não perde nenhum detalhe das reações que o moreno não sabe esconder.

Então? Gostou? - pergunta com um sorriso devastador.

O moreno desvia o olhar, quer aquele sorriso dirigido para si, mas não nesta situação, não dessa maneira e definitivamente não para o que acontecerá depois.

A caixa é aberta totalmente pelo tirano, que tira um por um os objetos de cores diferentes e de formatos diferentes.

O moreno suspira, não pela expectativa do prazer, mas pela ansiedade do tormento que passará nas próximas horas, pois sabe que o tirano nunca fica satisfeito com uma vez ou duas, sempre quer mais.

Os objetos lhe causam arrepios.

Isso machuca. - disse simplesmente.

Como você sabe? Já usou algum? - fala o tirano sorrindo enquanto acaricia um enorme vibrador anal. - Acho que deveríamos mudar um pouco, colocar algo na nossa relação para nos divertimos mais.

Nossa relação? Qual relação temos?

Uma simples relação de mestre e escravo. – responde o tirano, sorrindo.

O moreno suspira de novo, sabe que aquela situação não terminaria tão cedo e isso é o seu maior temor. Quanto tempo mais aguentará tudo isso? É a pergunta que faz todo dia.

Venha, vamos tomar uma ducha.

Os dois juntos?

E qual o espanto? Já fizemos isso várias vezes. Algum problema hoje?

Não.

Está cansado?

Não.

Ótimo, porque hoje você vai se cansar muito.

Outro suspiro. O tirano finge não ouvir os suspiros, sabe que não deve forçar demais, mas não resiste a empurrar o moreno até o limite, quer que o moreno se entregue totalmente a ele e que nunca vá embora.

O banho é parte dos preparativos, as roupas são deixadas no quarto, o moreno não gosta de ficar nu na frente do tirano, mas não tem como não fazer, o tirano tira sua roupa aos poucos e a cada peça retirada o tirano fica extasiado com o corpo firme, porém sensual do jovem moreno.

A água do chuveiro cai sobre o corpo do moreno, está morna e alivia um pouco a tensão que sente, logo sente o toque delicado do tirano, acariciando suas costas, sua bunda macia e de repente o envolve em um abraço.

Hoje será muito prazeroso, eu garanto. - o tirano sussurra no ouvido do moreno.

Prazer? Aquele moreno não podia reclamar disso, o tirano nunca o deixou fingir ou gozar sozinho, ele sempre o levava ao máximo do prazer.

A espuma do sabonete serve de lubrificante, as mãos do tirano passeiam por seu corpo trêmulo, os dedos entram e saem várias vezes do espaço entre suas nádegas, as carícias não param um só instante. Com as mãos na parede, segura-se para não cair, seu corpo já está em chamas, necessita da presença do tirano dentro de si e como se adivinhasse o que o moreno quer, o tirano vira-o para si e o beija. Os beijos do tirano são vorazes, violentos, demonstrando que ele era sua posse, o moreno retribuía de maneira suave e mal sabe que isto enlouquece cada vez mais seu belo tirano.

Chega de banho. - diz o tirano, com os olhos cheios de desejo.

Com os corpos molhados, o moreno é conduzido de volta ao quarto. Na penumbra, ele é jogado na cama.

Espere aqui.

Eles nunca se enxugam, não dá tempo. O tirano volta com algo nas mãos.

O que vai fazer?

Brincar. - responde sorrindo. - Primeiro vamos amarrar suas mãos, isto é para sua própria segurança, você sabe.

As mãos do moreno ficam presas na algema feita de couro, com botões de pressão.

Agora a venda, para que você se surpreenda.

Uma pequena máscara cobre seu olhos, não pode ver nada.

Agora, algo para fazer você enlouquecer.

Uma anel peniano é colocado no moreno, um que envolve seu membro completamente, o moreno sente a pressão no pênis e encolhe um pouco o corpo.

Calma, ainda não começamos.

Sente algo gelado ser derramado sobre seu pênis, não tem idéia do que é e em seguida sente suas pernas sendo abertas e o mesmo liquido gelado escorre por entre as pernas, logo em seguida começa as carícias daquela mão grande e os dedos brincando com suas bolas, escorregando para dentro do orifício que se retrai assustado.

Não tenha medo, relaxa. – sussurra o tirano.

Relaxar? Quando foi que isso aconteceu, desde que conhecera esse homem? Nunca!

