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Pedro desce as escadas e encontra Maria na cozinha, já preparando o café da manhã. Ele se aproxima com um leve sorriso, ainda tocado pela cena que acabara de ver.

Pedro: Maria… eu acabei de ver a Clarinha dormindo com a Helena. As duas estavam lá, bem aconchegadas. Achei que minha filha não fosse se acalmar tão rápido com alguém assim.

Maria: sorrindo suavemente enquanto mexe o café Eu percebi isso desde a primeira vez que Helena pegou a pequena no colo. Clarinha parece sentir uma calma ao lado dela. Tem algo especial nessa menina.

As duas tem um vínculo de alma.

Pedro: pensativo

É… talvez eu tenha sido um pouco duro demais com ela. Coloquei tantas regras logo no início, preocupado com minha filha, e nem percebi o quanto Helena realmente se importa.

Maria: Pedro, você sempre coloca uma barreira na frente das pessoas, principalmente quando o assunto é Clarinha. Mas não pode deixar seu medo afastar quem só quer ajudar.

Pedro fica em silêncio por um momento, absorvendo as palavras de Maria. Ele percebe que, apesar de suas reservas, Helena tinha, de alguma forma, conquistado um lugar especial com Clarinha.

Pedro: suspirando Talvez você esteja certa, Maria. Vou tentar ser mais… aberto com ela. Quem sabe ela possa ser uma presença boa para nós.

Maria: Tenho certeza disso. Às vezes, as pessoas que menos esperamos são as que mais precisamos por perto.

Eles trocam um olhar de cumplicidade, ambos sabendo que Helena trouxera algo de bom para a casa.

Ao amanhecer, Clarinha acorda no quarto de Helena, com o rostinho iluminado pela suave luz que atravessa a janela. Ainda sonolenta, começa a fazer pequenos sons, balbuciando e se mexendo ao lado de Helena.

Clarinha: fazendo barulhinhos bu bu

Ela estica a mãozinha e toca o rosto de Helena com delicadeza, como se tentasse chamar sua atenção. Helena, ainda meio adormecida, sente os dedinhos de Clarinha em sua bochecha e abre os olhos devagar. Ao ver Clarinha olhando para ela com aqueles olhinhos curiosos, não consegue segurar o sorriso.

Helena: sussurrando, com um sorriso afetuoso Bom dia, pequena. Já tá acordada, é?

Cuidar de você bagunçou minha rotina por completo bem cedo eu acordei mais , não corri mais senhor .

Clarinha responde com um sorriso banguela, soltando mais alguns sons animados, como se estivesse contando a Helena sobre algum sonho ou uma aventura que só ela conhecia.

Helena: com carinho Vamos, então, vamos começar o dia!

Ela se espreguiça e pega Clarinha no colo, sentindo o coração aquecer ao ver como a bebê estava tranquila e feliz ao seu lado .

Helena, com Clarinha agora nos braços, decide que é hora de se arrumar. Ela coloca um vestido leve e alegre, perfeito para um dia ensolarado. Enquanto veste a pequena, Helena murmura palavras suaves, fazendo a bebê rir e balbuciar.

Helena: enquanto coloca o vestido em Clarinha Olha só que linda você vai ficar! Esse vestido é para brilhar hoje, sabia?

Clarinha observa tudo com seus olhos grandes e brilhantes, parecendo aprovar a escolha. Uma vez vestida, Helena a segura com firmeza e desce as escadas, a alegria estampada no rosto.

Ao chegarem ao andar de baixo, o cheiro do café fresco e do pão quentinho invade o ar. Maria já estava na cozinha, preparando o café da manhã.

Maria: virando-se ao ouvir os passos Olha só quem chegou! Você está tão linda, Clarinha! E Helena, você também está radiante.

Helena: sorrindo timidamente Obrigada, Maria. Clarinha estava me ajudando a escolher o que vestir.

Maria: abrindo os braços Venham, meninas! O café está quase pronto.

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