Brendon se despediu do sobrinho alegremente e saiu decidido a se aproximar mais ainda de Gabriela.
Enquanto ele retornava ao seu apartamento, Italo percebeu que Gabriela havia o bloqueado, ele então, ligou para Cíntia na esperança de reatar o namoro.
-- Ítalo, como pode me pedir para marcar um encontro com a Gabi? Caí fora. Você traiu a minha amiga. Deveria ter pensado antes. Gabriela está muito melhor sem você. Nunca mais a procure.
Cintia desliga o celular após seus argumentos.
Ítalo, consumido pela frustração e pela rejeição, decidiu ignorar os avisos de Cíntia. A ideia de Gabriela seguindo em frente sem ele o corroía por dentro. Ele precisava vê-la, precisava implorar por uma segunda chance, mesmo que isso significasse invadir sua privacidade.
Eram quase oito horas da noite, quando o carro de Italo estaciona a uma quadra do prédio dela.
O porteiro já o conhecia bem, deixou Italo passar sem dificuldade.
-- Você vai voltar pra mim, Gabriela.
Ele resmungou enquanto subia as escadas, ignorando o elevador, como se o sacrifício físico pudesse diminuir a distância que havia crescido entre eles. Ele parou diante da porta, hesitando por um momento. Levantou a mão para bater, mas recuou. Respirou fundo e, finalmente, pressionou a campainha.
O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Ítalo apertou a campainha novamente, com mais insistência. Nada. Ele insistia, mas Gabriela não abriu a porta.
Italo então lembrou que tinha a chave do apartamento dela, pois era frequente as suas idas ali quando eles namoravam. Ao tirar o maço de chaves do bolso da calça, procurou pela chave que abriria aquela porta.
Ele encontrou a chave colocando-a rapidamente na fechadura e experimentou girar a maçaneta, surpreendendo-se ao descobrir que a porta havia destrancado.. Empurrou-a lentamente, abrindo uma fresta que permitia ver a sala de estar silenciosa. A luz da sala refletia nos olhos de Italo revelando um brilho de curiosidade.
— Gabriela? — chamou ele, a voz hesitante.
Nenhuma resposta.
Ítalo entrou no apartamento, fechando a porta atrás de si. A decoração simples, porém aconchegante, o atingiu como um soco no estômago. Cada objeto parecia carregado de memórias dos momentos felizes que haviam compartilhado ali. A culpa o esmagava.
— Gabriela, eu sei que você está aí — insistiu, a voz agora mais firme. — Por favor, precisamos conversar.
Caminhou pela sala, os olhos percorrendo cada detalhe.
— Eu sei que errei — continuou, sentindo a garganta apertar. — Mas eu te amo, Gabriela. Eu nunca quis te magoar.
O silêncio continuava a ser sua única resposta. Ítalo sentiu a esperança se esvair, substituída por uma sensação de desespero crescente.
Ele a procurou por todo o apartamento e não a encontrou.
Italo sentou-se no sofá da sala passando levemente as mãos sobre os cabelos molhados de suor.
-- Gabriela, onde você foi? Você precisa voltar pra mim.
De repente, ouviu um barulho vindo da porta da sala. Seu coração disparou. Caminhou até lá, parando diante de Gabriela que acabara de chegar de um supermercado.
Gabriela ficou completamente assustada quando viu Italo dentro do seu apartamento. Na mesma hora se arrependeu de não ter trocado a fechadura da porta.
-- Como pode entrar no meu apartamento sem a minha autorização? -- Gabriela seriamente olhava para ele,. desconfortável com sua presença ali.
— Gabriela? — Italo disse se aproximando mais um pouco dela, -- precisamos conversar.
Gabriela ficou parada na porta hesitante por um instante, antes de empurrar a porta e entrar no apartamento.
-- Não tenho nada pra conversar. Saia agora mesmo do meu apartamento ou vou chamar a polícia.
Gabriela entrou no seu apartamento deixando a porta aberta.
-- Gabriela, por favor, vamos conversar. Estou arrependido dos erros que cometi.
-- Eu já disse que não quero conversar. Você me traiu e fez o sentimento que sentia por você se transformar em grande decepção. Vá embora e nunca mais me procure.
O tom determinado na voz de Gabriela fez Italo perceber que suas palavras não estavam surtindo efeito. Ele recuou alguns passos, compreendendo que tinha ido longe demais invadindo sua privacidade assim.
-- Eu entendo, murmurou ele com sinceridade, -- mas eu não vou desistir da gente tão fácil.
Ele saiu do apartamento tropeçando nos próprios pés.
Italo voltou para o seu carro, sentindo-se derrotado e desolado. Enquanto dirigia pelas ruas vazias da cidade, as lembranças dos momentos felizes ao lado dela o atingiram como uma navalha cortante. Ele que sempre a enganou não só com Daniela, mas também com outras mulheres, se viu pela primeira vez perdido.
Ele não queria ir para mansão do avô , por isso dirigiu diretamente para seu apartamento no centro da cidade.. Ao entrar no quarto, encontrou Daniela deitada na cama, vestida uma sensual lingerie preta.
-- Até que enfim chegou, gato. Pensei que não fosse aparecer -- ela disse se levantando da cama.
Italo ficou surpreso ao ver Daniela em seu apartamento. Ele nunca esperava encontrá-la ali, especialmente naquele momento. As lembranças de seus erros recentes invadiram sua mente, enquanto ele olhava para ela vestida naquela lingerie sedutora.
Italo olhou para Daniela, seu corpo perfeitamente moldado exalando sedução. Por um instante, todas as suas preocupações desapareceram e ele cedeu à paixão proibida. Mas logo o peso da traição voltou a assombrá-lo e ele percebeu que aquele encontro só poderia trazer mais dor e arrependimento.
-- Essa foi a última vez que transamos. Nunca mais apareça no meu apartamento. Nosso caso chega ao fim hoje.
Italo sentou-se na cama com o corpo ainda suado depois do momento íntimo com Daniela.
-- Pare de dizer essas coisas. Vou continuar aparecendo por aqui sim. Você é obcecado pelo meu corpo.
Daniela sempre seduzia os homens, e com Ítalo não foi diferente.
Italo sentiu uma mistura intensa de raiva e desejo enquanto olhava para Daniela diante dele. Ele estava cansado dessa montanha-russa emocional em que os dois estavam presos há tanto tempo.
-- Chega! -- exclamou ele com firmeza -- Eu não posso continuar assim. O nosso caso acabou aqui e agora!
Com essas palavras ditas com convicção, Italo deixou o quarto rapidamente, jurando nunca mais voltar atrás em sua decisão.
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Atualizado até capítulo 70
Comments
Josiane Alves
Homem é sábado mesmo... quem traiu uma vez, vai trair de novo. Por isso que pra mim, traição não tem perdão.
2025-04-04
6
Simone Silva
parabéns autora pelo seu livro ❤️
2025-02-15
0
Marli Batista
Nossa que cara nojento aff 😡😡😡😡😡
2025-02-18
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