Um dedo brinca atrevido dentro do moreno, entra e sai, desliza tranquilo. O tirano está faminto, seus olhos brilham no escuro, suas mãos têm direção certa, uma está no lugar que mais deseja e a outra brinca com os mamilos rosados do moreno. Sem pressa, aproxima seu corpo do moreno e captura aqueles lábios macios, morde, lambe e beija muitas vezes. Morde suas bochechas, seu queixo, seu pescoço, seu peito, lambeu e sugou os mamilos já endurecidos de prazer e continua sua viagem de tentação até chegar no pênis ereto do moreno, ali ele para. O desejo do tirano pelo moreno é enorme e vê-lo ali, indefeso e entregue, o deixa extasiado. Toca de leve no pênis envolto pelo anel, beija a ponta e vai beijando toda a extensão, volta até o topo, lambendo por todo o comprimento, beija novamente a ponta e vagarosamente vai descendo sua boca no pênis do moreno, não se incomoda com o anel peniano, quer sentir o gosto do moreno, do líquido esbranquiçado que derrama em pequenas gotas, para isso ele movimenta a língua e ouve com satisfação os gemidos do moreno e quando ouve esse gemido, o tirano para o que está fazendo e ouve outro gemido, desta vez é de tristeza.

Calma, vou lhe dar mais prazer ainda.

O moreno está quase no seu limite.

Você não acha que um dedo só é pouco? Podemos colocar mais, não acha?

Kim …

Não me chame assim.

É demais …

O que é demais?

Não houve tempo para mais questionamento, um segundo dedo entrou facilmente.

Viu? Entrou fácil.

O corpo do moreno estremece, uma onda violenta de prazer se espalha por seu corpo, sabe que não é o suficiente, o moreno quer mais, quer seu tirano dentro de si.

O corpo do moreno se contorcia, a mão macia acaricia o pênis rígido e pulsante, os dedos da outra mão entram e saem de dentro dele, o moreno geme cada vez mais alto, até que os gemidos dão lugar aos gritos. O moreno está cansado, a brincadeira já está demorando muito, talvez ele imagine que horas já tinham passado, mas não, ainda tinha mais por vir.

Dois dedos é pouco, não é?

Um terceiro dedo entrou com certa dificuldade, mas entrou, nesse momento o corpo do moreno arqueou-se para frente por causa de outro espasmo, mas nada de gozar, os arrepios vem dos pés até a cabeça, sua mente há muito tempo se apagou, só pensa no prazer.

A doce tortura continua, o moreno geme alto, grita, mas nada faz o tirano parar. Depois, do que pareceu uma eternidade para o moreno, o tirano tira os dedos e para com as carícias. O corpo do moreno se mexe, independente da sua vontade, o corpo quer mais. Envolvendo com as mãos o rosto do moreno, o tirano beija-o e sussurra.

Eu disse para ficar calmo, darei o prazer que quer.

O moreno sente a cama se mover, o tirano sai da cama. Para onde foi? Pergunta para si, o moreno. O que fará agora? Outra pergunta sem resposta. O moreno sente a venda molhada sobre os olhos, sabe que estava chorando, sempre chora nos braços desse homem rude e exigente.

Aos poucos está recuperando a sanidade, não que o corpo tenha esquecido que precisa ser satisfeito, mas a demora no retorno do tirano o está intrigando.

A cama se moveu, um hálito de hortelã toca sua face antes mesmo das palavras sussurradas chegarem a seu ouvido.

Esperou por mim? Vamos continuar?

Como se o moreno tivesse opção.

Suas pernas estão sendo levantadas, sente beijos no tornozelo, nos dedos dos pés, beijos no joelho, nas coxas e estremece quando sente algo gelado entrado em si. Algo rígido demais para ser um pênis, o moreno se contorce.

Vamos abrir um pouco mais.

O moreno estremece ao sentir seu corpo ser invadido por algo imenso, rígido e com saliências. Um vibrador é ligado, no começo sente apenas uma onda leve de satisfação percorrer o corpo, mas conhece bem aquele homem e sabe que mais está por vir, então, veio mais. O botão deve ter subido no médio, pois sente uma vibração absurda na bunda, que percorre o resto do corpo, está suando muito, começa a gemer e tenta falar.

Pa … ra.

Ainda não.

