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Dia da viagem …

No carro

Pedro : pode ir na frente por favor se precisar você vai pra trás no banco

Helena : sim senhor

Pedro sorri de lado

Pedro : você tá gostando daqui ?

Helena: é depende do que, tem coisas que gosto e cosias que não.

Pedro: como o que por exemplo?

Helena :há eu gosto do campo de estar no ar livre e gostava de divulgar algumas lojas que tinha na minha cidade ,essas cosias

Pedro : entendi e amigos não tinha ?namorado ?

Helena : há não eu… Eu sou tímida e ninguém se aproxima muito e uma única amiga que tinha ela era alguém especial só que foi morar fora do Brasil e nunca mais a vi ,falo com ela só nas redes sociais mesmo.

Pedro : entendi ,legal

Helena :sim .

Pedro : a Clara dormiu quando ela acordar vai ficar ligada na tomada .

Helena : vai ser bom pra ela se divertir bastante meu bebê da mamãe .

ha é desculpa eu …

Pedro : fica tranquila

Helena : eu , eu não consigo ficar desculpa eu sou assim .

Pedro: o que te preocupa?

Helena : nada de mais só coisas minhas mesmo .

Pedro : se quiser conversar, faz três messes que está com a gente né ?quase quatro. e nunca vi ninguém se apegar tão rápido como vocês duas.

kkkk

Mulheres .

Helena : a Maria disse que é um vínculo de alma e agora acredito, no começo não ,mais agora não sei explicar .

Pedro: eu pensava igual tmb .

Para Pedro, a conversa com Helena despertava uma curiosidade nova. Ele, que estava habituado a pessoas seguras e assertivas, encontrou algo intrigante na timidez dela, um mistério suave e inesperado. Pensava em como era raro alguém falar com tanta simplicidade sobre as próprias inseguranças. Aquele jeito delicado e reservado de Helena o fazia refletir sobre as escolhas que ele mesmo faria e sobre a barreira de indiferença que erguera ao seu redor.

A cada resposta, Pedro notava que, embora Helena fosse tímida, havia uma sinceridade que escapava em suas palavras. Isso o faz sentir uma leve inquietação, uma vontade de saber mais. Talvez ela o visse de uma maneira que ele mesmo evitava encarar.

Enquanto conversava fluentemente, Helena começou a sentir fadiga tomando conta de seu corpo. A tarde se arrastava, e o ambiente tranquilo do campo, combinado com as especificidades da voz de Pedro, a fez relaxar. Com um bocejo longo e involuntário, ela tentou disfarçar, mas não conseguiu conter o impulso de se deixar levar pelo cansaço. Os olhos dela pesaram e, em um instante.

Pedro a observava, encantado com a cena. A luz suave do começo da manhã iluminava o rosto de Helena, realçando a delicadeza de suas feições. Ele pensou em como a beleza dela era única: não apenas pela aparência, mas pela forma como irradiava uma aura de paz e serenidade. Havia algo de poético em vê-la adornada, como se estivesse em um estado de pureza.

Pedro olhou para Helena enquanto ela dormia tranquilamente. Um turbilhão de emoções tomava conta dele, e a ideia de se apaixonar e assustar profundamente. Ele murmurou para si mesmo, quase em um tormento para ele .

Pedro: “Eu não, não posso amar outra vez .”

A lembrança de seu passado, as desilusões e o que havia perdido pesavam em seu coração. Ele estava cercado de armaduras emocionais, decidiu não permitir que ninguém se aproximasse o suficiente para machucar.

Contudo, havia algo em Helena que desafiava essa resolução. A leveza dela, suas atitudes e a forma como ela parecia se encaixar no espaço ao seu redor despertavam um lado dele que estava adormecido há muito tempo. Ele se sentiu atraído, mas também temia a vulnerabilidade.

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