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Luís observou que Sara se afastava, o coração ainda acelerado pela intensidade do beijo que acaboua de compartilhar com ela. Os olhos dela, antes cheios de confusão, agora estavam decididos, como se ela tivesse feito uma escolha. Mas, para ele, a sensação de perda começou a se instalar.

Ela é uma mulher incrível, inventada, a mente ainda girando com as possibilidades. Por que eu sempre tenho que complicar tudo? Ele se envolveu em tantas situações sem futuro que agora, ao encontrar alguém como Sara, não podia deixar de sentir que essa era uma chance única.

Ela tem um futuro brilhante pela frente, ele refletiu, observando-a se misturada à multidão na boate. Se eu não tiver cuidado, posso estragar tudo. A ideia de perder a conexão que havia criada com ela o incomodava mais do que gostaria de admitir. Ele queria mais do que um beijo; queria conversar-la, descobrir suas ambições, seus medos, suas alegrias.

Mas e se isso acabar com nosso trabalho juntos? Luís sabia que havia linhas que não deveriam ser cruzadas, e o peso da responsabilidade como chefe o pressionava. Eu não posso me deixar levar apenas pelo desejo. E ela se decepcionou?

A música vibrava ao fundo, mas Luís se sentia distante de tudo aquilo. Ele se perguntava se deveria ir atrás dela, se deveria tentar convencê-la a ficar mais um pouco. Mas e se eu me assustar?

Ele balançou a cabeça, tentando afastar os pensamentos. Talvez eu devesse deixá-la ir, dar a ela espaço para processar o que aconteceu. Se for para ser, será.

Ainda assim, a imagem dela, com o vestido que acentuava suas curvas e aquele olhar que combinava inocência e fogo, não saía de sua mente. Não é fácil deixar uma mulher assim escapar. O que eu faço agora?

Luís suspirou, pegou um copo de bebida e tomou um gole, desejando que aquele momento tivesse sido diferente. Ele precisava rapidamente decidir se ia atrás dela ou se simplesmente aceitaria o que havia acontecido, esperando que o destino jogasse mais uma carta em seu favor.

Sara, ele pensou, um sorriso involuntário surgindo em seus lábios. Você pode ser uma complicação que eu realmente preciso. Mas essa dúvida persistente continuava a ecoar: E se eu acabar quebrando meu próprio coração?

Quando Sara saiu da boate seu coração estava acelerado, não pela música ou pela dança, mas pelo beijo inesperado que havia trocado com Luís. Ela ainda sentia o calor dos lábios dele em sua pele, e isso a deixava dividida. Como isso aconteceu? , ela pensou,

Eu sabia que ele era perigoso, pra ela Luís sempre foi um cafajeste. E eu, uma funcionária certinha que nunca se envolve em confusões... Mas

O beijo havia sido intenso, e por mais que ela quisesse se afastar dele, algo dentro de si gritava que aquele momento não tinha sido um erro. Mas ele é meu chefe! O que eu estava pensando?

Ela se lembrou do olhar de Luís durante o beijo, como ele parecia realmente querer, não como as outras vezes em que ele agia com suas conquistas. Será que ele está sendo sincero ou é só mais uma de suas brincadeiras?

Sara

Enquanto seguia o caminho pra casa as palavras dele ecoavam em sua mente. "Você tá sexy nessa roupa." Ele havia mexido com ela de um jeito que ninguém havia conseguido antes, mas ela não podia se deixar levar. Eu sou forte. Eu não preciso disso,ela repete para si mesma.

Mas por que eu estou tão abalada ?

Preciso colocar minha cabeça no lugar, concluiu. Amanhã seria um novo dia, e ela teria que encarar Luís no trabalho, fingindo que nada havia acontecido. Ou, talvez, admitir que algo grande estava começando a se formar, e isso a deixava ainda mais assustada.

Enquanto se aproximava de casa, Sara suspirou, tentando se recompor. Eu não posso me deixar cair nessa armadilha. Ele é apenas mais um cafajeste. Mas a verdade é que ela estava mexida com isso .

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