Dessa vez o botão deve ter subido ao máximo, pois a vibração causa um espasmo violento, tem a impressão de que o corpo está em chamas ou que se partiria em dois, a sensação é boa, não boa, é ótima. A cada espasmo, seu corpo ferve, a cada nova onda de vibração sente que o coração vai explodir.

Kim …

Estou cansado de pedir com educação, não me chame assim.

Uma punição viria, sabe disso. Seu corpo é levantado, suas pernas jogadas sobre o ombro do tirano, sente algo quente e macio passear nas suas pernas. Malvado tirano.

O moreno arqueia o corpo para frente, como se pedisse por mais proximidade, o tirano sorri, sabe que o moreno está entregue e continua sua tortura favorita. Usando a língua, vai invadindo o lugar que está ocupado pelo vibrador anal, beija, suga e morde. Ouve o moreno gritar, as pernas envolvem o corpo do tirano, pedindo por mais. Em um impulso o tirano retira o vibrador e enfia sua língua, o moreno suplica, implora.

Ainda não. - pensa o tirano.

O tirano não gosta de possuí-lo de quatro, gosta de ver o rosto banhado de lágrimas do moreno, a expressão sexy, a expressão de prazer quando está satisfeito. O momento chega, a penetração é diferente desta vez, entra calmamente, de maneira gentil, mas foi só esse momento, no instante seguinte, as estocadas são firmes e violentas, os gemidos se confundem, os gritos do moreno começam a inflar o desejo do tirano, que quer mais e mais do moreno. As estocadas são profundas, os ataques ao local secreto, que aumenta o prazer do moreno, são incessantes, não existe volta.

Venha junto comigo. - sussurra o tirano. - Junto comigo.

O anel peniano é aberto, o pênis enclausurado sente-se livre e é envolto por mãos firmes, mas logo é deixado de lado, o tirano quer as duas mãos para forçar mais ainda sua penetração naquele corpo. Uma, duas, várias vezes nesse ritmo alucinado, até que em um momento o prazer explode para os dois. Os gritos do moreno ecoam pelo quarto, enquanto os gemidos altos do tirano dizem que ele está satisfeito, por hora.

Ficam assim, deitados, por um bom tempo, recuperando o fôlego.

Você é incrível Jun Jaeyoon! - elogia o tirano.

O moreno respira ruidosamente, seu cérebro ainda não voltou ao normal, seu corpo está arrepiado, satisfeito, sente uma grande paz.

O tirano se mexe, em cima do corpo suado do moreno.

Vamos tirar tudo isso.

A venda é removida, as mãos libertas.

Jun Jaeyoon balança a cabeça de um lado para o outro, para que os olhos se acostumem novamente, o tirano olha extasiado para aquele homem que o enlouquece e segura seus cabelos com as duas mãos, não se importa que os corpos estejam grudentos, se deita em cima de Jun Jaeyoon.

Quero mais.

Estou cansado. - argumenta baixinho.

Quero mais.

Inútil resistir, os beijos são vorazes, os cabelos são puxados, demonstrando que o desejo não  acabou e novamente a luta pelo prazer recomeça, agora livre dos grilhões, o servo Jun Jaeyoon abraça o tirano Kim Jung Hee, por mais prazer.

Uma convivência diferente

Amanhece, as cortinas estão abertas e o sol ilumina o quarto. Jun Jaeyoon está sozinho na enorme cama. O corpo está dolorido, os pulsos estão marcados de novo, as desculpas para tal acontecimento estão se esgotando. A noite foi longa, deveria dormir agora, pois viu o amanhecer enquanto era levado a mais um momento de prazer. Kim Jung Hee nunca estava satisfeito, nunca.

Com dificuldade chega até o banheiro. Quer tomar um bom banho, mas será que dá tempo?

Quero tomar banho também.

Hee, estou cansado, minhas costas doem.

Farei uma massagem …

Não precisa. – Jun Jaeyoon conhece as massagens do Jung Hee e até onde elas vão. - Preciso voltar para casa.

Não.

Preciso voltar para casa, Hee.

Não, hoje você fica. - diz Kim Jung Hee calmamente, como se o outro nada tivesse dito. - Vamos tomar um bom banho e depois servirei um café a moda do ocidente.

As palavras saem delicadas, mas Jun Jaeyoon não quer irritá-lo, será como trazer uma tempestade sobre si, mas precisa voltar para casa, talvez a mãe esteja preocupada. Bobagem. A quem quer enganar? Sua mãe provavelmente está dormindo, não se incomodando em fazer o café da manhã do irmãos menores.

Sente uma leve dor nas costas, bem no lugar que Jung Hee passou a esponja, recuou involuntariamente.

Dói?

Um pouco.

Fui bruto?

Por que pergunta?

Para ser simpático. - e aquele homem sorri.

Esse foi a primeira coisa que encantou Jun Jaeyoon, o sorriso de Kim Jung Hee. Quantas vezes defronte do espelho disse a si mesmo que era loucura, aquele homem era seu tirano, como Sun Seok gostava de chamá-lo, não era nada a não ser um brinquedo, que estava durando muito tempo, de acordo com o secretário dele, Minseok. Nada e ninguém prendia Kim Jung Hee e Jun Jaeyoon só queria fugir de tudo e de todos, escapar das garras e das algemas do seu tirano.

O banho foi bom, não aconteceu nada, talvez por causa das caretas que fazia da dor que sentia, Kim Jung Hee resolveu dar uma pausa.

Onde está minha roupa? - pergunta Jaeyoon.

Guardei. Vista aquelas que eu deixei em cima da cama.

Os empregados de Kim Jung Hee eram no mínimo muito discretos. Quando os dois chegam no quarto, as janelas estão abertas, a cama arrumada e com lençóis limpos. A roupa que Kim Jung Hee separou, pode-se chamar de estranha. Consiste em uma blusa de lã enorme e uma cueca nova, dentro do plástico ainda e só.

Vou usar só isso?

Está ótimo! - Kim Jung Hee olha com volúpia para as pernas bonitas, do moreno de olhos tristes. - Quero você andando pela casa, assim com você está.

Não sou um bichinho! - diz Jaeyoon e se lembra da sua situação.

Kim Jung Hee se aproxima, parece um felino se aproximando de sua vítima, pronto para o bote.

Você me pertence, não tem direitos a escolhas. Você se lembra disso?

Sim, Jaeyoon se lembra bem do motivo que o traz toda a semana aquela casa.

__ Venha meu coelhinho, vamos tomar café.

Coelhinho? Era bem isso mesmo, um animalzinho, um bichinho para animar aquele homem poderoso. Um coelhinho nas garras do tigre.

Enquanto descia as escadas, Jaeyoon observa o dono da casa. Não sabia quando se apaixonou por aquele homem sem coração, talvez quando ele sorria, ao fazerem amor. Fazer amor? Não. Aquele homem era bruto e exigia a entrega total, no começo se incomodava com a rigidez de Jaeyoon, mas aos poucos foi destruindo todas as barreiras que Jaeyoon erguera para não deixar que aquele homem se aproximasse, quando a última barreira caiu, Jaeyoon estava vencido e apaixonado. Nunca deixou que Kim Jung Hee suspeitasse disso, esconde com bastante empenho, a entrega no sexo fazia parte do envolvimento normal dos dois, mas nunca acreditou que é amor. Kim Jung Hee é implacável em seu intuito de fazer o moreno ceder, de se entregar de corpo e alma, mas o moreno resistia, no entanto, lá no fundo do coração, o moreno de olhos tristes, sabe que está sendo devorado dia a dia, por um tigre esfomeado.

O café foi bom, Kim Jung Hee estava estranhamente alegre, falava muito, Jaeyoon respondia com cautela, sempre houve truques nas palavras de Kim Jung Hee, que faziam Jaeyoon ficar atento agora.

Se não estivesse tão frio, levaria você para um passeio no meu jardim. - comenta Kim Jung Hee alegre, olhando pela grande janela na sala de jantar.

Sua casa é bem bonita.

Nunca tinha reparado antes?

Nunca a tinha visto a luz do dia. – Jaeyoon tenta um sorriso, mas o engole, esqueceu com quem conversava.

Mas Kim Jung Hee não tinha essa restrição e riu com gosto da observação de Jaeyoon.

Ora, ora. Depois de um ano, observo que você tem senso de humor e respostas afiadas.

Foi só uma observação. – Jaeyoon não quer deixar o último vestígio de dignidade que ainda tem cair. - Uma observação tola, nada demais. Não é uma conversa de amigos. Eu não quero ser seu amigo.

Não somos amigos, somos amantes e amantes conversam! - diz Kim Jung Hee ainda alegre. - Venha comigo ao escritório, tenho algumas ligações para fazer e quero ficar olhando para suas pernas.

Jaeyoon teve o ato involuntário de puxar a blusa, o que causou um riso inesperado em Kim Jung Hee e novamente aquele sorriso o hipnotizou. Abaixa a cabeça para não ver.

Trabalha de sábado também? - pergunta Jaeyoon para disfarçar.

Se eu quero continuar rico, tenho que trabalhar mais que os outros.

Simples e eficaz, esse é Kim Jung Hee.

Enquanto o tirano está ao telefone, imerso em papéis e assuntos urgentes, Jaeyoon observa-o por um instante antes de se deixar afundar na poltrona macia que o envolve como um abraço. A sala respira elegância discreta – nada de ouro excessivo ou ostentação vazia, mas uma harmonia de linhas limpas e materiais nobres.

Os olhos de Jaeyoon percorrem o ambiente. Uma prateleira repleta de livros encadernados em couro enfeita uma das paredes, enquanto na oposta, uma sequência de quadros chama sua atenção. Curioso, ele levanta-se e aproxima-se, reconhecendo ali obras de artistas consagrados, pinceladas que contam histórias em molduras finamente trabalhadas.

Ao continuar o tour silencioso, nota que a poltrona em que estava sentado faz par com outra, idêntica, ambas voltadas para uma mesinha de vidro polido. Sobre ela, um vaso de cristal abriga rosas brancas, suas pétalas quase translúcidas à luz suave que entra pela janela.

Ah, a janela.

Toda uma parede parece ter sido substituída por ela. Um retângulo imponente de vidro que emoldura o jardim lá fora como uma pintura viva. A mesa de trabalho, posicionada diante desse espetáculo, é surpreendentemente simples, feita de madeira clara de veios delicados, pés de ferro negro, sem adornos desnecessários.

Jaeyoon dá uma última olhada ao redor. Não há defeitos, não há excessos. A sala é… perfeita.

Gostou?

Jaeyoon se assusta, achava que Kim Jung Hee estava atento as ligações e aos papéis.

Bonita e aconchegante.

Obrigado. - aquele sorriso de novo.

Jaeyoon volta para a poltrona e no caminho pega uma revista para ler. Não viu os olhos que o seguiam, olhos cheios de desejo e admiração.

Os olhos de Jaeyoon passeavam pela revista, mas o verdadeiro interesse estava sentado na cadeira atrás da mesa. Quando foi que se apaixonou por ele, era a pergunta que fazia sempre. Aquele homem era mais do que lindo, tinha um olhar penetrante que fazia sua alma estremecer, também queria dizer o quão teimoso era. Os olhos era negros, diferentes do cabelo que é platinado, com uma franja que teimosamente cai sempre sobre os olhos. O nariz reto, com uma pequena marca de nascimento do lado esquerdo. A boca é um outro grande destruidor do juízo de Jaeyoon, macia, sabe disso, e é ali que surge o mais lindo sorriso do mundo. Kim Jung Hee é um homem muito bonito, o tipo que encantaria qualquer um, homem ou mulher, e ele sabia disso, o secretário Minseok já tinha feito o favor de dizer das várias amantes mulheres que Kim Jung Hee tivera no passado e que intercalava cada uma delas com belos espécimes masculinos. Jaeyoon fungou alto, um bando de tolos.

Algo errado?

Nada, só uma notícia boba na revista. - disfarça Jaeyoon.

O tempo está frio e a poltrona muito quentinha, o corpo cansado de Jaeyoon está pedindo por mais sono e o sono veio.

Sente um leve toque no rosto, ao abrir os olhos, se deparou com aquele sorriso de novo, fechou os olhos.

Se está tão cansado assim, vá dormir na cama. - Kim Jung Hee observou sério a reação defensiva de Jaeyoon. - Não se preocupe, estou louco para transar de novo, mas ainda não terminei e você parece mesmo cansado, então vá dormir, porque depois nada vai me fazer sair de cima de você.

Em um instante um cavalheiro e no outro um pervertido. - reclama Jaeyoon.

E qual dos dois você mais gosta? - provoca Kim Jung Hee.

Nenhum dos dois.

__ Mentiroso.

Temendo que a conversa caminhe para outra situação da qual não tem controle nenhum, Jaeyoon corre para o quarto e fecha a porta. A cama está confortável e logo está dormindo profundamente.

Sonhos e a Realidade

Jaeyoon está sentado na praça, a mesma da sua infância, ao fundo pode ver a si mesmo brincando com os irmãos, enquanto a mãe conversa com um homem estranho. No sonho, Jaeyoon quer se levantar e ir até a mãe e a chacoalhar tanto até que o cérebro dela saia do lugar e entre um pouco de bom senso nele. Sabe agora, que aquele homem era o amante da mãe e compreendeu depois que, naquele dia estavam combinando a fuga. Um vento forte soprou e Jaeyoon fechou os olhos, quando abriu já está na casa do pai, que chora desesperado no chão da sala, da pequena casa que tinham. O Jaeyoon do sonho está na porta e olha a si mesmo abraçando os irmãos, era o mais velho e os outros dois choravam mais desesperadamente do que o pai, choravam pela saída da mãe, sem maiores explicações e pelo pai que, pego de surpresa só sabia implorar que a mulher ficasse.

Anos depois Jaeyoon entendeu, ou melhor descobriu o que levou a mãe a fugir com um outro homem, nada mais do que o dinheiro. O outro homem era rico e casado com uma mulher doente que nunca lhe dera filhos e quando encontrou Lian se encantou. A mãe de Jaeyoon era muito bonita, aliás, continua bonita, apesar da idade, parece que a beleza de Lian foi se estabelecendo e a transformou em uma senhora de traços delicados e aparência frágil, bem diferente da juventude, quando sua beleza era exuberante e desafiadora.

Jaeyoon descobriu os motivos da mãe sair de casa, mas nunca entendeu, pois o pai era gentil e a amava do fundo do coração, enquanto aquele sujeito só queria exibi-la aos amigos, fazê-la parir filhos para seu planos de futuro. No entanto, Jaeyoon não teve tempo de analisar mais nada, outro vento soprou e o levou a outra época de sua vida, a adolescência, onde descobriu sua sexualidade com um amigo da secundária, mesmo amigo que tirou sua virgindade. Devido a situação do pai, que lutava muito para manter os filhos, Jaeyoon não foi sincero com o pai para contar-lhe a verdade.

Nessa mesma época a mãe retorna e quer a guarda dos filhos, exigindo uma pensão maior pelos três. Ela descobriu que o ex marido tinha alcançado relativo sucesso com a fabricação de móveis e quer uma fatia e como o pai de Jaeyoon ainda não se estabeleceu de uma maneira segura, entregou os filhos. Mesmo sabendo ser um sonho Jaeyoon chorou, foi o momento mais difícil que viveu, só que não era verdade, outro momento horrível estava por vir.

O tempo passou rápido no sonho, mas na vida real demorou muito. Pouco tempo depois a mãe de Jaeyoon exigiu que o pai aumentasse o valor da pensão pelos filhos, para os estudos, dizia ela. No entanto, os três filhos mais velhos estudavam em escolas públicas e até a faculdade foi pública. O dinheiro, é lógico, foi para manter os gostos da mãe, já que o padrasto se envolveu com jogos de azar e os negócios estavam caminhando cada vez mais para o fundo do poço. Tudo bem que o mundo atravessava outra onda de recessão, mas a empresa poderia sobreviver, se o dono cuidasse.

O vento avisa que para outro momento Jaeyoon será jogado e ele sabe bem para onde vai.

A formatura na secundária foi alegre somente para ele e o tempo na faculdade foi ótimo só para ele também. Lá conheceu Sun Seok e Sang Dae-Seong, seus amigos até os dias atuais. Chorou de novo no sonho. Quando descobriu que a incapacidade do padrasto e o senso desatinado da mãe, estava colocando tudo a perder.

Jaeyoon conseguiu um emprego em um escritório de advogacia muito conceituado, tudo graças a sua capacidade.

Continuou encontrando os amigos. Sun Seok trabalhava no escritório de contabilidade de Sang Dae-Seong, que herdara do pai. Sun Seok era especialista em lei tributária e Sang Dae-Seong formou-se em contabilidade. Tudo corria razoavelmente bem, até que o padrasto de Jaeyoon afogado em dívidas, resolveu se afogar de verdade e se jogou no rio, perto da pequena propriedade que ainda mantinha no interior. Foi assim que começou o desastre daquela família, sem noção do que chamam amor fraterno ou familiar. Os dois irmãos mais novos de Jaeyoon, do primeiro casamento da mãe, saíram de casa, procurando o próprio caminho, bem longe daquele lugar e daquela mulher, que só queria dinheiro para suas futilidades. Os irmãos não tinham dinheiro suficiente para si mesmos, entretanto, as contas chegavam e alguém tinha que pagar. No começo Jaeyoon conseguiu convencer os irmãos a ajudarem o padrasto e a mãe, cuidando dos irmãos menores, que não teriam quem os protegessem, mas quando o padrasto morreu, foi a oportunidade que os irmãos esperavam para procurar seus caminhos, Jaeyoon só leu o bilhete deixado na cama e a partir dali, tudo estava nas suas costas.

No testamento o velho deixou tudo para a esposa e os filhos. Para Jaeyoon? Nada. Quando um homem de terno amarelo surgiu na porta da mansão para falar com Lian, ela fingiu um ataque de ansiedade e se refugiou no quarto. Ela sabia o que falecido marido tinha feito e não queria lidar com aquilo e lá foi Jaeyoon cuidar da situação. Ouviu as ameaças em silêncio, se assustou com a quantia exorbitante da dívida e ainda teve suas roupas amassadas por uns safanões que recebeu gratuitamente.

No sonho Jaeyoon queria de novo interferir, dizer aquele gentil e preocupado Jaeyoon para fugir, fazer o mesmo que os irmãos mais novos e deixar a mãe para lá, ela sabia se virar, mas e as crianças? Elas tinham dez e onze anos, não poderiam se virar como a mãe e talvez aquela louca os deixasse em um orfanato e sumisse com o pouco dinheiro que ainda tinha. O Jaeyoon do sonho sentiu a mesma coisa que sentiu o Jaeyoon daquela época, um senso enorme de responsabilidade por quem não podia se defender. Informou a mãe o que se passava, disse a quantia devida, mas a mãe não ergueu nem a sobrancelha, só disse que cuidasse do assunto da melhor maneira possível. Esse foi o erro de Jaeyoon, ter tido a idéia de fazer um acordo com o dono das dívidas e agora proprietário da empresa do padrasto. Jaeyoon queria acordar, não queria rever aquele momento, não queria ouvir as ameaças, a chantagem, mas o vento do sonho o levou até lá de novo, o exato momento que se encontrou com Kim Jung Hee, seu tirano.

Ouviu que as dívidas deveriam ser pagas, que havia uma promissória assinada pelo falecido e que a família herdava as dívidas também. Jaeyoon ouviu calado que se não cumprir os prazos, colocariam todos na rua, mas, de repente, ouviu daquele homem frio e de olhar penetrante, uma proposta para manter ao menos a casa, parcelando o restante da dívida em dez anos para pagar. Jaeyoon do sonho sorriu e chorou ao mesmo tempo, por que o Jaeyoon daquela época também chorou e muito. No entanto, ele aceitou a proposta, apenas para não ver os pequeninos na rua ou em um orfanato. Teria que satisfazer o Kim Jung Hee até quando ele quisesse. Entediado ele não está e este jogo dura já um ano. Jaeyoon do sonho e do momento atual, choram muito e nesse instante ele acorda, olha para cima e vê Kim Jung Hee olhando para ele com um olhar sério e obscuro.

Estava chorando. Sonhou com o quê?

Não lembro o que era. - mente Jaeyoon.

Você mente muito mal, sabe disso não é? Tudo bem se não quer falar, o problema é seu.

É isso mesmo, o problema é meu. - responde Jaeyoon muito triste. - Posso tomar uma xícara de chá?

Vá até a cozinha, sabe onde é. - voltou a frieza habitual.

Jaeyoon fez um chá e estava bebendo sozinho quando a porta abriu e o secretário Minseok entra sem cerimônia.

Boa tarde, Jaeyoon.

Boa tarde. – responde ele, sem vontade.

Ainda resiste?

Convença seu chefe a me mandar embora, quem sabe ele o ouve.

Engraçado, muito engraçado.

Garanto que é verdade.

Quer ir embora? Peça a ele. – insiste na conversa Minseok.

Ele já te ouviu alguma vez?

Sobre muitas coisas, mas em algumas não adianta falar.

E no meu caso?

Não toco nesses assuntos.

Então não me julgue, se não vai me ajudar.

A porta abre com violência.

Pago um ótimo salário para você e é para me atender em primeiro lugar!

Desculpe. – se levanta Minseok

Está melhor? - pergunta para Jaeyoon.

Sim, foi só um sonho ruim.

Bom saber. Fique no quarto, já levo sua roupa, para que vá embora.

Jaeyoon não entendeu nada, Kim Jung Hee estava tão empolgado para que ele ficasse o fim de semana inteiro, agora quer que vá embora. Jaeyoon dá de ombros e termina o chá, lava a xícara e sobe correndo para o quarto. O efeito do chá é imediato, que quando entra no quarto e se recosta no travesseiro, para analisar o que tinha acontecido com o tirano, Jaeyoon adormece de novo, dessa vez sem sonhos estranhos.

O quarto está na penumbra, há no ar um leve perfume adocicado. Jaeyoon sente um arrepio na espinha, isso o faz despertar, como se algo estranho está passeando por suas costas. Abre os olhos rapidamente e desta vez não foi o sorriso devastador que viu, é o olhar frio e cheio de desejo, e desse olhar, Jaeyoon não gosta de jeito nenhum. Ele sabe que seu tirano será exigente e não vai ficar satisfeito com nada, até ver as lágrimas de seu coelhinho.

Mudei de idéia. Quero mais.

Sem mais, nem menos, só o que ele quer.

O tirano está de volta, o Kim Jung Hee que exige, que morde, que lambe, que beija com fúria, que suga sem piedade, que exige ser acariciado, beijado, que quer ser sugado até o limite, que puxa os cabelos, que enforca durante a penetração, que castiga com as estocadas violentas, que olha para sua vítima e sorri, que insiste em repetir tudo e continua castigando com estocadas cada vez mais violentas. Que força Jaeyoon a se aproximar mais e assim penetrar o mais fundo possível. Que ri quando vê as lágrimas escorrerem pela face do moreno de olhos tristes. Que fica mais e mais excitado com as súplicas, com os gemidos e só para quando goza furioso dentro do corpo do seu coelhinho, que chora silencioso.

Jaeyoon não foi para casa, passa o fim de semana na casa do tirano amado e não teve um momento sequer para pensar em mais nada. Foi  abordado na sala, na cozinha, no banho, na janela e no domingo, acorda no sofá do escritório, está coberto com a blusa de lã, o corpo dolorido e sente os lábios inchados. Ele apenas se levanta e vai para o quarto, sua roupa está dobrada em cima da cama, é hora de ir embora, esse é o seu sinal. Toma um banho sozinho, se troca e procura por Kim Jung Hee para se despedir, mas não o encontra, só vê o dinheiro para o táxi, algo que seu tirano sempre deixa. No entanto, Jaeyoon volta sempre de ônibus e guarda o dinheiro para outra coisa.

Quando entra no ônibus, pensa que está se transformando em um bom prostituto e ele sorri de sua própria miséria.

Olhando pela janela do ônibus, vê as pessoas sorrindo, conversando e caminhando apressadas para algum lugar, lembra que nunca teve sonhos, algo só seu para realizar, quando fosse adulto. Em sua vida, nunca esperou coisa alguma de ninguém e muito menos teve alguma expectativa para o futuro.

Na faculdade estava sempre ocupado, trabalhando em dois empregos, por pura sorte ou talvez o Universo tenha sentido pena dele, surgiu em sua vida seus dois amigos, que ajudaram muito.

Jun Jaeyoon não tem tempo para sentir pena de si mesmo, estava e está sempre ocupado, trabalhando muito, não por somente ele, mas por aqueles dois que não podem se proteger.

Ao pensar na proteção dos irmãos, ele se lembra de Kim Jung Hee e aquele sorriso que mexe com seu juízo.

Quando se encontraram pela primeira vez, foi um impacto total nos sentidos de Jaeyoon a beleza daquele homem, que era o homem ideal para ele, mas isso porque Jaeyoon não o conhecia profundamente, no entanto, mesmo a brutalidade, a frieza e a vitalidade sem fim, não foi o suficiente para não se apaixonar.

Talvez eu seja um masoquista e não sabia disso. – e de novo, Jaeyoon ri de si mesmo.

Tirando todo esse devaneio enlouquecido, ele sabe que precisa de um plano para se livrar disso ou vai para o fundo do poço, afinal, já começa a sentir uma ansiedade que está prejudicando sua atenção no trabalho e em muitas coisas em sua vida.

__ Preciso me livrar desse homem, na vida real e no coração. – decide ele.

O ônibus desliza pelas ruas e ele não observa mais as pessoas na rua, seus pensamentos se perdem entre os irmãos menores e o homem com o sorriso mais lindo do mundo.

Jaeyoon deixa rolar uma lágrima, dessa vez chora por si.

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